“As novelas, os livros e os filmes pregam que a vida só tem sentido se a gente tiver um par amoroso. E os parceiros, por conta disso, volta e meia são idealizados” – Regina Navarro Lins
Com certeza já aconteceu com você. Você tinha aquele amigo que era seu parceiro para todas as horas. Para breja, para o futebol no sábado de manhã, para as baladas a noite. Ai um dia, ela apareceu…
O que antes era só uma mina que ele saia para pegar de vez em quando, virou algo mais sério e pouco a pouco você vê cada vez menos seu amigo até que um dia…. PUFT. Ele desaparece do rolê assim como lágrimas somem na chuva.
Ou pior é aquele camarada que sofre a simbiose com a mina dele. Só pode sair com ela grudada, muda perfil do Facebook para ser do casal e só toma decisões se “a patroa deixar”.
Todo mundo tem um amigo que já fez isso ou você mesmo pode ter feito essa atitude. O problema é que a gente tem essa mania de achar um relacionamento é uma ilha.
Temos a tendência de deixar que aquele começo de relacionamento vá nos isolando do resto do mundo ao redor. Tudo é tão novo e tão gostoso, que queremos aproveitar ao máximo aquela pessoa que está ao nosso lado.
Deixamos os camaradas de lado para passar a noite vendo Netflix ou fazendo maratona de alguma série. Ou deixamos de ir num rolê porque ela não pode ou não quer ir.
Abrimos mão de nossa individualidade em prol de outra pessoa, mas são poucas as vezes que isso funciona. Um dia, aquela empolgação inicial desaparece. Depois de passar dias, meses ou anos apenas com aquela pessoa, chega uma hora que você quer respirar e ai, meu amigo, é quando começam as tretas.
“Como assim quer sair como os amigos para beber e eu não posso ir junto?”
Esse é um típico estranhamento que surge. Você nunca deu dessas e do nada quer começar a ter seus espaço. Surgem as desconfianças, intrigas e e você começa a ver que aquilo pode te sufocar.
Quando começamos um relacionamento, é fácil achar que aquilo vai ser para sempre. Ficamos satisfeitos e encantados, mas esse sentimento não dura para sempre. E o choque de realidade é grande.
Isso sem contar o choque quem estava em um relacionamentos ilha sentem ao voltar à uma vida de solteiro. Precisam correr atrás de grupos de amigos – que nem sempre estão mais na mesma vibe ou disponíveis, voltar a ter um rotina de sair de casa, se inteirar nos assuntos…
Não é a toa que são muitos os casos de depressão após o fim de namoro ou casamento.
O melhor esquema é dividir a sua vida em duas partes: O tempo individual e o tempo para a parceira. Saia com ela, mas não deixe de lado o momento para curtir sozinho ou só com os amigos.
Mantenha seus hobbies e grupos de amizades. Lembre-se de passar tempo com a sua família e também de passar um tempo com os próprios pensamentos.
Esse tipo de dinâmica faz com que cada uma das partes do casal traga novas energias para a relação e continuem crescendo individualmente.
E, caso o relacionamento termine, a volta para vida de solteiro não será tão traumática e você não precisará voltar nadando desesperado da ilha do seu ex-namoro para o continente dos seus amigos.
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