Se você não gosta de socializar, saiba que isso pode afetar sua mente de uma maneira bem negativa. Pelo menos, é isso que diz um novo e extenso estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália.
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Segundo a pesquisa, a solidão pode levar uma pessoa à depressão, ansiedade e paranoia. O estudo selecionou 1.010 pessoas entre 18 e 87 anos e mediu, ao longo de seis meses, as mudanças na saúde mental delas através de três pesquisas online.
Os pesquisadores esperam que a pesquisa incentive um estudo mais aprofundado sobre a forma como alguns problemas de saúde mental e a solidão podem estar diretamente relacionados.
O mais impressionante na pesquisa é o fato de que apesar da depressão e da solidão parecerem dois lados da mesma moeda, ambas são psicologicamente distintas: enquanto a solidão está especificamente ligada aos relacionamentos e a forma como os enxergamos, a depressão engloba mais problemas de saúde mental em geral.
A pesquisadora Michelle Lim, do Centro de Pesquisa Psicológica e Cerebral de Swinburne, fez questão de destacar essa diferença e também explicou que a solidão nem sempre é baseada no tempo em que ficamos sozinhos:
A solidão é comumente utilizada para descrever um estado emocional negativo vivido quando existe uma diferença entre as relações que alguém deseja ter e aquelas que a pessoa realmente tem.
Os sentimentos desagradáveis de solidão são subjetivos; pesquisadores descobriram que a solidão não é medida pelo tempo que alguém fica sozinho. Na verdade, ela está muito mais relacionada com a qualidade dos relacionamentos do que com a quantidade.
Uma pessoa solitária não se sente compreendida pelos outros, e pode acreditar que não mantém relacionamentos significativos.
Além disso, Lim também acredita nos fundamentos básicos das relações humanas: “Nós não fomos desenvolvidos para sermos solitários. Somos uma espécie social”, afirma na divulgação do estudo. “A pessoa solitária tem mais chance de ter depressão, ansiedade social e paranoia. Isso pode se desenvolver em questão de meses”.
Hoje, a pesquisadora está desenvolvendo um aplicativo para ajudar a identificar pessoas mais propensas em serem afetadas psicologicamente. Enquanto essa ferramenta não é lançada, Lim divulga algumas dicas para quem é solitário: “Reconheça a solidão como um sinal para fazer algo diferente do que você geralmente faz; interaja com os outros de forma positiva, coma de forma saudável, faça exercícios físicos e tome ar fresco; mostre linguagem corporal positiva e tente se interessar pelo que os outros falam; consulte um terapeuta ou converse com alguém de confiança, não deixe aquilo que te faz mal te consumir”.
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