Mulher Solteira Procura: Iniciativa

Nossa colunista mulher solta o verbo e fala do porquê um homem tem que ter iniciativa na hora de sair com uma gata

Mulher Solteira Procura: Iniciativa

Se isso fosse um teste de compatibilidade daqueles sites (ou aplicativos) de namoro, iniciativa seria um dos critérios eliminatórios pra mim.

E já te explico porquê, mas antes preciso definir melhor o que entendo por iniciativa – senão já vai parecer que estou procurando um unicórnio, a criatura mitológica que ninguém tem confirmação que existe, e sempre que tenta se aproximar pra comprovar, acaba em alguma merda muito grande.

Iniciativa é saber o que quer, e não ter vergonha de demonstrar isso. Basicamente.

Trocando em miúdos, é mostrar que você gosta, que está interessado, não ter vergonha de ligar, nem de ser carinhoso, mostrar o que quer (seja isso um beijo, amizade, sexo, uma posição especial e até mesmo esquentar as coisas quando acha que a situação pede isso). Ah, vale pro oposto também – se não quiser, não faça, e não se sinta menor por isso.

homem com iniciativa

Há uns tempos saí com um cara bem coxinha que tinha um sério problema com iniciativas. Da primeira vez que saímos, só rolou um beijo depois de muita conversa.

Por mais que eu tivesse gostado do beijo, meu bem, não dá pra comandar tudo, o tempo todo. Parênteses: personalidades fortes não significam dominância total, ok? Então vamos continuar a história.

Da segunda vez que saímos, se eu passei metade de um jogo de futebol americano conversando e tomando cerveja do seu lado, porque você esperou a hora que estávamos indo embora pra tentar me beijar? Amigo, sabe aquela parada de timing? Então, entra no quesito “iniciativa”, é avaliado pelos jurados, tipo desfile de carnaval.

Das últimas vezes, a mesma coisa. Meu bem, me explica por favor, porque você ainda insistia nessa jogada de dar beijo de tchau? Já tínhamos comido, bebido duas garrafas de vinho e estávamos ouvindo música – que aliás, eu mudei de algo mais lounge pra uma parada mais sensual. De novo, timing, queridinho.

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Resumindo o classificado: tenham iniciativa, meninos. Não esperem a mocinha ser a protagonista da história, nem pensem que vocês têm que ser todo o elenco do filme.

Não tenham vergonha de demonstrar o que querem – seja beijar, jogar na parede (e chamar de lagartixa, amiguinho – isso também é fundamental, ok? favor anotar), demonstrar um carinho, ou pedir um fetiche especial.

Você provavelmente já ouviu aquele ditado “Melhor perdir perdão do que permissão”? Adote-o, mas obviamente com parcimônia. Não vale forçar a barra com mulher nenhuma, nunca, mas se você captou sinais que demonstram o interesse dela em você, tenta alguma coisa. Porque o não você já tem, então pode ser que saia no lucro.

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Está interessado nela, mas ela ainda não sabe? Não temos bola de cristal! Então dê um jeito de REALMENTE demonstrar isso, nada de dar uma de planta e ficar ao lado dela como se ela fosse apenas mais uma no mundo.

Que tal tentar pegar na mão dela em algum momento que vocês estejam a sós? Já “caí nessa”, e por mais que isso seja um hábito até banal para os casais, quando você ainda não é um casal propriamente dito, pode representar muita coisa.

Se ainda não rolou o beijo, pode tentar aquele cantinho da boca numa ocasião que ela estiver mais distraída (mas não espere até a hora do tchau, pelamor! A não ser que você queira ser retratado igual ao coxinha desse texto).

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Se vocês já ficaram, mas ainda não rolou sexo, experimente acelerar o ritmo do beijo pra ver como ela responde.

Demonstrações de carinho têm um peso bem maior (e com isso também entenda mais significado e mais chances de serem lembrados por ela) quando feitas em momentos íntimos – e entenda isso como quiser, não apenas a hora do sexo.

Cansou da criatura? Pelo amor de todas as divindades que já foram veneradas no mundo, não demore pra falar isso também! Nunca tem uma hora boa pra isso, um momento mais tranquilo na vida dela, então faz igual band-aid: se vai tirar, tira de uma vez.

Entendeu, meu bem? Se você quiser, faça. Se não quiser, não faça. O que não dá é pra ficar na água com açúcar pra sempre. Não trabalhamos com mimimi.

Texto escrito por Clarissa Viana, jornalista e ácida. Namorou por vários anos e pensou que teria uma família de comercial de margarina. Não deu certo, e agora procura simplesmente um cobertor de orelha fixo (rótulos adicionais a serem debatidos)

Colaboradores MHM
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