Será que você está preparado para um dos passos mais sérios do relacionamento?
Muitas vezes, por timidez, pressão da outra pessoa ou mesmo por um bom tempo de vivência juntos, achamos natural dar o próximo passo e casar com a companheira.
Mas, segundo os especialistas, antes de tomar tal atitude que pode não só comprometer sua felicidade futura como te proporcionar um grande ônus financeiro, você precisa responder algumas perguntas difíceis que mostrarão se este relacionamento tem base para um casamento estável ou está na iminência do fracasso.
Pois, logo depois da confirmação da união, passos como comprometimento financeiro, futuro planejado juntos, filhos, viagens, objetivos profissionais entrarão como itens naturais em sua vida.
Claro que muitos casais podem se ajustar com o tempo, mas entregar a sorte do seu futuro ao acaso parece um tanto quanto arriscado.
“Se você não lidar com um problema antes do casamento, você lida com isso durante o casamento”, disse Robert Scuka, diretor-executivo do National Institute of Relationship Enhancement. Pode ser difícil manter segredos década após década, e as reticências antes do casamento podem levar a decepções.
As perguntas a seguir, íntimas e às vezes estranhas, são projetadas para provocar discussões honestas e, possivelmente, dar aos casais a oportunidade de derramar segredos antes que seja tarde demais. Confira as perguntas que você precisa responder antes de casar ou mesmo morar juntos!
1. Como os conflitos serão resolvidos?
É muito importante saber como a outra pessoa vai resolver as discussões e conflitos de dentro do relacionamento, pois elas acontecerão com certa frequência de acordo com as diferenças.
Uma boa dica é olhar no histórico familiar da companheira. Apesar de não sermos uma reprodução perfeita dos nossos pais, muito dos valores e modo de lidar com o mundo vem de lá. Veja como o outro resolve os conflitos e se você está de acordo com os métodos de gestão. Será que todo problema vai terminar em gritaria e ofensas ou uma conversa sensata é o suficiente?
2. Vamos ter filhos?
Antes de casar, é importante que o casal discuta abertamente e honestamente, se eles querem ter filhos e qual é a expectativa em relação a isso. Não adianta falar apenas o que o outro quer ouvir só para agradar a parceira e ganhar tempo e terreno.
Quantos filhos querem? Qual é realmente a vontade de temos? Qual são os papéis de pais que você imagina para cada um? É fundamental discutir se acreditam em uma parceria justa e equilibrada de criação ou um membro será delegado as responsabilidades maiores enquanto o outro dedica-se mais a carreira profissional.
3. Os ex-relacionamentos ajudam ou atrapalham na vida do casal?
Bradford Wilcox, diretor do National Marriage Project na Universidade da Virgínia, apontou para um estudo indicando que ter um passado com muitos relacionamentos sérios podem representar um risco para a qualidade conjugal e potencial maior de probabilidade de divórcio.
Por isso, é importante falar sobre relacionamentos anteriores desde cedo, trabalhando dúvidas e inseguranças. Fingir que nada aconteceu pode potencializar o surgimento de problemas futuros. Tente compreender o passado da outra pessoa, sem julgamentos, discutindo os problemas e traumas sempre com carinho e sinceridade. E deixe que a outra pessoa tenha conhecimento também da sua vida anterior.
4. Qual a importância da religião na sua vida?
Em certas relações, ter religiões ou credos diferentes podem causar grandes desavenças entre os indivíduos. Para evitar isso, a melhor coisa é discutir o peso de cada uma delas para cada pessoa e desenhar um plano no que diz respeito a comemorações, feriados e, principalmente, criação dos filhos. Como muitas tradições veem de atos religiosos, é preciso deixar claro denominadores comuns e caminhos a seguir.
5. Minhas dívidas, suas dívidas?
Esse item gera muita discórdia e problemas para todo o relacionamento. Por isso, é fundamental a discussão antes do passo mais sério na vida a dois. Vocês juntarão os recursos e controlarão de maneira igual ou cada um cuida separadamente?
É importante abrir a sua vida financeira para o outro, contando principalmente as dívidas. Se houver uma diferença grande entre os rendimentos seus e da companheira, isso precisa ser conversado. Neste caso os especialistas indicam a criação de um orçamento de base de acordo com os rendimentos proporcionais.
Façam um planejamento financeiro, decidam qual é a melhor forma de fazer uma reserva de dinheiro, isso vai evitar discussões futuras e cobranças injustas.
6. Como vamos lidar com os gastos financeiros?
Os casais devem se certificar que estão na mesma harmonia em termos de gastos e investimentos financeiros. É preciso compartilhar metas e objetivos, como decidir em comprar uma casa ou fazer um investimento financeiro; adquirir um carro ou planejar uma viagem. Conversem para estipular limites e regras, tendo um equilíbrio saudável nesta questão.
7. Você pode lidar com o ela fazendo as coisas sem você?
Mesmo em um casamento, muitas pessoas querem manter a sua autonomia em certas áreas (e momentos) de sua vida, ao mesmo tempo que eles estão construindo uma vivência e intimidade com o cônjuge. Isso significa que integrantes podem não estar dispostos a compartilhar hobbies ou amigos, e isso pode levar a tensão e sentimentos de rejeição se não for discutido com antecedência.
Os casais também podem ter diferentes expectativas sobre o que significa “privacidade”. Por isso, conversem a respeito disso, estipulem limites saudáveis de convivência e deem espaço um para o outro. Ter liberdade dentro de um relacionamento não significa amar menos, mas ser mais maduro.
8. Vocês gostam da família um do outro?
Você não precisa se tornar um novo filho para os pais dela, mas manter uma boa convivência é fundamental para a saúde do relacionamento. Sem respeito e regras de convivência com a família, a tendência é que o casal se distancie aos poucos, até inviabilizar a vida a dois.
9. Quão importante é o sexo com você?
No início do relacionamento, é normal o apetite sexual de ambos estarem em sintonia. Com o tempo, as coisas vão esfriando e as diferenças tendem a aumentar. Um relacionamento saudável deve discutir sobre sua expectativa em relação ao sexo e quantas vezes esperam fazê-lo.
É através dessa conversa que você vai perceber se o nível de satisfação sexual entre vocês é muito diferente ou não. A negociação é o caminho para satisfazer a todos, sem gerar frustração ou desejos reprimidos.
10. Você sabe todas as maneiras que dizem “eu te amo”?
O livro de Gary Chapman 1992, “As 5 Linguagens do Amor”, introduziu este meio de categorizar expressões de amor para fortalecer um casamento. São elas: palavras, tempo de dedicação, presentes, atos e toque físico.
Para entrar em um casamento, você precisa estar disposto a praticar o “eu te amo” não só em palavras, mas em todas estas linguagens descritas. Caso contrário, a sua companheira pode se sentir rejeitada e desvalorizada.
11. Pode dar em cima de outra pessoa? E ver filme pornô?
Antes de um passo mais sério na relação, o casal deve discutir sobre posicionamentos em relação a pornografia, monogamia e fetiches sexuais. A exclusividade sexual deve ser falada, da mesma forma como outras preocupações do dia-a-dia, para que os problemas possam ser tratados antes mesmo de acontecer.
Apesar de muitos casais terem medo de fazer, é importante também discutir os pontos de vista sobre a pornografia e masturbação. Estes itens acabam virando uma bola de neve e causando muitas tensões durante a vida a dois.
12. O que você admira no outro? O que te irrita?
No começo do relacionamento, é fácil encontrar mais pontos de admiração do que de desgaste. Mas, quando o furor da paixão acaba, o segundo item tende a ficar mais presente e intenso. Por isso, faça um check-list das coisas que você admira na companheira e nas coisas que te desagravam. E veja se você é capaz realmente de suportar os problemas por um longo período.
13. Como você vê o relacionamento daqui a 10 anos?
Ter e manter esta resposta na sua mente pode te ajudar a enxergar a saúde do seu relacionamento. Se você consegue visualizar sua vida a dois por um longo período, será muito mais fácil passar pelos conflitos e dificuldades.
Caso você não tenha essa visão a longo prazo juntos, é melhor repensar a união. Esta é uma boa oportunidade também para levantar a questão de saber se cada parceiro irá considerar o divórcio se o relacionamento se deteriora, ou se eles esperam que o casamento seja para a vida toda, aconteça o que acontecer.
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