Há muitas listas por aí de livros que todo mundo deveria ler. Mas você já parou para pensar na razão pela qual alguns livros figuram em todas essas listas?
Criar o hábito da leitura é um divisor de águas na vida de qualquer pessoa. Não é a primeira vez que falamos dos benefícios da leitura por aqui, mas é sempre bom lembrar: entre as inúmeras vantagens, ler expande a criatividade, abre nossos horizontes e nos faz criar empatia.
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Porém, quem lê sabe que a lista de leitura nunca acaba. Há sempre um novo livro para ser lido, e ao mesmo tempo há sempre um clássico para o qual todos dizem: “nossa, esse livro certamente e um dos livros que todo undo deveria ler!”
Então, como escolher?
Para te ajudar nessa tarefa, nós listamos alguns dos livros que todo mundo deveria ler – e que você certamente conhece, mas continua enrolando para começar a leitura.
De quebra, também explicamos um pouco do motivo pelo qual essas obras figuram em tantas listas por aí.
Veja nossa seleção:
Guia Definitivo Para Não Quebrar a Cara
Os melhores conselhos nem sempre vem em palavras gentis e tapinhas de boa sorte nas costas. Às vezes, o que a gente realmente precisa é de um bom tapa na cara para acordar para a vida. E o propósito deste livro é esse.
Não agredir as pessoas gratuitamente, mas sim levantar sua atenção para algumas boas lições da vida que você talvez tenha ignorado. Ou até mesmo tenha ouvido, mas deixo passar porque se distraiu com a música do momento ou um novo vídeo no YouTube.
Este livro é um convite a prestar atenção novamente a estes bons conselhos. A sentar e refletir sobre algumas cagadas que você fez – ou pode fazer – e que poderiam ser facilmente evitadas. E quem sabe assim você não consegue evitar futuras burradas e viver uma vida mais leve?
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O Conde de Monte Cristo
Um dos maiores clássicos da literatura francesa há mais de 150 anos, “O conde de Monte-Cristo” gira em torno de Edmond Dantè, que é preso por um crime que não cometeu, ocasionando a perda da mulher que ama e do filho.
Ao sair da prisão, Edmond vai à busca de vingança contra seus inimigos. Uma trama repleta de reviravoltas dignas de um jogo de xadrez.
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O Senhor dos Anéis
A história começa como seqüência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit, e logo se desenvolve numa história muito maior.
Embora Tolkien tenha planejado realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e 1955, e foi assim, em três volumes, que a obra se tornou extremamente popular.
O Senhor dos Anéis é um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX, e certamente um dos livro sque todo mundo deveria ler.
O Conto da Aia
Escrito em 1985, o romance distópico O conto da aia, da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados nos últimos anos por causa da sua adaptação para uma série.
A ficção futurista de Atwood, ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo se fortalece como força política, ganhou status de oráculo dos EUA.
Dom Casmurro
Um dos melhores livros que todo mundo deveria ler.
Um clássico da literatura nacional, cômico, ácido, envolvente e ao mesmo tempo relativamente perturbador. Um relato sobre ciúme e insegurança, ao mesmo tempo que também é uma crítica ao amor cego.
Publicado em 1899, o livro permanece ainda hoje como um dos mais fascinantes estudos da traição.
Aliás, são supostamente duas: a de Capitu, do ponto de vista do marido Bentinho, e a própria narrativa sobre como esse personagem modifica os fatos para corroborar suas suspeitas matrimoniais.
Tudo isso é narrado com graça num romance atemporal.
A Hora da Estrela
Entre a realidade e o delírio, buscando o social enquanto sua alma a engolfava, Clarice escreveu um livro singular. “A Hora da Estrela” é um romance sobre o desamparo a que, apesar da linguagem, todos estamos entregues.
O romance narra as desventuras de Macabéa, uma moça sonhadora e ingênua, recém-chegada do Nordeste ao Rio de Janeiro, às voltas com valores e cultura diferentes. Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções.
Porém, a narrativa vai nos guiando através do ordinário para levantar questões filosóficas, existenciais e difíceis de esquecer.
Ensaio Sobre a Cegueira
Adaptado em meados dos anos 2000 para o cinema – através dos olhos do diretor Fernando Meirelles – o livro “Ensaio sobre a Cegueira” é uma potente obra sobre o comportamento humano.
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego.
É o primeiro caso de uma ‘treva branca’ que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.
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1984
A peça final da ficção distópica de 1984 foi tão presciente que se tornou um clichê. Mas esqueça o Big Brother da TV: a origem do conceito não perdeu a sua força.
Orwell estava interessado na mecânica do totalitarismo, imaginando uma sociedade que levou a vigilância paranoica dos soviéticos a conclusões assustadoras. Nosso herói, Winston, tenta resistir a um mundo cinzento onde uma tela assiste a todos os seus movimentos, mas a bravura é fútil quando o estado se infiltra em sua mente.
O conceito de duplipensar e da pós-verdade praticamente nasceu neste livro, onde Orwell mostra como o maior pesadelo não é o líder de um governo totalitário, mas a mudança na estrutura de pensamento do povo que o apoia.
Por quem os sinos dobram
Esta comovente história, cujo pano de fundo é a Guerra Civil Espanhola, narra três dias na vida de um americano que se ligara à causa da legalidade na Espanha.
Hemingway conseguiu que seus leitores sentissem que o ocorrido no país ibérico em 1937 era apenas um aspecto da crise do mundo moderno.
A relação entre Robert e Maria acabou por se tornar uma das mais inesquecíveis histórias de amor da literatura moderna.
Publicado em 1940, foi sucesso de crítica e público. Por razões políticas, no entanto, deixou de receber o Pullitzer, prestigiado prêmio literário dos EUA, apesar de eleito por unanimidade pelos jurados.
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O Sol é Para Todos
Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista.
O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado.
Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.
Certamente, um dos livros que todo mundo deveria ler.
Laranja Mecânica
O clássico de Anthony Burgess narra um violento futuro próximo, onde a terapia de aversão é usada em jovens selvagens que cometem estupro e assassinato como uma resposta do igualmente violento governo totalitário.
É uma obra-prima distópica com seu próprio dialeto.
A estranha linguagem utilizada por Alex – soberbamente engendrada pelo autor – empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de “1984”, de George Orwell, e “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, “Laranja Mecânica” é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX.
Anna Karenina
Em Anna Karenina, o grande romancista russo capta a carga erótica entre a Anna casada e o solteirão Vronsky, depois arrasta sua heroína através do desprezo da sociedade quando seu caso toma forma, sem jamais sugerir que nos movamos do seu lado.
Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” Esta é uma das aberturas mais famosas de todos os tempos, e ainda hoje impressiona a sabedoria concisa com que Tolstói introduz o leitor no universo de Anna Kariênina, clássico escrito entre 1873 e 1877.
Muito do que o romance vai mostrar está contido nesta frase.
A personagem-título, ao abandonar sua sólida posição social por um novo amor, e seguir esta opção até as últimas consequências, potencializa os dilemas amorosos, vividos dentro ou fora do casamento, de toda a ampla galeria de personagens que a circunda. O amor, aqui, não é puro idealismo romântico.
Certamente, um dos livros que todo mundo deveria ler.
Na Natureza Selvagem
Christopher McCandless, filho de pais ricos, se forma na universidade de Emory como um dos melhores estudantes e atletas. Porém, em vez de em embarcar em uma carreira prestigiosa e lucrativa, ele escolhe doar suas economias para caridade, livrar-se de seus pertences e viajar pelo Alasca.
Um livro delicado e poderoso que vai te ajudar a se tornar mais empático e menos arrogante.
Um dos livros mais importantes da história contemporânea, com certeza.
O Pequeno Príncipe
Um clássico – que pode ser considerado simplesmente um livro infantil, ou muito mais que isso (como todo bom livro infantil).
Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida.
Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal.
Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger, e é o livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia.
Lolita
Proibido de entrar no Reino Unido em seu ano de publicação, 1955, o trabalho de ficção surpreendentemente habilidoso e duradouramente controverso de Vladimir Nabokov nos apresenta o professor literário e hebéfil confesso Humbert Humbert, o narrador talvez duvidoso do romance.
Ele se casa com a viúva Charlotte Haze apenas para ter acesso a sua filha, Dolores, de 12 anos, apelidada de Lo pela mãe, ou como Humbert a chama de “Lolita, luz da minha vida, fogo dos meus lombos”. Meu pecado, minha alma. ”Ocultar seu abuso na linguagem alusiva do amor idealizado não diminui os crimes de Humbert, mas permite que Nabokov o espetar onde ele se esconde.
Um livro pesado que precisa ser lido para que a romantização de crianças seja um problema, e não algo naturalizado.
Kafka à beira-mar
Kafka à beira-mar é um dos romances mais ambiciosos do escritor japonês Haruki Murakami, e uma das mais surpreendentes obras da literatura contemporânea.
Centrado na jornada de dois personagens, é um livro imaginativo, com referências que vão do mundo pop japonês às tragédias gregas.
Kafka Tamura é um solitário menino de quinze anos que decide fugir da casa do pai para escapar de uma terrível profecia, além de tentar encontrar a mãe e a irmã, que partiram quando ele ainda era criança.
Sua rota de fuga irá se cruzar, inevitavelmente, com a de Satoru Nakata, um homem idoso que, após passar por um trauma inexplicável na infância, adquiriu estranhos poderes sobrenaturais.
A Coisa
Não é a toa que Stephen King é um dos grandes mestres do terror. Neste livro, ele narra a saga de um grupo de amigos em dois momentos, quando eram jovem e agora adultos, e sua luta conta um mal que vive nos subterrâneos de cidade de Derry.
Apesar de ser um livro de terror, A Coisa explora as consequências de traumas psicológicos, como abuso sexual, racismo e bullying.
Certamente, um dos livros que todo mundo deveria ler.
Grande Sertão: Veredas
Chegando ao fim da nossa lista de livros que todo mundo deveria ler, não poderíamos deixar este clássico de fora.
A estilização das peculiaridades das falas sertanejas, sempre recorrente na obra de Guimarães Rosa, atinge seu auge neste consagrado romance.
Rosa reinventa a língua e eleva o sertão ao contexto da literatura universal, compondo o cenário de uma narrativa lírica e épica, uma lição de luta e valorização do homem.
Eleito um dos cem livros mais importantes de todos os tempos pelo Círculo do Livro da Noruega.
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O Grande Gatsby
Obra-prima de F. Scott Fitzgerald, este clássico do século XX retrata a alta sociedade de Nova York na década de 1920, com sua gigantesca riqueza, festas megalomaníacas e o encanto das melindrosas ao som do jazz.
O sol em ascensão desse universo cintilante e musical é o enigmático milionário Jay Gatsby, ao redor do qual orbitam três casais glamorosos numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos.
A retratação de um dos períodos mais prósperos da história dos Estados Unidos, O grande Gatsby é uma crítica mordaz à insensibilidade e imoralidade revestidas de ouro da chamada Era do Jazz.
Enquanto a história norte-americana trouxe a Grande Depressão logo no final da década de 1920, o livro também culmina em um final profético sobre os excessos anteriores.
Capitães da Areia
Por último, Capitães de Areia.
Você provavelmente precisou ler este livro na escola, mas, se não leu – ou se quando leu não prestou a devida atenção – precisa ler.
Publicado em 1937, pouco depois da implantação do Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura.
A obra teve adaptações para o rádio, teatro e cinema, e é um documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador. Jorge Amado descreve essa realidade em páginas extremamente tocantes, dramáticas e repletas de lirismo.
Capitães da Areia é uma narrativa provavelmente longe da sua realidade, mas ao mesmo tempo absurdamente próxima dos seus sentimentos durante a infância.
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