Era questão de tempo. Todos sabiam que Arnold Schwarzenegger voltaria à carreira de ator ao terminar seu mandato no governo da Califórnia. Coincidência ou não, encerrou sua carreira política ao mesmo tempo que Sylvester Stallone resgatava o gênero de filmes brucutu dos anos 80 com “Mercenários”.
Não era de se estranhar que o austríaco, uma hora ou outra, voltasse ao papel que o impulsionou para o estrelato: o Exterminador do Futuro. Mas, depois de um terceiro e quarto filme que não vingaram, será que a franquia ainda tem boas histórias para contar?
O MHM assistiu ao novo filme de Arnold Schwarzenegger e te conta o que achou da experiência. Confira o vídeo com nossas primeiras impressões (aproveita e se inscreva no nosso canal do Youtube):
Ele voltou
De cara é bom saber que “O Exterminador do Futuro: Gênesis” ignora os acontecimentos de “O Exterminador do Futuro: A Salvação” e também deixa de lado tudo que aconteceu no segundo e terceiro filme da franquia.
Logo, para você conseguir pegar boa parte das referências, é bom que você assista o primeiro filme de série novamente.
A história começa no futuro, onde a humanidade luta contra as máquinas. Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor, antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela.
Entretanto, ao chegar Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800, enviado para protegê-la quando ainda era criança.
Ao mesmo tempo que resgata velhos elementos clássicos da franquia – motos, jaquetas de couro, frases de efeito – este novo filme tenta quebrar o status quo, criando alguns novos elementos e deixando pontas soltas para novos filmes. Uma pequena evolução natural que a série precisava há algum tempo.
Um bom exemplo disso é que os personagens de Sarah Connor e Kyle Reese são os protagonistas – e fios condutores – da trama, deixando o personagem vivido por Arnold Schwarzenegger um pouco de lado dessa vez.
O que não é ruim, já que o Governator já não possui o vigor de antes e seu forte nunca foi atuar. Sobra para ele bons momentos de comédia e figurar as cenas de ação principais do filme.
Porém, mesmo com essa evolução, fica a impressão de uma história meio corrida e não muito bem resolvida. Várias coisas não são explicadas ou são simplesmente deixadas de lado para, quem sabe, serem respondidas em um novo filme.
Uma pena se levarmos em consideração o quanto o segundo filme da franquia tinha uma história muito bem resolvida e que tentava amarrar todas suas pontas. Ainda dá para se divertir?
Dá. Mas é bom abaixar um pouco as expectativas.”O Exterminador do Futuro: Gênesis” é um filme mediano, mas que acerta e cria novos rumos para a série. Algo que os fãs esperam faz algum tempo.
A divulgação que exterminou a graça do filme
Esqueça o T-1000 ou aquela mina do terceiro filme: O maior vilão da franquia “O Exterminador do Futuro” é a sua equipe de divulgação. Já tinha acontecido no trailer do segundo filme, onde relevam que Schwazza era o mocinho – um suspense que é mantido até um terço do filme.
Só que em “O Exterminador do Futuro: Gênesis” o golpe foi mais baixo ainda. Quem viu os trailers de divulgação do longa já sabe a reviravolta principal da trama, quem é o verdadeiro vilão e até mesmo viu as melhores cenas de ação do filme.
Se um spoiler já é irritante em uma série de 10 episódios como Game of Thrones, agora imagina em um filme que é mais curto e custa mais caro de assistir?
Sem brincadeira. Existem dois filmes: Para quem acabou vendo o trailer – mesmo que sem querer – e para quem não viu. Os do segundo grupo vão se divertir muito mais que os primeiros.
Queria falar que o filme é sim uma boa surpresa, mas infelizmente não me deram o direito de ter nenhuma surpresa com a história. Uma falta de respeito com os fãs da série que a mantém viva até hoje.
Fica a pergunta: Qual a graça de ver um filme cuja grande virada e partes importantes me foram reveladas em uma prévia? Vale a pena gastar 20 reais – quando não mais – em um ingresso de cinema por uma experiencia podada assim?
PS: Aliás, por falar em dinheiro gasto a toa. Evite salas com sessão em 3D. Não faz a menor diferença para a experiência do filme e você economiza uns trocados.
Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso