“Need for Speed”: Veloz e furioso

Quando falamos sobre filmes é quase impossível não entrarmos em comparações. Poderoso Chefão 2 é melhor que o 1? O remake de Robocop superou o original? E quem você prefere: Stallone ou Schwarzenegger?

E na esteira do sucesso de Velozes e Furiosos (que já vai para o sétimo filme da franquia) chega Need for Speed, o novo filme sobre corrida de carros. O MHM assistiu ao filme e te conta porque essa nova série promete dar muita dor de cabeça para Vin Diesel e sua turma. Confira:

Uma história confusa, mas quem se importa?

Tobey Marshall (Aaron Paul) é um piloto de rachas que vê uma corrida terminar na morte do seu melhor amigo. Considerado culpado pelo acidente, Tobey passa dois anos na prisão. Quando enfim é solto, ele organiza um plano para que possa participar de uma conhecida corrida que pode provar sua inocência.

Não, não é Shakespeare. Está longe disso. O roteiro possui alguns absurdos tão grandes, que não fosse a qualidade da equipe de produção tudo poderia ir por água abaixo.

Mérito do diretor Scott Waugh, ex-dublê, que foi responsável pelas cenas de perseguição de carro de “xXx”, “Bad Boys 2” e “Uma Saída de Mestre”. O cara se esforça ao máximo para tirar o melhor de cada corrida apostando em uma fotografia muito bonita usando de cenário tudo quando é canto dos Estado Unidos.

Menos carros, mais corridas

Talvez, um dos pontos fracos seja a pouca diversidade de carros ao longo do filme. De destaque mesmo apenas uns 6. 7. Mas isso não significa uma quantidade menor de corridas.

Mas, lembra quando Velozes e Furiosos deixou de ser um filme de rachas para se tornar um filme de assaltos, tiroteios e etc? “Need for Speed” vai na via contrária, apostando em suas corridas como ponto alto do filme.

Em “Velozes” sempre que rola uma cena de corrida a câmera foca nos pés, mãos e partes do motor do carro. Em “Need”, vemos a cena em completo, carros fazendo curvas, passando por praias ou montanhas, veículos que não tem nada a ver com o racha explodindo.

Atores melhores

Junte Vin Diesel e Paul Walker em uma pessoa só e, mesmo assim, não terá um ator a altura de Aaron Paul, protagonista de “Need for Speed” e que fez história interpretando Jessie, de “Breaking Bad”. O cara consegue pegar algumas das falas mais absurdas e dar seriedade convincente a elas.

Junto a ele está a impossivelmente gata Imogen Poots, que consegue aliar beleza e carisma. Para completar o trio de destaque do elenco, tem Michael Keaton. O ator está tão exagerado e canastrão que sua interpretação dá a volta e se torna um dos pontos altos do filme.

Concluindo

“Need for Speed” é melhor que “Velozes e Furiosos”? Em partes. “Need for Speed” tem sérios problemas de identidade e muitas vezes não consegue definir se é um road movie perseguição, um filme vingança ou drama sério.

Quando finalmente entre nos eixos – lá pelos 40 minutos – o longa diverte bastante e um concorrente a altura para a série de “Vin Diesel”. Que esse novo concorrente faça com que os novos filmes da série tenham que se esforça mais para divertir o público. Quem ganha nesta corrida é o público.