Já falamos por aqui que 2017 não foi o ano do cinema – pelo contrário: foi o ano das séries. O diretor de cinema João Daniel Tikhomiroff selecionou as cinco melhores do ano a pedido da GQ e, entre elas, resolveu desconsiderar títulos como Stranger Things e Game of Thrones, porque, afinal, elas são séries que não precisam ser citadas.
Curioso para saber quais são as escolhas do diretor? Se liga na lista:
The Handmaid’s Tale
Em um futuro distópico, os Estados Unidos não se chamam mais Estados Unidos. Agora, o país é a República de Gilead, governada por um regime totalitário e teocrático em meio a uma guerra civil, no qual a religião domina tudo. Nesse novo sistema, as mulheres são propriedade do Estado, não têm direitos e são divididas em castas – mulheres férteis, raras nessa realidade, pertencem ao grupo das aias e têm apenas uma função: procriar para famílias de homens poderosos e suas esposas estéreis. O processo no qual as aias são estupradas pelos comandantes é chamado de “cerimônia”.
Essa é a premissa de “The Handmaid’s Tale”, livro escrito por Margaret Atwood em 1985 (no Brasil publicado como “O Conto da Aia”) e transformado em série pelo serviço de streaming Hulu. A série levou para casa cinco prêmios no Emmy 2017: melhor série dramática, melhor atriz de série dramática (Elisabeth Moss), melhor atriz coadjuvante em uma série dramática (Ann Dowd), melhor diretor em uma série dramática (Reed Morano), segunda mulher na história a ganhar nessa categoria) e melhor roteiro de série dramática (Bruce Miller).
Twin Peaks
Twin Peaks é uma série que começou 27 anos atrás e colocou a televisão de pernas para o ar. Poucos estavam preparados para ela e ela foi um marco na história da TV. Com o assassinato de Laura Palmer como desculpa, o diretor David Lynch e o roteirista Mark Frost conduziram os espectadores por meio de uma história perturbadora, com momentos surreais e até mesmo delirantes, que se converteu em um fenômeno além da tela e que começou com a chegada do agente Dale Cooper a Twin Peaks para investigar a morte da popular garota. Apesar de seu inquebrável otimismo, descobriu que o mal pode habitar também um tranquilo povo de habitantes excêntricos.
Em 2017, a série voltou com uma nova temporada tão boa quanto as primeiras e com a promessa de concluir uma trama que ficou sem o final desejado pelos fãs.
Feud
Joan Crawford (na série, interpretada por Jessica Lange) e Bette Davis (interpretada por Susan Sarandon) são dois nomes muito conhecidos, não somente por suas carreiras no cinema, mas também pela lendária rivalidade que existe entre elas. Desavenças à parte, as duas resolveram se unir em 1962 para estrelar em um filme, que mais tarde seria aclamado pelas críticas. A tensão entre as duas, no entanto, é só um exemplo do que há nos bastidores. A série mostra detalhes desse conflito e traça uma crítica sobre a misoginia que existe no entretenimento.
American Gods
Baseada no romance homônimo (Deus Americanos, no Brasil) de Neil Gaiman, a série é centrada em uma guerra entre os velhos e os novos deuses. Os seres bíblicos e mitológicos estão perdendo cada vez mais fiéis para novos deuses, que refletem o amor da sociedade por dinheiro, tecnologia, celebridades e drogas. Shadow Moon é um ex-vigarista que agora serve como segurança e companheiro de viagem para o Sr. Wednesday, um homem fraudulento que é, na verdade, um dos velhos deuses, e está na Terra em uma missão: reunir forças para lutar contra as novas entidades.
Big Little Lies
Big Little Lies conta a história de três mães que se aproximam quando seus filhos passam a estudar juntos no jardim de infância. Até então, elas levam vidas aparentemente perfeitas. A cidade pequena entra em choque com um assassinato na festa da escola. Os pais começam a serem interrogados para investigação do crime. A série também é baseada em um livro homônimo de 2014 escrito pela autora Liane Moriarty.
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