Inspirado pelo mega post do Leo que fez a descida de bicicleta para Santos , resolvi aderir o movimento pró bike também. Porém, eu tinha um grande problema, estou sem nenhuma bicicleta em casa, e sem dinheiro para comprar uma nova (por enquanto).
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A sorte foi que descobri o projeto Nossa Bike, do Instituto Parada Vital, que possui quiosques nas mais diversas estações de metrô de São Paulo. Foi o pretexto perfeito para testar o serviço e dar um rolê de bike por um dos meu lugares favoritos de São Paulo: O Centro.
Meu plano inicial era pegar a bicicleta na estação Paraíso e descer a Brigadeiro Luís Antônio. Mas ao chegar na estação, não haviam bicicletas disponíveis. Mudei então o rumo do meu trajeto e fui alugar a bike lá na Vila Madalena. O cadastro foi simples: precisava só de rg, cpf, comprovante de residência (com cópia de todos eles) e um cartão de crédito. A primeira hora é grátis e cada hora extra sai por R$ 2.
O único problema foi que mudar o início do trajeto para a Vila foi uma péssima idéia. Comecei o caminho tendo que encarar a subida da Pompéia, que além de ser acentuada é bem movimentada. Graças a Deus a ladeira foi compensada com uma agradável descida na Rua Diana.
Do Palestra Itália segui até a Avenida Água Branca, passando pela frente do Parque da Água Branca (foto acima). Dali, entrei na Amaral Gurgel, onde segui até a estação Marechal Deodoro. Meu tempo até aqui foi horrível, tanto por não estar aquecido o suficiente, como por ter que parar para tender o telefone, entre outros perrengues, mas daqui em diante eu consegui estabelecer um ritmo de pedalada bom.
Cortei por dentro da região dos Campos Elíseos, onde pude fugir um pouco do trânsito e pegar ruas sossegadas e cheias de árvores. Segui por uma rota mais interna até o Largo do Arouche, região que eu não conhecia direito.
Segui então até a praça da República (foto acima), só para bater cartão em mais em ponto turístico. De lá fui para a Avenida São João e cheguei até a Ipiranga, o cruzamento mais famoso da cidade, não é mesmo Caetano? Uma pena a região estar tão abandonada.
Passei pelo Cine Marabé, um cinema de rua fantástico, que recomendo a todo paulistano visitar um dia. Também passei pela Galeria do Rock (cuja frente é intransitável de bicicleta, tive que descer e empurrar por causa da multidão que fica naquela rua) e cheguei até o fantástico Theatro Municipal.
A frente do teatro tinha acabado de ser lavada pela prefeitura e ele estava com uma aparência impecável. A arquitetura do lugar é fantástica e dá para passar horas reparando em detalhes da fachada do local. Dali, atravessei o viaduto do chá, passei em frente ao Largo São Francisco e fui para meu local favorito do centro: A Catedral da Sé.
A Catedral é um edifício lindo e onipotente na praça. Fica difícil conseguir tirar uma foto que a pegue em todo seu tamanho. Minha idéia inicial era teminar o trajeto aqui, mas como ainda estava bem disposto, resolvi dar meia volta deixar a bicicleta na estação Barra Funda de metro.
Passei pelo Marco Zero, pelo Pátio do Colégio e fui em direção a Estação da Luz (Foto abaixo). Dali, dei um pulo para visitar a estação Júlio Prestes, um lugar muito bonito e acredito que pouco visitado. Da Júlio Prestes, segui pela Avenida Rio Branco, cortei para a Rua Barra Funda, passei pelo Memorial da America Latina e finalmente alcancei o metro.
No total, foram 23 km em pouco mais de 2 horas de pedalada, passando por inúmeros pontos turísticos da cidade que todo paulistano tem que conhecer. Pelo aluguel da bike gastei apenas R$2, preço justíssimo por um equipamento em bom estado, que veio acompanhado de capacete. Aprovei o serviço do Nossa Bike e pretendo fazer outros passeios.
Confira um saldo geral do rolê.
Pontos positivos do passeio pelo Centro
- Você passa por diversos pontos turísticos da cidade além de ver de perto uma arquitetura muito bonita. Certos prédios estão abandonados, mas mesmo assim dá para sentir o clima de uma São Paula antiga. Para quem curte a cidade, vale muito a pena;
- A região central é bem plana (se você evitar o vale do Anhangabaú). Para quem está começando, como eu, dá para pedalar sossegado e manter um ritmo bom;
- Por ter vias estreitas e muitas pessoas nas ruas, os carros e ônibus que transitam no centro andam bem devagar. Boa para quem ainda não tem confiança de pegar uma via muito movimentada.
Pontos negativos do passeio pelo Centro
- Não recomendo quem não conhece as ruas do Centro fazer o passeio sozinho. Apesar da região estar bem policiada, uma curva errada você pode ir parar em diversas quebradas do Centro. Não custa nada não dar trela pro azar;
- Apesar de ter várias bares e restaurantes na região, não há nenhum parque (que eu tenha passado) com bebedouros públicos onde fosse possível encher minha garrafa de água.
- O número reduzido de carros é compensado pelo número excessivo de pessoas e ambulantes. Em certos trechos, tive que de descer da bike e empurrar.
Confira minha rota e desempenho que eu registrei através do aplicativo Endomondo para iPhone.
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