No domingo, 8/9, o basquete brasileiro conquistou um lugar de destaque internacional. Não pela seleção, que recentemente foi desclassificada precocemente, mas pelo discurso de Oscar Schmidt no Hall da Fama, nos EUA, a maior honraria que um atleta pode receber na carreira.
O maior brasileiro na história do basquete, com 49.737 pontos, manteve o tradicional sorriso no rosto na premiação. Ele foi eternizado no Hall da Fama do basquete de Springfield, em Massachusetts, nos Estados Unidos, em uma cerimônia. E recebeu a honra das mãos de um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos: Larry Bird, um dos maiores ídolos de Oscar e um dos principais nomes da modalidade no mundo.
Em vídeo mostrado no telão, antes de seu discurso, o atleta ouviu de grandes astros elogios pela sua trajetória no esporte. Larry Bird falou que considerava Oscar o melhor e que acertava de qualquer distância. Atual ala dos Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, resumiu Oscar em uma simples frase:
– Ele era o cara – opinou Bryant, que ouviu falar do astro brasileiro desde pequeno, já que seu pai, Joe Bryant, foi adversário de Oscar na Itália.
Depois de ver o vídeo, Oscar recebeu a homenagem com uma boina preta, que passou a ser companheira neste momento em que o ex-jogador luta contra um câncer.
Quando subiu no palco ao lado de Larry Bird, ele parou por alguns instante no púlpito, suspirou, fechou os olhos, e foi aplaudido por todos os presentes.
– Sempre sonhei em estar aqui. É muito fácil você gostar do Michael Jordan ou do Kobe Bryant, mas o meu cara não corre, não pula, é o melhor de todos. Este é o Larry Bird, o melhor jogador de todos os tempos. Não há nada melhor do que receber esse prêmio. Sonhei com isso a vida toda – declarou Oscar.
– Quero agradecer a minha família, ao Marcel, que jogou comigo em Indianápolis, aos treinadores Boscha, Claudio Mortari, que ganhava tudo, e ao Ary Vidal. Estar aqui me lembra a vitória de 87. Batemos os americanos dentro da casa deles. É, me desculpem (risos) – disse Oscar em referência a épica final do Pan de 1987.
De todos as homenagens, uma Oscar fez, especialmente para sua mulher Maria Cristina. Com os olhos cheios de lágrimas, revelou uma história de seu início de carreira.
– Vou contar uma história. Tinha 17 anos, me lesionei e fiquei um ano fora do Palmeiras. Eu ia treinar sozinho e era terrível. Um dia, virei para a Cris e disse: “Você pode ir comigo? Eu deixo você me dar a bola”. Foi uma semana me dando bolas, um mês me dando bolas. Então eu disse: “Vou me casar com ela”. Muito obrigado, “minha namorada” – relatou Oscar recebendo aplauso coletivo.
Fonte: G1
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