Esse texto é para todos aqueles que fecham os olhos em pênalti. Para todos aqueles que perdem a voz durante a duração de uma partida. Para aqueles que gritam, pulam e empurram seu time pra frente – independente da situação ou crise do mesmo. Esse foi feito para aqueles que torcem.
Acontece que eu não sei torcer sem sofrer. Não importa o placar. Se tiver 6 a 0, quero ver mais um gol. Se o craque está em campo, quero ver ele brilhar. Podem faltar 10 ou 1 minuto, cada segundo é uma eternidade.
Quem torce, mas torce mesmo, quer ver seu time jogar de coração. Seja futebol, rugby, basquete, futebol americano… O que for. A gente quer ver raça e amor no jogo.
Afinal, nos preparamos tanto quanto um atleta quando decidimos assistir a um jogo. Vestimos nossas camisas e sentimos o peso delas. São como armaduras, que nos protegem e encorajam a gritar até o último minuto de partida.
Queremos ver suor e paixão – seja em esportes de quadra ou de campo. Não queremos saber de crise ou se tal jogador está comendo uma atriz da globo ou aparecendo em clipe de pagode. Queremos ver o que ele é capaz ali nos minutos de jogo.
“Mas filho por que torcer tanto se o jogador nem liga para você?” Não tem explicação, mãe. Como explicar uma paixão? Você não explica como um homem começa a amar uma mulher. Nem tão pouco como uma pessoa pode se dedicar tanto ao seu time. Não é razão, é sentimento.
Porque meu time não são só jogadores em campo, meu time é minha religião. É meu amor. Um dia alguma coisa aconteceu – não sei o quê – e decidi carregar aquelas cores e brasão no peito. Pode ter sido paixão a primeira, segunda ou décima quinta vista, mas bateu.
E quando eu torço meu amigo, não espero nada menos que o melhor. Seja torcendo para meu time de futebol, o da faculdade ou do bairro.
Então se você entra em jogo com um brasão no peito, respeite seu torcedor. Não importa se você tenha 10 ou um milhão de pessoas assistindo, jogue com raça, amor e dedicação. Porque nós que estamos aqui continuaremos torcendo – e sofrendo – por ti.
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