Motivos pelos quais ainda vale a pena ter um filho

Sim. É caro, dá trabalho e o mundo anda um lugar muito difícil de se viver ultimamente. Muitas pessoas vão tentar te dar milhares de motivos para não ter um filho. Como por exemplo, a escritora francesa Corinne Maier, que  lançou um livro enumerando as 40 razões para não ter filhos.

A publicação logo se tornou um best-seller e virou o livro sagrado daqueles que pregam que a paternidade deve ser evitada a todo custo. Mas, por mais que os pessimistas tentem, ainda há motivos pelos quais valem a pena ser pai hoje em dia.

Para alguns, é instintivo querer ter filhos. Querem desde a emoção de segurar o seu recém nascido nos braços até o momento em que aquele ser cresce e cria personalidade. Paternidade envolve comprometimento, responsabilidade e doação – artigos de luxo hoje em dia.

Acredito que ser pai deve ser uma uma experiência tão intensa que fica difícil para quem ainda não tem filho (como eu) sequer entender. Mesmo assim, tentei listar 5 motivos pelos quais ainda acho que vale a pena ter um filho. Confira:

Realização pessoal

Ou ego. Não que isso seja uma coisa ruim. Se você pensar bem, você não faz nada na vida por outro motivo que não simplesmente porque você quer. Para muitas pessoas ser pai é uma vocação natural, um caminho pelo qual a vida inteira te preparou para seguir.

Apesar de parecer egoísmo dizer “quero ter filho porque eu quero”, acredito que também é um gesto de generosidade abrir mão de si mesmo para cuidar e guiar a vida de outra pessoa. É um desejo tão grande e sem fundamento, que muitas pessoas abrem mão de seu tempo livre, dinheiro e projetos pessoais apenas para por uma vida no mundo.

Amor

Como já disse algumas vezes, eu sou um romântico. Existe coisa mais mágica do que o amor de duas pessoas gerarem uma nova vida? Existe um ponto em um relacionamento em que você ama tanto a outra pessoa que a consequência natural é que esse amor tome vida como um bebê e se transforme.

Aí, entramos na singularidade que é o amor de um pai por um filho.  Como um amigo me disse “Ter um filho, é escolher viver com o coração fora do corpo.” Só quando você tiver um, você entenderá a imensa alegria de momentos únicos como o primeiro ultrassom, os primeiros passos e a primeiras palavras de uma criança.

E também só você entenderá a aflição de um pai que deixa o filho na escola a primeira vez ou que espera ele chegar da balada a noite. É um amor que dá imenso significado a um simples passo e que te faz agoniar para saber se seu rebento está bem. E você não vai se arrepender por nenhum momento de ter tido aquele bebê. Talvez quando ele arranhar seu carro.

 Acreditar que o mundo pode ser melhor

Você pode fazer parte direta disso. E seu filho também. Cuidar de um criança é a oportunidade de passar tudo o que você aprendeu durante a vida para outra pessoa. Desde seu time do coração até como ser uma pessoa decente e honrada.

Nós crescemos emocionalmente e intelectualmente quando ensinamos o que sabemos. Você fará de tudo para dar uma boa educação para seu filho. Quem sabe, ele se torne o próximo Albert Einstein, Gandhi ou Nelson Mandela.

Mesmo se não for. Você encontrará conforto quando perceber que ajudou a trazer uma pessoa decente a mais para um mundo que parece tomado por aqueles que não valem nada.

Rito de passagem

Acredito que um dos maiores motivos que as pessoas rejeitam a possibilidade de terem um filho é por acharem que a paternidade é algo “envelhecedor”. Que a partir do momento que você gera uma vida, você abdica de sua juventude. Não discordo. Paternidade traz responsabilidades, mas é preciso lembrar: Ninguém é jovem para sempre.

As vezes sua vida chegou em um ponto em que a paternidade é exatamente o que você precisa para entender de vez o que é a maturidade e as responsabilidades que vem junto com ela. A passagem do tempo ganhará um outro sentido ao ver alguém crescendo ao seu lado.

Reviver um pouco da sua própria infância

Você nunca mais terá 10 anos de novo. Porém, poderá acompanhar a infância de seu pequeno de perto, relembrando aqueles momentos mágicos por outro ponto de vista.  Vai poder levá-lo a todas as festinhas de crianças e degustar aqueles incríveis mini-doguinhos e sanduíches de carne-louca.

Vai poder relembrar como era incrível as festas de natal e proporcionar para seu pequeno a alegria de encontrar o presente do bom velhinho embaixo da árvore.

Isso sem contar que você vai poder finalmente proferir clássicos como “Você não é todo mundo”,”Se seus amigos se jogarem da ponte, você se joga também?”, “Vou contar até 3”, e, o favorito de todos os pais: “Pede para a sua mãe.”