É natural do ser humano opinar e julgar o outro. Na era das redes sociais, vemos este ato de criticar atitudes alheias sem ao menos ter o conhecimento sobre o que trata cada vez mais presente.
Pois, isto foi o que aconteceu com a mãe norte-americana Kelly Dirker que, ao invés de retrucar com a mesma moeda, preferiu transmitir uma lição de vida em um post no Facebook, em 25 de abril.
Na data, Kelly estava em uma loja de departamentos Target, em Minnesota, e foi criticada por uma estranha ao carregar sua filha de 10 meses em uma manta canguru, demonstrando excesso de zelo e cuidados.
“Você mima demais esse bebê”, disse a estranha. “Desse jeito ela nunca vai ser independente”. Segundo seu próprio relato, Kelly simplesmente sorriu, beijou sua filha e seguiu sua vida. Ao chegar em casa, escreveu o relato abaixo em sua rede social.
“Querida mulher do Target,
Eu já ouvi isso antes, você sabe. Que eu “mimo este bebê”. Você estava convencida de que ela nunca aprenderia a ser “independente”. Eu sorri para você, beijei a cabeça dela e continuei as minhas compras.
Se você soubesse o que eu sei.
Se você soubesse como ela passou os primeiros dez meses de sua vida completamente sozinha dentro de um berço de metal estéril, sem nada para confortá-la a não ser chupar os dedos.
Se você soubesse como o seu rosto ficou no momento em que seu cuidador do orfanato entregou-a para mim pela primeira vez – fugazes momentos de serenidade misturados com puro terror. Ninguém nunca a tinha abraçado assim antes, e ela não tinha ideia do que ela deveria fazer.
Se você soubesse que ela ficava deitada em seu berço depois de acordar e sem nunca chorar – porque até agora, ninguém iria responder.
Se você soubesse que a ansiedade era uma parte normal do seu dia, assim como bater a cabeça nas grades do berço e balançar-se para ter algum estímulo sensorial e conforto.
Se você soubesse como esse bebê no carregador é dolorosamente “independente” – e como vamos gastar minutos, horas, dias, semanas, meses e anos tentando substituir a parte de seu cérebro que grita “trauma” e “inseguro”.
Se você soubesse o que eu sei.
Se você soubesse que aquele bebê agora choraminga quando é colocada no chão, em vez de fazê-lo quando alguém a pega.
Se você soubesse que este bebê “canta” com o topo de seus pulmões no período da manhã e depois de sua soneca, porque ela sabe que essa sua conversa vai trazer alguém para tirá-la de seu berço e trocar sua fralda.
Se você soubesse que este bebê se balança para dormir nos braços de sua mãe ou de seu pai, em vez de embalar-se sozinha.
Se você soubesse que este bebê fez todo mundo chorar o dia que ela estendeu a mão para ter conforto, totalmente espontâneo.
Se você soubesse o que eu sei.
“Mimar este bebê” é o trabalho mais importante que eu terei e é um privilégio. Vou continuar carregando por mais um tempo – ou até quando ela me deixar carregá-la – porque ela está aprendendo que está segura. Que ela pertence. Que ela é amada.
Se ao menos você soubesse…”
Kelly Dirkes
Kelly é mãe de duas meninas com síndrome de down. Seu post já foi compartilhado 24 mil vezes e recebeu centenas de frases de apoio. Ele é um grande exemplo de como não devemos julgar as outras pessoas, como devemos sempre tentar entendê-las e se colocar no seu lugar.
Fonte: Hypeness
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