E se te falassem que um dos slogans mais famosos do mundo teve como base um desabafo dito por um homem condenado à morte nos EUA, você acreditaria? Sim, isto realmente aconteceu.
“Just do It‘, a frase clássica da Nike diz, em tradução livre, algo como ‘simplesmente faça’. Esta foi a declaração feita pelo assassino à beira da sua execução.
Dan Wieden, co-fundador da agência de publicidade Wieden + Kennedy, revelou a origem impensável do slogan em uma entrevista feita à revista Dezeen.
Isto aconteceu em 1977, e Wieden estava lutando para chegar a um slogan que iria unir os diferentes comerciais de TV que a agência tinha criado para a marca de artigos esportivos.
O assassino era Gary Gilmore. Ele cresceu em Portland, e correu estados fazendo atos criminosos no país. Em Utah, ele assassinou um homem e uma mulher, foi condenado e estava diante de um pelotão de fuzilamento.
“Eles perguntaram se ele tinha algum pensamento final e ele disse: “Vamos fazer isso” (Let’s do it). Logo em seguida, ele foi baleado e morreu.
Eu gostei da expressão, mas não gostei da frase, então mudei para “Just do it”.
O co-fundador da Nike, Phil Knight, que não acreditava na necessidade de publicidade para a marca, a princípio rejeitou explicitamente a ideia.
“Nós não precisamos dessa merda!”, disse Phil.
“Eu disse ‘Basta confiar em mim.”, ressaltou Wieden.
Então, aceitou e transformou-se em um sucesso rapidamente.
O slogan, em conjunto com o logotipo da Nike, ajudou a impulsionar e transformar a marca de artigos esportivos em um gigante global, ultrapassando o então rival Reebok, e ainda está em uso há quase três décadas depois que foi inventado.
A revista Campaign descreveu como “sem dúvida o melhor slogan do século 20”, pois ele “atravessa barreiras de idade e de classe, ligando Nike com sucesso – e fez os consumidores acreditarem que poderiam ser bem sucedidos também, só que através do uso de seus produtos.”
“Como todos os grandes slogans, era ao mesmo tempo simples e memorável. Ele também sugeriu algo mais do que o seu significado literal, permitindo que as pessoas interpretam o que quisessem e, ao fazê-lo, estabelecer uma conexão pessoal com a marca”.
Fonte: Dezeen
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