Todo mundo já passou por isso: no meio daquela apresentação importante ou no começo de uma reunião fundamental para a empresa, a mente ficou em branco. A sensação é horrível, quanto mais você tenta pensar e lembrar o que ia falar, menos consegue. A voz não sai, as palavras se enrolam e você simplesmente paralisa e se esquece completamente do que ia dizer.
- Veja 8 passos para ser mais confiante segundo a ciência
- Aprenda 3 pequenos truques para parecer mais seguro do que você diz
O mesmo pode acontecer durante uma prova. Você memorizou tudo mas, na hora de responder uma pergunta ou fazer um cálculo, deu branco.
Quer saber como evitar esse problema? Então, se liga nessas dicas:
O “branco” é comum em situações de muita pressão
O branco é consequência das nossas próprias expectativas. É claro que ele só acontece quando outras pessoas também esperam algo da gente, mas, no fundo, ele é fruto do nosso medo e da pressão que fazemos sobre nós mesmos.
Nesses momentos, o cérebro está dizendo para você correr, mas seu corpo fica congelado, então, não há nada que você possa fazer.
Normalmente, é difícil manter a calma porque nós estamos incertos e inseguros. Depois do branco, nos sentimos ainda mais incapazes de continuar.
Um erro que fazemos nessa situação é permanecer em silêncio, fazer e não dizer nada, enquanto nossa mente corre com pensamentos auto-depreciativos da nossa própria capacidade.
Felizmente, existem algumas estratégias para evitar esse sofrimento.
Não se esqueça de respirar
Por mais tolo que possa parecer, a gente esquece de respirar certo em momentos de tensão. É lógico que a gente está respirando, mas não estamos usando técnicas importantes para manter a calma.
A respiração profunda é aquela que você faz controlando o ritmo, a intensidade e a profundidade de cada respiração que o corpo toma. Ela é uma estratégia utilizada há tempos para recuperar a calma em situações de estresse.
Um novo estudo publicado na revista Science prova isso. Kevin Yackle, responsável pelo estudo, e seus colegas da Universidade de Stanford e de outras instituições nos Estados Unidos descobriram um pequeno grupo de neurônios no tronco cerebral que regula o equilíbrio entre respiração e atividade cerebral relacionada à calma ou ao estresse.
Apesar da técnica ser antiga, até agora não se sabia como isso acontecia no cérebro. A pesquisa mostra que a relação entre respiração e a atividade cerebral de ordem superior acontece no complexo de preBötzinger (preBötC). Esse grupo de neurônios no tronco encefálico dita o ritmo da respiração e regula o equilíbrio entre comportamentos calmos ou agitados.
Esse grupo de neurônios não é homogêneo e é composto por vários subgrupos. Um dos subgrupos gera o ritmo de respiração e projeta diretamente para um centro do cérebro que tem um papel crucial para os estados de alerta generalizado, atenção e estresse.
No estudo, a remoção dessas células não afetou a respiração normal, mas deixou os animais incrivelmente calmos. “O centro da respiração tem uma influência direta e dramática na ordem superior do cérebro”, relatam os pesquisadores.
Veja como aplicar a técnica em situações de estresse:
- Respire lentamente pelo nariz e conte até 5;
- Segure essa respiração suavemente para outra contagem relaxada até 5;
- Respire lentamente pela boca e conte novamente até 5.
Repita isso quantas vezes for necessário para começara se sentir calmo.
Saiba o que você quer e crie expectativas realistas
Não estamos sugerindo que seus padrões de excelência acadêmica, profissional e/ou social devam ser reduzidos. Em vez disso, em momentos de alta pressão – quando a ansiedade e o pânico entram em ebulição – tente dar a si mesmo a oportunidade de reformular a sua posição sobre o que você espera da situação.
Por exemplo, uma apresentação pode ser o ponto mais importante da sua carreira porque ela vai ser o que vai te impulsionar para uma promoção. Porém, esse pensamento pode te pressionar na hora de falar e te fazer travar.
Em vez disso, antes de sua apresentação (ou qualquer outra situação de alta pressão), lembre-se primeiro de por que você está prestes a fazer o que você está prestes a fazer.
Em segundo lugar, considere os possíveis resultados em todos os cenários: do pior ao melhor. Isso vai te ajudar a se acalmar e enxergar que o pior que pode acontecer não é tão ruim assim, ou é mais fácil de contornar do que você imagina.
Você pode transformar a sua voz interior negativa em positiva
Tente se lembrar de uma vez em que você falhou em alguma apresentação, mesmo tendo se dedicado ao máximo para realizar um bom trabalho. Lembrou? Agora, tente se lembrar de como você se sentiu na hora. Se sentiu incapaz, certo? Fraco, inferior. Tudo bem, é normal se sentir triste e decepcionado, porém, esses pensamentos depreciativos têm influência em acontecimentos futuros.
Então, é importante reformular esses pensamentos antes de seguir os próximos passos.
- Pense em pelo menos cinco das afirmações negativas que você disse para si mesmo no passado;
- Dê a si mesmo alguns segundos para pensar sobre a razão pela qual você escolhe essas palavras em particular;
- Após a reflexão, pense em uma oposição sólida à declaração negativa original. Em vez de destacar o que você pode acreditar ser uma falha óbvia, tente reavaliar a situação. Pense no esforço que você colocou em uma apresentação, no tanto que você estudou ou em quão dedicado você foi.
- Depois, pense nas vezes que o seu esforço rendeu frutos positivos.
Repita o processo quantas vezes for necessário para começar a se sentir seguro e confiante das suas habilidades.
O segredo de tudo é a confiança. Quando você confiar em si mesmo, o medo de falhar não vai mais te consumir.
Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso