A vida sempre foi muito difícil e ingrata para este tipo de pessoa. Independente do sucesso e das conquistas que tenha, suas histórias acumulam muitas privações e provações. Em caso de uma vida medíocre, tudo pode ser explicado de prontidão com desculpas das mais diversas, muitas reclamações e uma visão negativa de tudo.
Foi a economia do país que impediu seus sonhos de realizarem; é a empresa em que trabalhou por anos e que nunca proporcionou uma oportunidade à sua altura; é uma companheira ingrata que o largou; é o curso acadêmico deficitário que o prejudicou. Eles sempre são as vítimas da história e o rumo da sua vida sempre está à deriva por culpa dos outros ou do acaso.
Se você costuma ser coadjuvante em sua vida e usa desculpas como muletas para justificar seus insucessos, você sofre da síndrome do coitadismo (ou, como eu carinhosamente apelidei, Complexo de Chaves). Quer um conselho? Você está grandinho o bastante para não viver sob a asa dos seus pais, passou da hora de você amadurecer e deixar de culpar o mundo por sua falta de atitude.
Você não comove ninguém
O coitadismo é um grande veneno para quem quer escrever a sua história. A pessoa pensa que, narrando o revés que a vida sempre lhe causou vai amolecer os corações dos interlocutores, chamar a atenção e atrair os cuidados alheios. Mero engano.
Seja por meio de redes sociais, em um ambiente corporativo ou em um círculo social, muitos próximos a você já sacaram sua habilidade para falar mal das coisas em sua volta. Basta chegar a um grupo e aquela aura de baixo autoestima domina a situação. Você não comove ninguém. Ao invés de atrair pessoas complacentes às suas dificuldades, você só acaba atraindo outras vítimas como você para um muro de lamentações.
As consequências de dar uma de ‘coitadinho’ vai para além de perder as amizades e não ser bem quisto em encontros de grupos. Segundo especialistas no assunto, quem faz de vítima libera mais hormônios do estresse, que desenvolvem males físicos e até depressão.
“Esperar sempre o pior ou pensar negativamente faz com que o organismo fique mais suscetível a doenças, como depressão, ansiedade e problemas gastrointestinais”, diz a psicóloga Andreia Calçada ao jornal O Dia.
Evite relacionamentos à sombra do coitadismo
Você também pode se afundar em relacionamentos que vivem a sombra do coitadismo. Algumas pessoas não são capazes de dar seus passos em busca da própria felicidade. Se apegam, assim, a outras e sentimentos como se fossem esmola, fazendo-se de vítimas para prender o coração e a atenção dos outros.
Não se sinta obrigado a ficar com alguém por uma bonita e longa história que tiveram ou algum trauma que alguém já passou. Se o sentimento acabou e você não imagina a pessoa como sua companheira daqui para frente, o mais honesto para vocês dois é jogar a real e acabar o envolvimento.
Ninguém depende de ninguém para viver, por mais duro que isto possa parecer. E talvez, o melhor que você precise fazer para a outra pessoa e interromper seu trajeto juntos e fazer cada um seguir em direções opostas.
Pare de lamber suas feridas
Viver não é fácil. E, no caminho de escolhas e renúncias, muitas dificuldades nos são dadas como aprendizado. Existem duas formas de reagir com as adversidades: ou você empaca e remói o percalço que interrompeu sua jornada ou usa o ato negativo como força motriz e choque mental para mudar o rumo e seguir em frente.
Desistir e lamentar é a mais fácil das alternativas, porém não vai levá-lo a lugar nenhum. Extrair um ensinamento das suas dores e cicatrizes é o que fará de você uma pessoa melhor.
Desculpas são como muletas. A princípio, parecem que nos ajudam, mas só atrapalham. Você se acomoda com elas e deixa de usar esforços próprios para atingir os resultados esperados.
Você pode terceirizar tarefas de suma importância para seu futuro, viver uma vida medíocre no piloto automático, deixar que as outras pessoas tomem decisões por você e não se arriscar. Porém, nunca será o protagonista da sua própria história e saborear o verdadeiro fruto da conquista.
Por que o coitadismo não te faz crescer?
Essa visão extremamente pessimista das coisa acaba limitando seus sonhos e realizações. Você não é bom o bastante para concorrer a tal vaga; sua ideia não é brilhante o suficiente para sair do papel e virar um empreendimento; aquela garota é bonita demais para ficar contigo.
Pare de se queixar da vida e siga o ensinamento de Arnold Schwarzenegger.
“O único jeito de possibilitar o possível é tentar o impossível. E daí se você fracassar? É o que todo mundo espera mesmo. Se conseguir, vai fazer do mundo um lugar melhor”.
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