O que faz um bom filme de ação? Sequências de tirar o fôlego? Um roteiro bem amarrado? Um protagonista carismático com uma boa motivação para sentar a porrada em todo mundo?
“John Wick: Um Novo Dia Para Matar” vem como um presente para os amantes dos bons filmes de ação e tem tudo para ser tornar um jovem clássico no gênero.
Não se levando a sério ao ponto de ser pretensioso, mas entendendo as qualidades que fizeram de “De volta ao jogo” – primeiro filme da “saga” – um sucesso, a continuação mostra o potencial e o fôlego da história para virar uma franquia de muitos, muitos filmes.
Um Novo Dia Para Matar
A história segue os clichês de filmes clássicos protagonizados por Charles Bronson ou Steven Seagal. John é um cara que só quer se aposentar e viver uma vida tranquilo, mas as pessoas simplesmente não conseguem deixar ele em paz.
Se no primeiro filme, o desejo de matar surgiu logo após roubarem seu carro e matarem seu cachorrinho, desta vez personagem de Keanu Reeves tenta se aposentar novamente. Porém, um pacto de sangue antigo coloca John contra uma organização internacional de assassinos
Esse plot inicial ajuda a vermos em tela mais do divertido e curioso universo dos assassinos apresentado no filme anterior. Vale ressaltar também o inusitado fan service para os fãs da trilogia “Matrix”.
Quem se lembra da parceria criada entre Keanu Reeves e Laurence Fishburne com os personagens Neo e Morpheus, vai se arrepiar quando os dois se encontram novamente em tela. Até mesmo os roteiristas do filme parecem se divertir com o encontro e criam um momento que vai aquecer o coração dos fãs de filme de ação.
Porradaria com pedrigee
Destaque no primeiro filme, as cenas de luta e tiroteio voltam a chamar atenção em tela. Cenários e uso das luzes complementam as belas coreografias de lutas criadas pelo diretor Chad Stahelski.
Antes de assumir a cadeira em John Wick, o cara foi dublê em filmes como “300”. “Matrix” e “Senhor e Senhora Smith”. Junte essa expertise com o fato de Keanu Reeves ser faixa preta em Kung Fu e dá para entender como muitas destas sequências prometem se tornarem referência no gênero nos próximos anos.
Mas talvez o ponto alto do longa, seja que, na contramão dos filmes teen de super-heróis da atualidade, John Wick não é necessariamente um cara bonzinho. Ele é um assassino em busca de vingança. Nada de salvar o mundo ou lutar contra um vilão maquiavélico.
Em “John Wick: Um Novo Dia Para Matar”, nos conectamos com o personagem através da empatia e principalmente porque é incrível vê-lo em ação. Uma fórmula antiga e que novamente se prova nunca sair de moda.
► Texto escrito por Gustavo Cruz (ou Don Rámon). Diretor, editor e apaixonado por histórias (principalmente aquelas contadas em filmes).
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