Se você vive procurando uma desculpa para ir para o bar depois da faculdade, acabou de ganhar mais uma: o álcool pode te ajudar na faculdade e no trabalho porque ele te ajuda a lembrar de coisas recém estudadas.
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Esporadicamente, novas pesquisas surgem com resultados intrigantes para fazer a alegria de quem gosta de comer besteira, beber socialmente e tem preguiça de fazer atividade física moderada.
Algumas pesquisas são duvidosas e, apesar da maior parte da população querer acreditar que bacon faz bem para a saúde e que uma taça de vinho por dia pode ajudar a emagrecer, seus resultados não são tão conclusivos quanto gostaríamos que eles fossem.
Porém, indo na contramão da maioria das pesquisas que são encomendadas ou só servem para vender manchetes, uma nova pesquisa sobre a ingestão moderada de álcool parece bem honesta. Um estudo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, concluiu que tomar álcool pode contribuir com o armazenamento de informações no cérebro.
“Nossa pesquisa não só mostrou que quem bebeu álcool melhorou a aprendizagem, mas também que seu efeito foi mais forte em quem bebeu mais”, afirmou a cientista Celia Morgan, uma das mentoras do estudo.
Mas calma: antes de sair por aí enchendo a cara, saiba que os pesquisadores alertam: não é para ficar bêbado toda vez que você precisar lembrar de algo.
De acordo com os cientistas, quando a ingestão de álcool bloqueia o circuito da memória de curto prazo, a de longo prazo pode ser consolidada. “A teoria é que o hipocampo troca as memórias, transferindo as de curto para a de longo prazo”, pontuou Morgan.
Ou seja: quando você está bebe um copo de cerveja ou uma taça de qualquer drinque, o hipocampo não tem nada de novo para aprender. Dessa maneira, é mais fácil armazenar as informações mais antigas – que no caso são as que você acabou de aprender em uma aula ou palestra, por exemplo.
Para alcançar os resultados do estudo, os pesquisadores deram uma tarefa de aprendizado para 88 participantes e os dividiram em dois grupos. Um dos grupos foi orientado a beber e o outro a ficar sóbrio. No dia seguinte, os participantes foram analisados e aqueles que ingeriram álcool tiveram mais sucesso para lembrar dos itens aprendidos durante a atividade do dia anterior.
Em outro teste, os voluntários precisaram observaram algumas imagens. Parte desses voluntários tinha bebido antes da tarefa e a outra parte não. No dia seguinte, a performance de ambos grupos tinha sido parecida. Então, os cientistas concluíram que o melhor armazenamento de informações só acontece com quem bebe depois de participar de uma aula, e não durante.
“Esse diagnóstico sugere que pode haver efeitos sutis que podem ser informativos para, no futuro, ajudar no desenvolvimento de remédios para farmacoterapia e para intervenções em distúrbios cognitivos”, concluiu o estudo.
Segundo a Revista Galileu, os pesquisadores também disseram que a análise só pode ser levada em conta naquele contexto que já conhecemos e ressaltamos: álcool em excesso pode prejudicar a saúde e o cérebro a longo prazo, e aí o efeito é justamente o contrário! A memória piora e a sua capacidade de reagir aos eventos também. Por isso, beba com moderação.
Além dos pontos levantados anteriormente, os cientistas avaliaram que o sono também pode ter um certo impacto na preservação da memória, mas eles destacaram que isso é tema para outra pesquisa.
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