Apesar das mulheres representarem 40% dos motoristas de todo o Estado de São Paulo, uma pesquisa apontou que somente 6,3% dos casos de acidentes registrados no primeiro trimestre de 2020 envolveram mulheres na direção, um percentual 16 vezes menor do que o número de acidentes com homens ao volante.
Esses números foram apontados pelo Infosiga, banco de dados que reúne informações de acidentes de diversas fontes, como Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. Além disso, o levantamentou apontou que das 91,5 mil CNHs suspensas, entre janeiro e março de 2020 em todo o Estado de São Paulo, apenas 26% pertencem às mulheres
Já em relação ao número de acidentes com vítimas fatais nos três primeiros meses, entre janeiro e março deste ano, a tendência se confirma: o sexo feminino responde por apenas 15,5% do total, frente a 84,5% de homens.
Os números apontam o óbvio que muitos caras ainda insistem em esconder: existe uma relação tóxica entre masculinidade e direção.
Muitos homens buscam se afirmar pelo jeito como dirigem. Não só ultrapassam limites de velocidade, como também dirgem de maneira imprudente e, com mais frequência, assumem a direção alcoolizados.
Esse comportamento é fruto de décadas em que era ensinado para homens que para você ser um HOMEM DE VERDADE precisaria de um carro potente e dirigir tal qual um personagem da franquia “Velozes e Furiosos”. Resultado? Vidas sendo perdidas.Não só daqueles que dirigem de maneira imprudente, como daqueles que estão nos carros próximos e dos pedestres nas ruas.
Ou mudamos a maneira como educamos nossos filhos a respeito da direção ou todo ano, mais e mais vidas serão perdidas apenas para que alguns caras se sintam mais homens atrás no volante.
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