Bem Vindo à selva de Far Cry 3

“Do alto de um morro, observo a base de um grupo de piratas com minha sniper. Conto cinco deles mais dois cães de guarda. Acredito que possa dar a volta na base e pegá-los um a um, quando ouço um rosnar nas minhas costas. É um tigre-de-bengala me espreitando. Com algum esforço, consigo mata-lo com […]

“Do alto de um morro, observo a base de um grupo de piratas com minha sniper. Conto cinco deles mais dois cães de guarda. Acredito que possa dar a volta na base e pegá-los um a um, quando ouço um rosnar nas minhas costas. É um tigre-de-bengala me espreitando. Com algum esforço, consigo mata-lo com alguns tiros de metralhadora, mas não antes que ele arranque metade da minha barra de energia. Quando descubro que estou sem seringas para me curar, ouço o alarme e os latidos nas minhas costas. Os piratas da base ouviram tudo e me detectaram. Lá se foi minha aproximação sutil.  Está na hora de uma abordagem direta.”

Esse parágrafo resume uma boa parte do sentimento de jogar Far Cry 3. Na história, você interpreta Jason Brody. Um playboy meio babaca que vai para uma ilha com um grupo de amigos. Eles vão para boates, fazem esportes radicais enchem a cara e aproveitam a vida do melhor jeito possível. Até a hora que todos são sequestrados por um grupo de guerrilheiros que domina o local.

Você consegue escapar, mas não antes de ver seu irmão ser executado na sua frente. Livre, você tem que desvendar os mistérios da ilha, resgatar seus amigos e se vingar daqueles que te fizeram prisioneiro. Vi uma galera descrevendo o jogo como o “Skyrim com armas”. Uma definição perfeita.

Desde o começo do jogo você está livre para fazer o que quiser. Seguir as missões, caçar, matar piratas, desvendar segredos ou só viajar na paisagem incrível do jogo. A jogabilidade de Far Cry 3 é fluída, fazendo que com que matar um inimigo discretamente seja algo tão empolgante como começar um conflito direto.

Os caras que criaram jogo conseguiram acertar até mesmo em partes que costumam ser chatas em outros jogos, como missões de dirigir de um local para o outro, ou aquelas ficar coletando diversos itens espalhados pelo mapa. Outro destaque bacana são os diversos animais espalhados pela selva.

Por várias vezes, você está para surpreender algum inimigo, quando alguma  fera te ataca de surpresa. Isso faz com que você sempre esteja atento ao seus arredores para não ser pego de surpresa por algum tigre ou pelos malditos dragões-de-komodo (que fazem um barulho insuportável). Outra mecânica divertida é a possibilidade de caçar este animais e melhor seus itens com a pele deles. Os caras da PETA deve estar putos.

Apesar de alguns bons momentos de destaque, (como queimar uma plantação de maconha ao som de Damian Marley) a história do jogo não é lá é essas coisas e serve apenas para adicionar mais desafios para a aventura. Mas tem uma coisa na trama que se destaca e muito. O nome dele é Vaas

Eu lembrei de Bastardos Inglórios, onde por muitas vezes, eu torci para o vilão Hans Landa voltar a cena. O mesmo acontece com Far Cry. Vaas é o centro das atenções todas as vezes em que aparece e as cenas que protagoniza são de longe as mais tensas e memoráveis do jogo. Uma pena que o mesmo não possa ser dito de outros personagens da trama, que apenas a preenchem, como seus amigos que foram sequestrados. Você não criar nenhuma simpatia por eles em nenhum momento.

No final das contas, Far Cry 3 acerta onde Assassin’s Creed 3 erra. É um jogo com mecânicas divertidas, que te recompensa por ser furtivo, sem nunca te punir por escolher o jeito mais fácil e ir para cima do inimigo com uma metranca na mão.  Até mesmo caçar animais é divertido. Mas cuidado com os malditos dragões-de-komodo.

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Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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