Dói, mas muitas vezes não dói e é por isso que a gente continua fazendo. Se doesse sempre, acredite, a gente não faria só pra te agradar.
Pra agradar, a gente usa aquela saia que você gosta, cozinha um brigadeiro mesmo cansada, te deixa ganhar no jogo quando você não teve um bom dia. Mas a gente não faz sexo anal só pra te agradar, seria loucura.
Da primeira vez, a gente provavelmente vai pedir ou vai topar o sexo anal pra te agradar, mas não só para isso. A gente também morre de curiosidade pra saber como é, pra sentir se é bom, pra ver qual é a diferença.
A segunda vez vai ser determinada pelo sucesso da primeira: doeu muito? Então provavelmente vocês não vão tentar tão cedo. Doeu um pouquinho? Ela vai dar outra chance pra você tentar fazer diferente. Ela sabe, acredite, ela sabe: raramente uma mulher topa o sexo anal sem pesquisar muito sobre o assunto antes.
Ela sabe que pra ser bom ela precisa estar relaxa e excitada, ela sabe que pra ser gostoso ela tem que estar com muito tesão. Você não precisa dizer isso pra ela enquanto a transa está rolando, ou quando ela diz que está doendo. Você não precisa dizer: “relaxa, amor”. Ela já leu sobre a importância de relaxar em quinhentos sites diferentes. Então, se ela não está relaxada não é por não saber que ela precisa estar.
Sabe quando você está ansioso e algum infeliz diz: “calma, não precisa ficar ansioso”. Resolve alguma coisa? Não, né? Então, não peça para ela relaxar como se ela não estivesse tentando ou não soubesse. Faça ela relaxar.
Explore o corpo dela, use a língua, os dedos, o corpo todo. Tenha paciência e tente de novo, pense em todo aquele tutorial que você já viu, mas não tente seguir tudo ao pé da letra. Sinta o momento. A gente sabe quando um movimento é natural e quando ele é forçado.
Se mesmo assim não rolou, não force a barra. Não. Force. A. Barra.
Quando ela quiser tentar de novo, ela vai tentar. Lembra o que eu disse? A gente quer que seja bom, é óbvio que a gente quer que seja bom, a gente não quer fazer só pra te agradar.
Quando finalmente rola e é bom, é muito bom. É muito bom mesmo. Nunca é “mais ou menos bom”. Pra mulher, o sexo anal só pode ser resumido em dois adjetivos: maravilhoso e ruim.
A gente pode até dizer que foi “ok” mas quando a gente diz que foi “ok” na verdade foi uma droga. Se você é uma mulher e realmente já acreditou que o sexo anal foi “ok”, tenho algo pra te dizer: não foi.
A gente diz que o sexo anal foi “ok” quando a gente não sentiu tanta dor e até conseguiu relaxar um pouquinho, mas desde quando isso é “ok”? Sexo tem que dar prazer. Quando o prazer não existe, como que o sexo pode ter sido bom?
Se você é um homem – provavelmente é – também preciso deixar algo claro: a gente não espera que você faça a gente gozar na nossa primeira vez, mas a gente precisa ter prazer, a gente precisa se entregar e a gente precisa que você tenha paciência e se esforce pra que isso aconteça.
Sexo é uma troca e, por isso, você tem que receber prazer e também dar prazer. Sem medo, sem ressalvas, sem nojo, sem pudores.
Quando essa troca rola, o sexo anal é maravilhoso e aquele papo da Sandy é real: dá pra ter prazer ali atrás sim. E muito.
O que a gente não te diz é que a gente quer gozar enquanto o sexo anal está rolando e, se ele for maravilhoso como deve ser, a gente provavelmente vai.
O problema é que tudo fica muito sensível então, nesse caso, se você ver que a mulher chegou lá, tire o pênis na hora e continue a relação de outro jeito.
Fica muito difícil pra gente continuar o sexo anal depois de gozar. Todo o prazer intenso que estava concentrado ali se dissipa e o que sobra é uma sensibilidade extrema. Então, cada movimento que você fizer – ainda mais se ele for intenso – vai doer o triplo.
Comemore, fique feliz pelo orgasmo conquistado – se as mulheres já demoram para gozar no sexo tradicional, imagina só no sexo oral – e termine seus negócios em outro lugar. Na frente, na mão, enfim, você escolhe. Só tire o pênis de lá.
A gente não conta, mas a gente morre de vergonha e de medo de algum pequeno incidente acontecer. O que a gente também não diz é que, se esse imprevisto acontecer, a sua reação vai te mostrar o seu caráter.
Se você não sabe, temos uma novidade: sexo anal acontece com a penetração do pênis no ânus, certo? O ânus tem uma função básica no corpo humano e você sabe muito bem qual é. Por isso, se você vai entrar nesse território, saiba que imprevistos podem acontecer – por mais que a mulher tenha se preparado para isso de diversas formas.
Já cansamos de falar que sexo é cheiro, é gosto, é tato. Quem faz sexo não tem nojo, tem desejo e tem vontade.
Os filmes pornôs podem ter te mostrado que imprevistos não existem, mas filmes pornôs tem edição, tem roteiro e não tem cheiro e nem paladar. Não tem toque.
Imprevistos acontecem e o que a gente não te diz é que você é bem otário se não levar esse imprevisto numa boa.
Infelizmente, a gente não diz isso. Mas deveríamos, porque o que tem de mulher ouvindo e encarando comentários inimagináveis não é brincadeira.
A gente não diz, mas a gente topa o sexo anal porque a gente quer descobrir outras formas de ter prazer e porque a gente também quer te fazer ter prazer.
A gente não diz, mas a gente se sente insegura de demonstrar o quanto estamos gostando e gozando quando o sexo anal está rolando porque a gente escuta a vida toda que não devemos gostar desse tipo de coisa, que a gente tem que fazer isso só pra agradar.
E a gente não faz só pra agradar.
Use acessórios para intensificar o prazer com ela
Além de usar bem as mãos e os dedos, você pode recorrer a acessórios para proporcionar mais prazer a ela. Entre eles, indicamos estes aqui para você usar com ela:
1. Estimulador de Clitóris: eles agem diretamente na região, com níveis de vibração diferentes e possibilitando a penetração também.
2. Bullets: já estes são acessórios menores, discretos e focados apenas na estimulação por vibração no clitóris.