Por que Michael Jordan preferia a Adidas ao invés da Nike?

Quem olha para o sucesso da linha de calçados Air Jordan hoje, mal pode imaginar que a Nike não foi a primeira, nem a segunda opção de Michael, mas sim a última na hora de escolher quem ia levar o seu nome.

• Saiba mais sobre o documentário “Arremesso Final” sobre a vida de Michael Jordan

O quinto episódio da série documental Arremesso Final, que narra os anos de Jordan no Chicago Bulls, trouxe uma declaração inédita do jogador de basquete: a que ele preferia ter lançados seus tênis pelas Adidas, não pela Nike. Quem ouve essa declaração hoje pode achar ela polêmica, porém, ela faz bastante sentido para o contexto dos anos 80.

Pouco antes do Air Jordan ser lançado, duas marcas reinavam absolutas nos pés de jogadores nas quadras de basquete: a Converse (sim, a do All Star) e a Adidas, com seu Superstar (assista o vídeo abaixo para entender a história melhor). Primeiramente, Michael Jordan buscou patrocínio na Converse. Porém, como a marca já tinha atletas como Magic Johnson, Isiah Thomas e Larry Bird  no seu time de patrocinados, não havia espaço para o então novato do Chicaco Bulls.

Após a rejeição, Michael foi buscar patrocínio na Adidas. A marca havia crescido muito no basquete nos anos 80 e era muito querida entre os rappers e fãs do Hip Hop. Porém, a empresa das três riscas não quis patrocinar o atleta.

A última opção de Jordan foi a Nike, que demonstrou muito interesse no jogador de basquete, porém, este não queria lançar seus calçados com a marca. Na época, a marca era conhecida por seus calçados de atletismo e tentava entrar no mundo do basquete. Foi preciso a mãe de Michael Jordan ter uma reunião com os diretores da empresa, para que ele resolvesse dar atenção para a proposta.

Na época, o contrato assinado foi no valor de 250 mil dólares, muito superior aos 100 mil dólares que eram comuns em patrocínios a atletas da modalidade. A criação da linha Nike Air Jordan acabou se tornando uma das mais lucrativas da história do esporte e hoje está avaliada na baixa dos 3 bilhões de dólares. Nada mal para uma  terceira opção, não é mesmo?