Texas registra primeiro possível caso de transmissão sexual do zika vírus

O Serviço de Saúde do Condado de Dallas, nos Estados Unidos, divulgou que a região teve um caso de transmissão sexual de Zika

Existe a possibilidade do Zika Vírus se tornar mais uma DST? O Serviço de Saúde do Condado de Dallas, nos Estados Unidos, divulgou nesta terça-feira, dia 02 de fevereiro, que a região teve um caso de transmissão sexual de zika.

Apesar do comunicado ter sido divulgado, os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) esclareceram que a agência não procurou investigar como o Zika realmente foi transmitido neste caso.

O comunicado afirmou que um paciente foi infectado depois de ter tido relação sexual com uma pessoa doente que havia viajado recentemente para a Venezuela. O serviço, porém, não divulgou a identidade dos pacientes.

O CDC constatou por testes laboratoriais que se trata, sim, de um caso de zika e que é a primeira infecção pelo vírus nos Estados Unidos em uma pessoa que não esteve fora do país.

A agência afirmou que: “Com base no que sabemos, a melhor forma de evitar a infecção pelo zika vírus é prevenir as picadas de mosquito e evitar a exposição ao sêmen de alguém que tenha sido exposto ao zika vírus ou que tenha ficado doente a partir da infecção pelo vírus”.

O vírus realmente pode ser transmitido pelo sexo?

Créditos: Reprodução

Zachary Thompson, diretor do DCHHS, enxerga o caso como uma prova de que o vírus pode, sim, ser transmitido pelo sexo. Até o momento, porém, não existem provas científicas suficientes para confirmar essa forma de transmissão.

Um estudo publicado em 2011 na revista científica “Emerging Infectious Diseases” relatou o caso de um cientista americano que, ao voltar do Senegal para os EUA em 2008, desenvolveu os sintomas da infecção pelo Zika Vírus já em casa, no estado do Colorado. Como a sua mulher não saiu de casa e nem foi viajar nesse período mas, mesmo assim, contraiu a doença, os cientistas já acreditavam na possibilidade da transmissão sexual.

Como ainda não há vacina ou medicamento contra o vírus, é preciso observar casos como esse com muito cuidado.

O médico pediatra Dr. Márcio Nehab, especialista na instituição Fiocruz, no Rio de Janeiro, declarou em entrevista para o jornal britânico The Independent: “Neste momento, nós precisamos estar mais preocupados com o mosquito, o vetor responsável pela transmissão do vírus”.

Bom, se você usa camisinha, não há com que se preocupar, certo? Siga as recomendações do Ministério da Saúde e do Governo Federal sobre a limpeza nas regiões de risco para a disseminação do Aedes Aegypti, livre-se da água parada e alerte seus vizinhos a fazerem o mesmo.

Para ajudar, denuncie também às autoridades quando observar fatores de risco expostos em alguma casa ou estabelecimento e cobre o governo sobre uma solução.

Compartilhe
Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso