Parece cenário de ficção científica, mas a construção de robôs sexuais faz parte do futuro relatado por Ian Pearson, um futurologista – sim, esse cargo existe – em um estudo publicado em parceria com a Bondara, uma dos maiores sexshops do Reino Unido.
Apesar de nenhuma comprovação técnica sobre a construção dos Robôs, Ian Pearson parece bem alarmista em relatar que o sexo com robôs desenvolvidos exclusivamente para essa finalidade vai ser uma prática comum até 2025 – em um cenário bastante parecido com o filme Ex-Machina: Instinto Artificial.
Como base para o seu argumento, Dr. Pearson utilizou o fato de que vibradores e outros brinquedos eróticos já são utilizados em demasia no Reino Unido, e que o pornô virtual está presentes a se tornar mainstream, ou seja, extremamente popular e comum de ser encontrado nos computadores de praticamente todos os cidadãos.
Ignorando toda a problemática envolvendo essa generalização da pornografia, Ian prevê que, provavelmente em 2035, os brinquedos que interagem com a realidade virtual se espalharão pelo Reino Unido e que, provavelmente em 2025, as classes sociais mais altas já devem ter acesso aos robôs sexuais com aparência humana.
Em 2050, a probabilidade – relatada por Ian com base apenas em suas suposições e em alguns dados sobre avanços tecnológicos – é de que os seres humanos sejam completamente substituídos pelos robôs.
A adaptação, entretanto, vai ser complicada: “Inicialmente, as pessoas vão achar que é difícil se adaptar a essa nova atividade sexual, mas acabarão se acostumando com isso, assim como eles se acostumaram com a pornografia”, diz Ian Pearson.
As pessoas, entretanto, estão constantemente procurando por novas formas de apimentar suas vidas sexuais. Isso é um fato, o mercado dos brinquedos sexuais cresce cerca de 6% todos os anos: “Essa taxa de crescimento não pode continuar para sempre ou logo se tornaria todo o nosso gasto, mas o crescimento econômico subjacente poderia ficar em torno de 2% para as próximas décadas, pelo menos, triplicando a renda e sobrevivência básica terá uma parcela menor de que, devido à automação e outros custos de tecnologia de redução”, Pearson afirma.
A previsão segue: “Muitas pessoas ainda têm ressalvas sobre sexo com robôs mas, gradualmente, conforme eles se acostumarem com os robôs e com o comportamento de inteligência artificial e mecânica, além da melhora de sensação, homens e robôs podem começar a se tornar amigos com laços emocionais fortes.
E a tendência é que algumas pessoas abracem o robô sexual, livre de relacionamento, assim que eles possam pagar um, já em 2025. E ele não terá muita chance de ultrapassar o sexo com os seres humanos, em geral, até 2050″, explicou Pearson.
Essa afirmação de Pearson é apoiada por Matt McMullen, um especialista na criação de robôs sexuais que dedicou sua vida para desenvolver algo que possa excitar nós, humanos, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
Porém, McMullen contraria Ian ao escolher o termo “vale misterioso” para definir essa polêmica. Ele acredita que um robô sexual muito próximo da figura humana pode assustar e constranger quem o compra e, por isso, talvez seja melhor manter os bonecos sexuais com características menos realistas.
Se nós aprendemos alguma coisa com o filme Her, lançado em 2013, com o próprio Ex-Machina ou com os livros e contos do Philip K. Dick, é que a inteligência artificial é um território extremamente delicado. Ela é capaz de se desenvolver de forma assustadora e sem qualquer interação humana, mesmo quando seus desenvolvedores criam programações extremamente bem pensadas para evitar qualquer dano nos projetos.
Alarmismo? Bem, nós já tivemos muitos ensaios na ficção para não ficarmos assustados com esse cenário.
Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso