Como chegar em uma mulher (e o que não fazer para chamar a atenção delas)

Mulheres falam o que os homens devem fazer (e o que não devem) para conquistá-las

Há quem garanta um método infalível para chegar em uma mulher em qualquer ambiente e conquistá-la. Há também quem acredite na existência de códigos e palavras específicas capazes de fazer qualquer mulher se apaixonar – ou, pelo menos, aceitar ficar com um homem.

Porém, entre tantas histórias que escutamos por aí, raramente ouvimos o lado das garotas. Um erro muito comum cometido pela maioria dos homens é também o mais óbvio e básico: não escutar as mulheres.

Por insegurança, falta de contato – e também de tato, é comum que os homens acabem afastando uma garota quando, na verdade, só querem se aproximar e conhecê-la. Mas então, como agir para chegar em uma mulher de forma educada e interessante?

Veja algumas preciosas dicas compartilhadas por mulheres sobre o que o homem deve ou não fazer para conquistá-las!

Não trate a mulher como um item de conquista e objeto de desejo

Para Regiane Lemos, frequentadora de baladas na região central de São Paulo, o grande problema dos homens é a necessidade evidente de chegar no máximo de mulheres possíveis para, quem sabe, conseguir beijar uma: “Fica claro que eles estão querendo tirar uma boa média, tentar falar com o máximo de meninas para ter mais chances de beijar alguma. O erro é esse, sabe? Eu nunca aceito ficar com um cara que, claramente, está chegando em mim apenas para marcar pontos. Qual é o problema de sair da noite e ficar apenas com uma?”.

É comum que os homens reunam os amigos para sair, beber um pouco e praticar táticas de guerrilha. Mas até quando isso realmente funciona para conquistar alguém?

Pela probabilidade, é realmente possível que a maioria do grupo acabe beijando garotas, mas, para Regiane, não há muita vantagem nisso: “Eles podem até beijar alguém, mas provavelmente não vai passar disso. É muito chato quando você acha um cara interessante, ele te beija e logo vai embora atrás de outra garota. Isso é muito comum”.

Não encare a conquista como uma guerra, nem a mulher como seu inimigo

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Esse tipo de comportamento abre uma discussão muito maior: por quê os homens encaram a conquista como uma guerra, e qual a vantagem disso?

Bruno Ferreira, por exemplo, tem 24 anos e acha engraçado quando os homens encaram a balada como um campo de batalha: “Isso demonstra muita insegurança, as meninas percebem isso. Pra quê você vai agir como se beijar alguém fosse simplesmente isso? O que você vai ganhar somando beijos?”.

Chegar “em bando”, alias, é uma atitude assustadora para várias garotas. Isadora Alvarenga, por exemplo, diz odiar quando um grupo grande chega insistindo para você ficar com algum deles.

Parte da culpa deste tipo de atitude está na falta de tato e empatia pelas garotas: “Eles encaram a gente como prêmio, tipo: ‘olha, peguei aquela ali’, e não como alguém que pode somar alguma coisa. Beijar na boca é bom, é lógico, a gente também gosta, mas dá pra perceber quando o cara realmente não está nem aí para você como pessoa”, diz Regiane. 

Aprenda a aceitar o NÃO

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Em baladas, também é muito comum ver homens segurando meninas pelo braço e insistindo mesmo depois de ouvir um “não” como se a repetição fosse fazer a menina mudar de ideia. Marianna Alves, por exemplo, diz como é comum a falta de respeito pela mulher que está sozinha: “Tem os caras que só aceitam o não quando você diz que namora ou quando chega outro homem dizendo ser seu namorado”.

Este tipo de reação demonstra que o homem não respeita o seu não a não ser que outro homem esteja envolvido na história.

Então, qual seria o melhor jeito de chegar em uma mulher sem ser invasivo e deixá-la desconfortável?

Para Bia Monteiro, a resposta é relativamente simples: “Não encoste em mim sem a minha permissão. Respeite um não, simplesmente vire as costas e vá embora”.

Em ambientes mais propícios ao flerte, muitos homens parecem achar que as mulheres estão ali simplesmente para ficar com outras pessoas: “Muitos homens realmente não acreditam que estamos ali só pra dançar e aproveitar a noite com os amigos, e por isso insistem tanto ao escutar um não. Isso é muito desconfortável”. Depois que Regina deu essa declaração, um rapaz segurou a sua mão e só parou quando um amigo a chamou pelo nome.

Não segure, puxe e nem toque nela sem permissão

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Segurar e tocar nas mulheres parece ser a pior abordagem. Todas as nove entrevistadas afirmaram odiar quando um homem as segura pelo braço. Ieda Maria Couceiro, por exemplo, fica bastante desconfortável com isso: “O que me incomoda e às vezes me assusta mesmo é chegar já encostando ou me puxando, ou quando eu digo não e o cara insiste”.

Ficar tentando entender as razões pelas quais a menina não quer ficar com você também é bem desagradável. Não tem nada de errado com a sua aparência, sua roupa, seu cabelo, seu corpo. Às vezes, a garota simplesmente não quer. Maria Eloise é bem clara quanto a isso: “Aceite o meu não, se eu não quero, é porque eu não quero”.

Seja educado e respeite o espaço dela

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Aliás, Maria Eloise afirma não ser tão complicado assim puxar papo com alguém: “Na questão do ser educado, eu não vejo problema em chegar falando: oi, tudo bem? Qual é o seu nome? Não é difícil e não precisa de ser um especialista em comportamento pra saber que isso é o básico”.

Na balada, Bia Monteiro diz que a melhor forma de chegar em uma mulher é respeitar o espaço dela: “Chegue por um ângulo que eu possa te ver se aproximando e respeite se eu virar o rosto ou mudar de posição – claramente evitando o contato”.

Já fora de alguma festa, ou em um dia normal, a situação é completamente diferente. Muitos homens têm dúvida se é legal chegar em uma mulher quando ela está caminhando na rua, por exemplo. Para Ieda, a resposta é não: “Geralmente você não está na rua para curtir, se divertir ou conhecer pessoas novas, sabe? Você geralmente está indo para o trabalho, pra faculdade…”

Conheça o lugar e momento certo de chegar em alguém

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Quando esse tipo de coisa acontece, Ieda, rindo, garante não ser nada efetivo: “Um dia, um cara mais velho que eu me parou e falou ‘Oi, posso te conhecer?’, eu não consigo imaginar uma forma pior pra conhecer alguém! O que ele esperava que eu respondesse? ‘Sim, meu nome é Ieda eu moro no bairro tal, meus hobbies são…’? Nunca aconteceu comigo de dar um passo a frente com cara que me aborda na rua, por mais que ele fosse bonito ou da minha faixa etária porque eu acho sem clima, acho falta de educação e invasivo”.

Mas, para Bia, existem meios educados e interessantes de chegar em uma mulher no dia a dia: “Estava no metrô subindo a escada rolante e um rapaz me chamou ‘moça, você deixou cair esse papel’, peguei o papel e era um origami em formato de coração escrito ‘vc é linda/marcos’ e o número de telefone dele. Achei legal porque ele demonstrou interesse e me deu espaço para não retribuir”.

Pode não existir um guia eficaz com cantadas efetivas, mas, em todos os casos, o fundamental é o respeito. Entender os direitos da garota, saber que ela não tem obrigação alguma em dizer ‘sim’ para você só por estar em um ambiente mais descontraído ou vestida com determinado tipo de roupa.

Seja gentil e calmo na abordagem

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Bia comenta, inclusive, sobre a eficácia das cantadas e qual o melhor momento para investir em uma: “Cantadas podem ser descontraídas ou perturbadoras, tudo depende da abordagem. Se você está na dúvida se vai ser legal ou não, não faça. Talvez uma forma simples de avaliar isso é: existe a possibilidade da moça ficar constrangida? Ela vai se sentir insegura?”.

Estar solteira não é sinônimo de necessidade. Você não deve aceitar o não da garota apenas quando ela diz que tem namorado, se ela foi clara e disse não estar a fim, pra quê insistir? Você pode conhecer outra garota interessante que se identifique com você e aceite algo mais sem precisar ser insistente ou invasivo.

Quando uma mulher está sozinha, mesmo em uma festa, ela já está naturalmente na defensiva, então, pense nisso quando abordá-la. Seja gentil, educado e não pareça desesperado ou impaciente. Na maioria das vezes, uma garota só quer conversar, dançar e curtir a música e não há nada de errado nisso.

Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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