“Mulheres comportadas raramente fazem história.” (Marilyn Monroe)
Reencontrei um velho amigo que ficou por um tempo afastado semana passada. Cabisbaixo e com o semblante desolado, chamei para sentar no bar e colocar a conversa em dia. Já em suas primeiras palavras, o diagnóstico veio de supetão: tinha acabado de se relacionar com uma Bonitinha, mas Ordinária.
Seu relacionamento, explosivo e intenso que acabara de terminar começou ainda quando estava junto com Carlinha*. Bastou conhecer a Júlia, uma bela loira de olhos verdes, com formas e curvas de fazer inveja a qualquer uma, que ele nem hesitou. Acabou com a simpática companheira de 3 anos em busca de uma paixão arrebatadora.
Ele, como muitos de nós homens, foi enfeitiçado pelas mulheres Bonitinhas, mas Ordinárias, uma categoria inventada por Nelson Rodrigues e que se faz tão presente nos dias atuais.
Ela sabe bem disso e usa de todas as formas, para seduzir o chefe em sua carreira profissional, para conseguir benefícios próprios em qualquer lugar e com os homens. Sua presença em qualquer lugar é responsável por concentrar os olhares e desejos masculinos e ódio e desprezos femininos. Elas são os inimigos públicos nº 1 das namoradas.
Ela até não pode admitir, mas têm boa parte dos homens aos seus pés. Com ou sem consentimento, deixa todos de stant-by a espera de um whats app, mensagem, ligação ou até sinal de fumaça. Ao menor sinal, mesmo que em breves desabafos em redes sociais, pode ter certeza que qualquer um aparecerá com um sorriso no rosto e más intensões no olhar.
Quem nunca se envolveu com uma dessas, que atire a primeira pedra. Assim como furacões, a princípio elas são silenciosas, solícitas e meigas, quando você percebe, fez você abandonar a família, amigos e companheira. No fim, levam nossas casas e carros, tiram nossa dignidade e nada nos resta.
E de nada adianta os amigos falarem que este não é o melhor caminho a seguir ou a melhor companheira para você. Apaixonado e irracional, você luta contra tudo em busca desse amor impossível. Você precisa provar a todos que com você é diferente, você está no controle. Ledo engano.
Você é apenas um número mais a agenda de contato dela; um pinto diferente para as sextas à noite. Um passatempo temporário até aparecer algo melhor.
A dica que dou é, quando se deparar com um membro da espécie, faça de desentendido e débil. Não ceda a seus encantos, não largue sua parceira de anos por um rostinho bonito e olhar malicioso. Se for possível, fuja para as montanhas. Caso contrário será enfeitiçado. E aí é tarde demais.
Pode não parecer, mas elas têm sentimentos e podem até vir a gostar de alguém um dia. O problema é que estão tão arraigadas em conversões sociais, machismos e conceitos arcaicos que coloca seu bem estar, vontades e privilégios acima de tudo. Até do verdadeiro amor.
Mas, no fim de tudo, isto pode ser só um delírio meu. Pode ser que as Bonitinhas, mas Ordinárias, nem existam. Seja apenas uma criação que povoa o imaginário masculino, assim como a loira do banheiro, a justiça no futebol e o churrasquinho de gato.
Ps: os nomes foram trocados para conservar o sigilo dos personagens
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