Sabe o óleo de coco, aquele produto mágico, que muitos ‘especialistas’ recomendavam e estava como base de várias dietas pela internet? Pois acabou de ser comprovado, por especialistas, de que ele é tão prejudicial à saúde quanto a manteiga.
A afirmação bombástica é da Associação Americana do Coração, principal organização sobre saúde cardiovascular dos EUA. Em publicação com as novas recomendações realizada na sexta, 16/6, o órgão aponta que estudos científicos mostraram que o óleo de coco é tão prejudicial à saúde quanto a manteiga e a gordura da carne.
A associação recomenda que a população substitua gorduras saturadas por óleos mono ou poli-insaturadas. Estudos realizados de maneira controlada demonstraram que a redução no consumo de gorduras saturadas reduz os riscos de doenças cardiovasculares em aproximadamente 30%. O problema é que 82% dos ácidos graxos do óleo de coco são saturados.
“Uma pesquisa recente reportou que 72% do público americano classifica o óleo de coco como um “alimento saudável”, comparado com 37% dos nutricionistas”, diz a recomendação da AHA. “Essa desconexão entre opiniões leigas e especialistas pode ser atribuída ao marketing do óleo de coco na imprensa popular”.
Assim como os derivados do leite, a gordura animal e outras gorduras saturadas, o consumo do óleo de coco provoca um aumento das lipoproteínas de baixa densidade, ou LDL, conhecidas por fixar o colesterol nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas.
“Porque o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, uma causa de doenças cardiovasculares, e não tem efeitos favoráveis compensatórios conhecidos, nós aconselhamos contra o uso do óleo de coco”, afirma a Associação.
A recomendação é que as gorduras saturadas — de laticínios, animais e óleo de coco e azeite de dendê, entre outras — sejam substituídas por gorduras mono ou poli-insaturadas, encontradas sobretudo em óleos vegetais, como azeite de oliva, óleo de milho e canola, castanha do pará, amêndoa, salmão, sementes de linhaça, abacate e outros alimentos.
O Globo
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