“La La Land” definitivamente é um filme feito para aqueles que sonham. Não só para os artistas, mas também para pessoas que possuem objetivos ou o desejo de ter uma vida melhor.
O filme carrega na ficha técnica a expectativa de mostrar para o público um musical, mas entrega muito mais do que isso. Tudo isso por conta de seu diretor, Damien Chazelle, que transborda sua paixão pelo cinema em cada cena de seus filmes.
Para o seu terceiro longa na direção – logo depois de dirigir o aclamado “Whiplash” – ele escolheu não por acaso o gênero quase esquecido por grandes estúdios: O musical.
O que para muitos poderia ser uma escolha burra, para o cara foi uma escolha natural: Faz total sentido o diretor levar o papo sobre música para um outro nível. Na verdade, Damiem escreveu o roteiro de “La La Land” muito antes de “Whiplash”, e só não realizou o filme antes por ter recebido um grande “NÃO” de todos estúdios.
“Ninguém mais gostava de musicais, não faria sentido gastar tanto dinheiro com um filme que tem grandes chances de fracassar”, ou pelo menos era isso que todos os estúdios pensavam até La La Land estrear.
Foram precisos seis anos para esta deixar de ser uma ideia no papel e se transformar em uma obra que não só homenageia, como ressuscita o gênero de musicais e está ganhando diversos prêmios no caminho.
Onde a realidade e a ficção se misturam
O filme conta uma história clássica: Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling) se mudam para L.A para tentar a sorte grande. Ela é uma atriz que é rejeitada constantemente em testes, mas continua persistindo em atuar. Ele é um aficionado por Jazz e sonha em ter uma casa de show dedicada ao estilo musical.
As histórias dos personagens e dos atores que os interpretam se misturam.
Emma Stone passou 3 anos fazendo testes, recebendo muitas rejeições até conseguir uma personagem em “Superbad: É Hoje”, que serviu como trampolim para ela começar sua carreira.
Ryan Gosling, Hoje um dos atores mais desejados por diretores e por várias fãs ao redor do mundo, Gosling já passou por vários perrengues para chegar onde está hoje. Alguns dos testes de elenco usados no filme foram baseados em testes que Ryan fez na vida real.
O amor pela música também é algo antigo na vida do ator. Em meados de 2009, ele e um amigo escreveram uma peça, curiosamente, um musical, mas a produção acabou ficando cara demais e ninguém comprou a ideia.
Assim como a maioria dos personagens em La La Land, as pessoas que realizaram o filme também passaram por diversas dificuldades antes de poderem realizar aquilo que desejavam. Perseguir um sonho é na maioria das vezes doloroso, lento e nos obriga a fazer escolhas, cada uma delas com um destino diferente.
O filme te faz pensar: “E se”?
- E se, você deixar passar uma oportunidade por medo.
- E se, você perder a pessoa que ama por ser muito orgulhoso.
- E se, você não perseguir seu sonho por outra pessoa.
- E se, você deixar de tentar por se importar com o que os outros pensam.
Ficar lamentando a vida que você poderia ter tido não parece atraente, e o filme faz questão de homenagear todos aqueles que tentam, falham, mas sempre levantam e voltam a tentar.
► Texto escrito por Gustavo Cruz, diretor, editor e apaixonado por histórias (principalmente aquelas contadas em filmes).
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