Ronda Rousey, a primeira mulher do UFC

Depois de o Strikeforce anunciar o último card do torneiro com suas maiores estrelas em ação para janeiro de 2013, a ausência da campeã peso-galo foi sentida. Poucas horas depois, o site TMZ revelou que a musa norte-americana Ronda Rousey seria a primeira mulher a assinar contrato com o Ultimate Fighting Championship.

O anúncio pegou todos de surpresa, já que Dana White havia declarado a pouco mais de um ano que o MMA feminino estava descartado do torneio, já que não havia atletas suficientes para que fosse montada uma nova categoria no UFC. Porém, na coletiva de imprensa do UFC on Fox Henderson x Diaz, Dana White confirmou que a lutadora é a primeira campeã da única categoria feminina da organização, até 135 libras (ou 61 quilos).

Depois de entregar o cinturão da organização para Ronda, Dana anunciou que a primeira disputa acontece em 22 de fevereiro, no UFC 157, contra Liz Carmouche será o main event. Provavelmente a vencedora deve enfrentar a brasileira Cris Cyborg.

O desempenho de Ronda Rousey pelo Strikeforce modificou a cabeça do presidente do UFC, que chegou até a comentar que gostaria de fazer uma luta envolvendo Ronda no UFC.

A musa Ronda Rousey tem um currículo de fazer inveja a muito marmanjo. Ex-judoca, conquistou a medalha de bronze em Pequim 2008. No MMA  coleciona seis vitórias em seis lutas disputadas, todas elas por finalização no primeiro round com um armlock (chave de braço).

Além de se destacar dentro do hexagonal, a Ronda conta com um rosto angelical, corpo escultural e uma beleza bem feminina, contrariando os que pensam que somente lutadoras masculinizadas podem se destacar nas artes marciais.

Com a transferência, Rousey passa a ser automaticamente a campeã peso-galo da organização. Suas principais adversárias são as americanas Sara McMann e Miesha Tate, além do desafeto brasileiro Cris Cyborg.

Cris e Rousey vêm trocando acusações desde que a brasileira foi suspensa ao ser flagrada em um exame antidoping no início do ano. A norte-americana desafiou a brasileira para um duelo várias vezes, porém Cris não quis baixar de peso para enfrentá-la.

Dana White não esconde de ninguém que desejaria ver um confronto entre a norte-americana e a brasileira. Agora basta saber se uma luta pelo UFC seduziria Cris.

Frases de Ronda Rousey

“Quando Dana me falou que teria que segurar o cinturão (na sexta-feira), eu disse que não me sentia campeã até que eu ganhasse uma luta. Então, agora posso ficar mais confortável”. Após vitória no UFC 157.

“Esta é a primeira vez em que eu tenho a real obrigação de ganhar, então, é o combate para o qual melhor me preparei. Lido bem com a pressão”. Reflete semanas antes do UFC 157.

“Eu me sinto pressionada por meu próprio orgulho. Quero ganhar essa luta por mim mesma. Não gosto da ideia de perder. Eu não penso nisso, ‘ah, o que acontecerá se eu perder’, não me importo com esse tipo de pensamento. Quero ganhar por mim mesma, se ajudar outras pessoas, ótimo, mas eu simplesmente não ligo para os outros”.

“Com as mulheres é o contrário do que se diz que atrapalha fazer sexo antes da prova. Isso aumenta o testosterona. Estou falando isso agora e o meu Twitter vai bombar de gente com ofertas para ajudar na preparação para a luta (…) Eu acho que fazer sexo antes pode ajudar, dar mais confiança.” (Ronda fala sobre a polêmica de fazer sexo antes da luta)

“Para garotas, isso faz aumentar o nível de testosterona, então eu tento fazer o máximo de sexo possível antes das minhas lutas. Não é que saio fazendo com qualquer um, eu não coloco nenhum anúncio em classificados. Mas se estou mais séria com alguém, eu já fico, tipo, ‘cara, a hora da luta está chegando’. Você pode muito bem f*der com alguém e ir lutar naquele dia mesmo.”

“Se ela quiser lutar comigo, ela que ache uma maneira para descer para os pesos galos, vamos ver se ela faz uma luta justa pela primeira vez na vida. Eu não devo nada, ela que está completamente difamada. Para mim, ela se dopou a vida inteira. Então ela que venha para minha categoria”, completou a campeã do Strikeforce sobre a brasileira Cris Cyborg.

“Olha, eu não ligo sobre onde vou lutar contra ela, contanto que seja na categoria de até 135 libras (peso pena, até 62 kg). Não importa em que país será. Se alguém acha que me intimidaria por lutar no Brasil contra Cyborg, está enganado, porque eu lutei a minha vida toda contra a torcida. O Brasil foi a minha primeira experiência de ter uma torcida inteira gritando o meu nome, então eu amo o país de vocês e adoraria voltar a lutar por aí”.

“Não tem nada a ver com se eu gosto dela ou se a respeito. Ela parece até ser uma garota legal. Mas toda vez que entro para lutar, é como se a vida da minha irmãzinha estivesse em jogo. Nesse tipo de situação, ninguém pode me bater.” (Rousey fala sobre a ex-campeã Sarah Kaufman, que finalizou no Strikeforce

“Ela não deve saber, mas deveria agradecer sua estrela da sorte pelo o MMA ser regulamentado no estado da Califórnia. É que a respeito tanto que não vou dar nenhuma chance. Se eu pegar uma chave de braço, eu vou arrebentá-lo e jogá-la de volta para seu córner. Se eu pegar um estrangulamento, vou ficar até ela apagar. Eu arrebentaria a cara dela no chão. A vida dela está dependendo apenas das regras, pois se elas não existissem, ela dificilmente sairia viva.” (ainda sobre Sarah Kaufman)

“Às vezes saio para passear e dou nomes diferentes, digo que sou personal trainer. Aí as pessoas não se intimidam comigo. Mas se digo que sou a campeã do UFC, minhas chances caem bastante”, ri a musa falando da estratégia para conseguir namorados.