Trabalhar seis horas por dia proporciona mais produtividade e felicidade

Estudo aponta que um expediente curto oferece benefícios reais em 20%

Sabe aquele esquema de trabalho workaholic, elogiado e implantando em muitas empresas brasileiras. Ele é muito pouco ou nada eficientes no quesito trabalho real. Um novo estudo divulgado na Suécia comprovou que um expediente de apenas seis horas proporciona mais produtividade e felicidade para a pessoa.

Em abril de 2014, o governo de Gotemburgo, Suécia, anunciou que os funcionários do setor público iriam trabalhar menos horas em um experimento para melhorar o equilíbrio entre vida e trabalho, aumentar a produtividade e, finalmente, reduzir os custos. O resultado foi bem sucedido.

Na casa de repouso Svartedalens, por exemplo, o padrão de atendimento aumentou quando os enfermeiros mudaram para seis horas. “Desde a década de 1990, tivemos mais trabalho e menos pessoas para atender. Existia uma grande quantidade de doenças e a depressão entre os funcionários no setor”, disse a chefe do setor de enfermaria Ann-Charlotte Dahlbom Larsson.

Gotemburgo não é a primeira a descobrir que menos horas pode levar a um melhor desempenho do trabalho. No ano passado, o economista da Stanford John Pencavel provou que aumentar a hora de trabalho não aumenta proporcionalmente a produtividade. Na verdade, acima de um determinado número de horas, ele descobriu que a produção começa a subir mais lentamente.

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Funcionários britânicos trabalham mais do que os empregados franceses ou alemães, mas produzem, em média, 27% a 31% menos do que os seus colegas continentais, de acordo com um o relatório de estatísticas nacionais de 2013. Já os EUA, o segundo país mais produtivo do mundo (perdendo apenas para Luxemburgo, de acordo com dados OCDE), gasta 20% mais tempo no trabalho do que em Luxemburgo.

Em 1932 um ensaio intitulado “In Praise of Ociosidade”, o filósofo Bertrand Russell argumentou que, graças aos avanços tecnológicos, os trabalhadores poderiam cortar suas horas pela metade, para uma semana de 20 horas.

“Se o assalariado comum trabalha quatro horas por dia, o desemprego não existiria, já que a organização profissional daria conta de todas as vagas”, ele escreveu.

Mais de 80 anos depois, Gotemburgo estão finalmente comprovando a filosofia de Russell, ou pelo menos, metade dela.

Você seria mais feliz e produtivo com uma jornada de 6 horas diárias de trabalho?

Fonte: Science Alert

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Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia

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