Quando somos crianças, escutamos que a vida adulta exige maturidade, responsabilidade e capacidade de solucionar problemas. Nós, então, assumimos que quando alcançarmos a idade adulta, naturalmente vamos conquistar todas essas habilidades, porém, a dificuldade em assumir os próprios erros muitas vezes ultrapassa a barreira da infância.
Existem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que culpam os outros pelos seus erros e aquelas que focam seu tempo em energia em tentar solucionar um problema.
A gente acha que sabe em qual grupo estamos, mas, muitas vezes, a gente não enxerga a realidade justamente porque temos dificuldade de assumir nossos problemas.
Veja os sinais e tente entender em qual grupo você está:
Você sempre reclama do mesmo problema
A vida é repleta de desafios mas, quando eles são encarados com a visão correta, a natureza desses problemas é eliminada com maior facilidade. Porém, quando reclamamos constantemente da mesma coisa, nós ficamos presos nos detalhes do nosso lado da história e acabamos enxergando sempre como outra pessoa é a responsável por algo.
Nós perdemos a capacidade de enxergar o quadro completo e começamos a acreditar que não temos poder ou controle.
A verdade é que nós temos, sim, o poder sobre a situação e sempre temos a escolha de resolver o problema ou não.
O ressentimento é constante na sua vida
Essa emoção sinaliza que você tem dificuldades em processar os problemas. O ressentimento é repleto de amargor e ele surge quando nós achamos que alguém fez algo errado para a gente e nos sentimos injustiçados. É uma emoção natural, especialmente se a injustiça realmente aconteceu.
Porém, quando nós estamos constantemente nos sentido assim, talvez seja hora de repensar na maneira com a qual encaramos os problemas. Toda emoção, incluindo o ressentimento, envia uma mensagem. Nossa obrigação é mudar a percepção do problema ou agir para contorná-lo.
Se o ressentimento está no controle das nossas outras emoções e ações, então nós temos que tirar o foco dos outros e suas ações e colocá-lo em nós mesmos.
Você costuma dizer: “você me fez sentir assim”
Na verdade, ninguém pode deixar outra pessoa brava ou chateada, quem tem o poder de exercer esses sentimentos sobre você é você mesmo.
Nós escolhemos nos sentir de determinada maneira de acordo com a forma que interpretamos a situação e o significado que colocamos em determinado acontecimento.
É natural ser afetado por outras pessoas, e também é saudável considerar o feedback e opinião dos nossos amigos e colegas, mas, mesmo assim, nós sempre temos escolha e, quando percebemos isso, nós entendemos que as outras pessoas não têm poder sobre os nossos sentimentos.
Você está em uma relação codependente
Uma relação codependente é um tipo disfuncional de relacionamento onde uma pessoa vigia e controla as ações da outra. Então, ela se recusa a olhar para os seus próprios problemas porque sempre está vigiando as atitudes da outra pessoa.
Esse tipo de relacionamento é extremamente destrutivo.
Tipicamente, quando uma pessoa começa a focar e lidar com os próprios problemas, a outra começa a se sentir ameaçada. Por isso, não vai existir uma cooperação no crescimento de cada membro do casal como indivíduos.
Porém, nós podemos mudar a dinâmica de qualquer relacionamento se soubermos que estamos em uma situação destrutiva. Conversar e enxergar o que precisa ser feito é fundamental.
Você percebe temas recorrentes na sua vida
Quando embarcamos nos mesmos tipos de relacionamento, trabalhos no mesmo tipo de emprego e repetimos os mesmos erros com frequência, provavelmente não estamos solucionando e tomando controle dos nossos problemas.
Notando esses padrões – mesmo que os detalhes de cada situação sejam diferentes – nós sempre encontramos um denominador comum: nós mesmos.
Então, situações recorrentes são sinais de que estamos ignorando problemas importantes. Ao notar que elas se repetem, podemos quebrar os padrões e entender as razões pelas quais eles se repetem.
Notou algum desses sinais? Talvez seja a hora de assumir a responsabilidade pelos seus atos e sair desse ciclo vicioso!
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