10 passos para ser um pai melhor

Dá até pra considerar essas dicas como as leis fundamentais da paternidade.

Céticos dizem que é impossível ser um pai perfeito, afinal, paternidade é um negócio complicado, e, realmente, a perfeição não existe. Mas tentar ser melhor todos os dias certamente é um dos segredos para ser um bom pai.

Depois de ler inúmeras entrevistas com pais, psicólogos e especialistas no assunto, e também, depois de entrevistar homens e mulheres e perguntar para eles o que aprenderam com seus pais, conseguimos concluir uma lista com 10 passos que, no fim das contas, virou praticamente os “Dez Mandamentos da Paternidade”.

Seja grande

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Ser grande em espírito é um dos fundamentos da paternidade. Você não precisa ser gigantesco no porte físico, ser o melhor em tudo o que faz, um profissional perfeito, um marido de novela. Mas seu filho te vê como o homem mais gigante do mundo, e você precisa encarar esse papel.

Você precisa estar presente, você precisa ser o herói mesmo que, para o seu filho, isso represente apenas vê-lo jogar bola no sábado ou aceitar tomar um chá da tarde com as bonecas da sua filha quando você chegar cansado do trabalho.

Ser grande é estar presente.

Seja pequeno

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Não estamos nos contradizendo. Preste atenção: a paternidade é algo complicado e você precisa saber o momento de reduzir seu brilho para que seus filhos brilhem no lugar.

Você não precisa saber de tudo, você não precisa ser o dono da verdade. Ninguém é! Quando sua filha te perguntar como funciona o bater das asas de um besouro australiano e você não souber a resposta, diga, simplesmente: “eu não sei, vamos descobrir juntos?”.

Saiba a hora de pedir desculpas. Um bom pai sabe quando erra e sabe o momento de abaixar a cabeça e se desculpar. Um bom pai sabe que isso não é motivo de vergonha.

Volte para a casa

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A casa também é sua. Você pode ter experimentado um dia péssimo no trabalho, ou estar cansado na hora que abrir a porta de casa mas seu filho estará lá ansioso para te ver. Ele não entende o dia a dia e, por mais que tenha noção do seu cansaço, ele quer dividir pelo menos alguns momentos com você.

Se você consegue ajudar em casa, e por sorte, trabalha em apenas um emprego que te possibilita ficar pelo menos 6 horas em casa, aproveite esse tempo para ser pai. Esteja presente.

Honre sua família

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Valorize o que seu pai e sua mãe te ensinaram, valorize o que aprendeu com seus avós, repasse esses conhecimentos e esse carinho para o seu filho. Por mais que, às vezes, você tenha rancores ou mágoas, esqueça delas quando for conversar com seus filhos. Mostre para eles como é bom ter orgulho da onde veio.

Tenha regras para fazer regras

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Regras são importantes, limites, também. Mas tome cuidado para não exagerar, não transforme sua casa em um quartel e saiba que crianças vão quebrar uma regra ou outra. Crianças vão explorar os limites, vão descobrir as fronteiras e querer ultrapassá-las: um bom pai sabe quando deve deixar que elas o façam e quando deve pedir para que elas parem.

Há uma diferença entre autoridade e poder, por isso, não abuse do último.

Economize dinheiro

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Se você nunca foi muito organizado com grana, a paternidade vai te obrigar a ser. Faça longos planos, organize e pense no futuro dos seus filhos. O dinheiro não é tudo na vida, mas é fundamental para que as pessoas que você ama realizem seus sonhos básicos, como um diploma, por exemplo.

Gaste dinheiro

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Olha só, parece que estamos nos contradizendo mais uma vez, mas, assim como existe um equilíbrio entre ser grande e pequeno, também existe um equilíbrio entre economizar e gastar.

Saiba abrir mão, saiba presentear, saiba quando um jantar com sua família é mais importante que economizar R$100 na semana.

Se você segue com segurança o passo anterior e consegue planejar bem sua vida financeira, vai ser fácil descobrir quando você pode abrir mão de certa quantia de dinheiro para permitir que seus filhos vivam seus sonhos.

Não encare nada como “tarefa de mãe”

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As funções não devem ser divididas por gênero. Sua esposa pode fazer coisas que a sociedade costumava encarar como “o papel do pai”, e você pode fazer coisas que a sociedade costumava encarar como “o papel da mãe”.

Não existe mais deveres exclusivos de cada um: um bom pai ajuda o máximo que pode sem se preocupar com esse tipo de coisa, um bom pai não se sente intimidado se precisar ajudar a filha a comprar o primeiro sutiã e também não fica sem graça de ensinar o filho como lavar a louça.

Um bom pai cria um bom filho que não enxerga essas diferenças.

Acredite neles

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Ajude seus filhos a desenvolverem autoestima e confiarem em si mesmos. Como fazer isso? Bem, há várias maneiras, porém, a principal é mostrar que você os valoriza – e não estamos falando apenas de dizer isso para eles com freqüência. Passe tempo com eles, escute o que eles têm a dizer, dê importância para suas histórias, gostos e desejos. Preste atenção e encoraje seus filhos para que corram atrás de seus sonhos.

Crie seus filhos para o mundo

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Um psicólogo chamado Bruno Bettelheim declarou certa vez a seguinte afirmação: “nós ficamos chateados quando acreditamos que estamos vendo no nosso filho aspectos da nossa própria personalidade que desaprovamos”.

Existe aquela história de que o que mais nos irrita nos outros é algo que fazemos igual mas não conseguimos aceitar. Bom, saiba que seus filhos podem ser frutos do seu corpo, mas eles têm vida própria e, consequentemente, personalidade própria. Aceite as diferenças, encare as mudanças e esteja ao lado quando eles precisarem de ajuda, mas fique longe quando eles quiserem trilhar seu próprio caminho.

Não transforme seu filho em quem você queria ser, não deposite os seus sonhos no futuro dele. Não espere que ele cresça para virar alguém que você gostaria de ter virado ou realmente virou.

Você pode ser um advogado e querer que seu filho siga a mesma carreira, mas aceite se ele quiser virar ator ou resolva trabalhar com algo completamente diferente.

Ser um bom pai é admirar.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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