O Brasil é realmente o país da cerveja… artesanal. Comprovei isto na cobertura do Festival Brasileiro da Cerveja 2015, que reuniu quase 35 mil pessoas em Blumenau, entre 11 e 14 de março.
+ Confira as vencedoras do Festival Brasileiro de Cerveja
+ Conheça as novidades do Festival
O evento ocupou dois espaços do Parque Vila Germânica, o mesmo que recebe o Oktoberfest. Quem compareceu à feira de cervejas artesanais pôde provar 600 rótulos à disposição, entra nacionais e importados.
O festival contou com o Concurso Brasileiro de Cervejas, em sua terceira edição. Além disso, o evento contou com gastronomia, palestras, debates e uma rica programação artística e musical.
À convite da Eisenbahn, acompanhei o lançamento do novo rótulo da cervejaria e, de quebra, ainda conferi (e degustei) algumas das novidades do Festival Brasileiro de Cerveja. Veja o que de melhor achamos por lá!
Cervejas que experimentei no Festival
Eisenbahn Ventura
O grande lançamento da cervejaria de Blumenau foi a Eisenbahn Ventura, uma Belgian Blond Ale vencedora do 5º Concurso Mestre Cervejeiro. O dono da receita campeã foi o cervejeiro caseiro Anderson Faller.
Com 6,9% do teor alcoólico, o rótulo tem um aroma frutado e notas condimentadas de cravo e pimenta. O dulçor do malte é presente no paladar, com baixo amargor. A cerveja é uma edição limitada.
Seasons, a dona da melhor cerveja do ano
A primeira coisa que fizemos ao chegar no Festival Brasileiro da Cerveja 2015, foi aparecer no stand da cervejaria que fez a melhor cerveja nacional, a BasiliCow, uma witbier que leva manjericão. Infelizmente, já havia acabado.
Mas nem tudo estava perdido. Tive que me contentar com a Holy Cow 2, uma double IPA, com 7,5% de teor alcoólico. Feita com a técnica do Dry Hopping, ela é uma cerveja bem aromática e com uma porrada de lupulada (com 85 de IBU). Apesar disso, é bem refrescante e gostosa, vale a pena experimentar.
Tupiniquim, a cervejaria do ano
Assim como a Seasons, o estande da cervejaria de Porto Alegre estava lotado. Entre seus tradicionais rótulos maturados em barris de whisky e cachaça, provei a Lost In Translation Brett, medalha de ouro na categoria American-Style Brett Beer.
A cerveja feita em colaboração com a cervejaria dinamaquesa Evil Twin, tem 6,5% de teor alcoólico e conta com leveduras selvagens (brettanomyces), conferindo um aroma cítrico de casca de limão e laranja, abacaxi e couro. O sabor cítrico mantém, completando com notas azedas e ácidas.
Além disso, provei a Evil Twin Brazil Berliner Weisse Maracujá, uma sour ale com 4% de teor alcoólico e que tem um intenso aroma e sabor de maracujá.
Bier Hoff Cocada Preta
A cerveja que deu a medalha de ouro para a cervejaria de Curitiba na concorrida categoria Speciality Beer é uma Porter, com 5,9% de teor alcoólico. A combinação do aroma intenso de coco com o chocolate no paladar explica o porquê do rotulo vitorioso.
Bastards Brewery
Em sua primeira participação no Festival Brasileiro de Cerveja, dei uma passadinha na cervejaria Bastards Brewery, a fim de provar o rótulo Jean Le Blanc, eleito como a segunda melhor cerveja do festival.
Com 4,9% de teor alcoólico, ela é uma witbier com aroma de capim limão, casca de laranja e coentro. O sabor acompanha as notas cítricas e de especiarias. Curtimos bastante os rótulos da cervejaria, que conta ainda com o Zé, o Galego; Willie Bitter e Mark The Shadow, uma oatmeal stout servida em uma chopeira com o desenho de um projétil de canhão.
Karavelle Summer Wit Lemon & Pepper
A cervejaria paulista conquistou ouro no Festival com a Weiss e a prata com a Pilsen. Mas, a novidade que experimentei no stand foi a Summer Wit Lemon & Pepper, uma witbier com limão kaffir, manjericão tailandês e pimenta sichuan. Uma boa combinação de aroma com sabor, rótulo bem refrescante e mais que indicado para dias quentes.
Way Saque IPA
Fiquei curioso para provar a cerveja que leva arroz e levedura de saquê na receita. Com 6,5% de teor alcoólico, o rótulo lembra no aroma e paladar o fermentado japonês.
Bodebrown Saint Arnould 6
Eleita terceira melhor cervejaria do festival, passei na Bodebrown para conferir as novidades. Famosa por seus rótulos envelhecidos em barris, provei a Saint Arnould 6, a primeira da série Belga, uma cerveja de Abadia que leva especiarias. Ela conta com 7% de teor alcoólico.
Wäls Saison d’Alliance
Uma das novidades da cervejaria mineira foi a cerveja feita para celebrar a união da Bohemia com a Wäls. Com 5,8% de teor alcoólico, ela é uma cerveja no estilo saison, com sálvia, gengibre e hortelã.
Invicta Transatlântica
Provei o lançamento da cervejaria, a cerveja ácida Transatlântica. Com 6% de teor alcoólico, o que me atraiu a experimentar o rótulo foi a fruta inusitada da receita, o cajá-manga, popular na região Nordeste.
Weird Barrel Flip
A nova cervejaria de Ribeirão trouxe para o festival uma Weird Barrel Bad Luck, uma fruit beer com frutas vermelhas bem interessante. Vale a pena provar.
O que faltou?
Junto com a galera do Rally da Cerveja, Bebida Liberada e Etílicos
Como só tivemos um dia para a cobertura do evento, muita coisa ficou de fora. Abaixo seguem o que gostaria de ter provado no Festival Brasileiro de Cerveja 2015:
Urbana Fio Terra: a irreverente cervejaria paulistana lançou o polêmico rótulo no evento. Ela é uma Orange IPA com 6% de teor alcoólico e 70 IBU’s. Ou seja, uma porrada de lúpulos para tomar.
DUM Petroleum envelhecida em Carvalho Francês, Castanheira e Amburana: a famosa cerveja Petroleum ganhou uma série limitada envelhecida nestas três madeiras. Vou ter que reservar para a próxima.
Dama Bier West Coast Rye IPA: cerveja de amargor intenso feita de forma colaborativa com a Cervejaria Tupiniquim.
Café Hop Arabica: Café Fazenda Sertão de Carmo de Minas/MG coado, exatamente o mesmo que vai na Hop Arabica. Para quem gosta de café como eu, fez falta.
As sommeliers de cerveja Bia Amorim e Carolina Oda estiveram presente ao evento
Morada Etílica Gasoline Sour: uma Flanders Red Ale de 6,7% de teor alcoólico, envelhecida em barris de vinho do porto.
Bierland: Manobier, uma Strong Scotch Ale, conhecida também como Wee Heavy, baseada em receita vencedora do Concurso Cervejeiro Caseiro Bierland 2014.
Dry Hopping: Procedimento aonde se adiciona lúpulo já na fase de fermentação ou na maturação para incrementar o aroma da cerveja sem aumentar seu amargor.
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