A nova – mas antiga – carinha das noitadas e símbolo do carnaval 2016 é tipicamente brasileira e seus efeitos afrodisíacos, segundo uma pesquisa realizada pela Unicamp, seriam reais.
Se você acha que a Catuaba virou modinha agora e não merece respeito, talvez seja a hora de mudar os seus conceitos porque essa bebida já estampa bares e copos há bastante tempo.
A história
A Catuaba é uma bebida brasileira preparada com os ramos, a casca da raiz e folhas de diversas plantas que popularmente levam o nome de catuaba.
Porém, quem achou que ela era feita de uva ou era alguma variação do vinho, também está certo. A bebida comercial mais conhecida, a “Poderosa Selvagem” que se toma por aí tem uma mistura de 16,5% de álcool com vinho tinto doce, extratos de catuaba, guaraná e marapuama.
Em meados de 2008, inclusive, a produtora da bebida foi vítima de uma ação em Minas Gerais que a obrigou a dissociar a ideia da melhoria na performance sexual com a bebida.
Mesmo assim, por efeito psicológico ou pelos traços de catuaba na Poderosa Selvagem, há quem garanta que a libido aumenta logo no primeiro copo.
As características
Os índios Tupi têm usado a catuaba como afrodisíaco há muito tempo. Como ninguém conseguiu relacionar qualquer efeito nocivo ao uso da erva, seus efeitos colaterais são mínimos. Indústrias farmacêuticas nos EUA e na Europa, inclusive, consideram a catuaba como um excelente antibacteriano e antiviral!
Já a marapuama, outro ingrediente presente nas bebidas comerciais, foi testada no Instituto de Sexologia de Paris no início dos anos 1980. O estudo funcionou da seguinte forma: a planta foi administrada para servir dois mil pacientes por dez dias e, ao final do período, foi comprovada uma melhora significativa da libido em 60% dos pacientes.
A pesquisa com coelhos
Todos os sites e matérias que falam sobre a pesquisa da UNICAMP não incluem dados e nem fontes para a consulta.
A pesquisa é sempre citada como o principal embasamento para quem acredita no teor afrodisíaco da Catuaba, mas a tese, divulgada na biblioteca digital da Unicamp, reúne quatro plantas medicinais que, em conjunto, levam o nome de Catuama: Tríchílía catígua (catuaba), Paullínía cupana (guaraná), Ptychopetalum olacoides (muirapuama) e Zinziber offícinalis (gengibre).
Para acessar a publicação, realizada em 1998, é preciso criar uma conta na biblioteca. Porém, em resumo, a tese afirma que: “Investigações futuras serão necessárias para o esclarecimento completo do mecanismo de relaxamento induzido pela Catuama e componentes, em coelhos e humanos”.
Entretanto, o professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) João Calixto, que estuda uma variedade da erva vinda da Bahia, explica que ela tem propriedades vasodilatadoras e isso facilita a ereção, mas, mesmo assim, ela não é capaz de atiçar os ânimos sexuais: “Não foram observados poderes estimulantes, mas propriedades antidepressivas e analgésicas”.
Calixto coordena testes para fabricar remédios contra a depressão a partir do vegetal.
Drinks com catuaba
Quer variar a forma de consumo e experimentar receitas impressionantes – já que ninguém acreditaria que algum drink ficaria bom com Catuaba?
Selecionamos algumas opções extremamente baratas e práticas para você surpreender seu paladar e seus amigos:
Orgasmo
A típica bebida não leva Catuaba, mas, como o nome é bem sugestivo, vários bares já estão adaptando o drink e incluindo a selvagem na composição.
Misture 20ml de vodka, 1 colher de sopa de amendoim torrado, 20ml de leite condensado e 10ml de catuaba. Coloque gelo a gosto e pronto! A receita foi divulgada pelo Buzzfeed!
Catu Tônica
A versão abrasileirada da Gim Tônica mistura três partes de catuaba para cada parte de água tônica. Se você quiser variar, pode incluir frutas cítricas como laranja ou tangerina.
Caipirinha Selvagem
Divulgada pela página Mais Receitas, a caipirinha com catuaba é bem fácil de fazer, basta, em um copo de vidro grande, picar 2 limões em rodelas bem finas, amassando-os com o açúcar, e acrescentar o gelo e a catuaba!
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