Você provavelmente já ouviu esse termo antes. Aliás, aqui no Manual do Homem Moderno a gente curte indicar umas peças de alfaiataria: calça, bermuda, camisa, enfim. Não importa! A gente sempre fala sobre isso e notamos que frequentemente vocês ficam com dúvidas sobre o assunto. Por isso resolvemos explicar: o que raios é alfaiataria masculina?
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Resumidamente, ela surgiu de um protótipo de três peças usado pelo rei britânico Charles II no século 15 e, hoje, se estende até a arara das varejistas de moda popular e das lojas virtuais.
Alfaiataria nada mais é do que um corte que passou por várias mudanças que acompanham o homem e os fatos históricos que assolaram o mundo ao longo dos últimos 5 séculos. Do uso do tweed escocês à lã de vicunha, o método de confecção mais elegante tem como base a qualidade da matéria prima, cortada com precisão e cuidado a partir de medidas exatas que valorizam as proporções de quem as veste.
Ou seja: alfaiataria masculina é um corte feito em tecidos de qualidade que caem como uma luva no corpo de quem usa. Uma roupa feita sob medida.
A origem de tudo
Caso você ainda não tenha entendido, tudo pode levar o rótulo de alfaiataria: desde sapatos até armações de óculos. O que importa, no caso, é o material usado e o caimento da peça final no corpo do cliente.
Os óculos de receituário, por exemplo, foram os pioneiros na área. A primeira armação da história data de 1270 na Alemanha, e tinha estrutura de ferro e cavidades circulares. Depois de estudos das proporções da face e evolução dos ligamentos, eles chegaram ao grande público.
A gravata também tem uma história interessante! No século 15, os franceses começaram a reparar nos pedaços de tecido amarrados nos pescoços dos soldados croatas e, então, copiaram a moda e criaram a gravata.
O terno como conhecemos hoje é uma mistura de colete, calça e camisa, e surgiu no século 17 pelas mãos dos alfaiates do Rei Luís 14. Ele basicamente foi criado para modelar o corpo e, ao mesmo tempo, proteger os homens do frio.
A criação das abotoaduras aconteceu no século 17, quando o rei inglês Carlos II decidiu prender o punho da camisa com um botão, abolindo a corda que comumente tinha esse objetivo. Depois disso, toda a corte passou a usar o acessório e ele virou símbolo de uma classe social elevada.
As mudanças
A grife que permitiu que “homens comuns” alcançassem a alfaiataria foi a Burton’s, no início do século 20. E, aliás, caso você não saiba, terno é o nome que se dá ao conjunto completo de roupa social. A combinação do terno sem o colete é chamada de costume, ou business suit, e ela começou a ser adotada no fim do século 20, quando os aquecedores centrais das casas e dos escritórios se modernizaram.
Os sapatos de alfaiataria também sofreram mudanças. Agricultores irlandeses e escoceses, por exemplo, nem imaginavam que, no século 16, ao furarem sapatos com propósito decorativo criariam um ícone. O sapato de alfaiataria mais popular e consagrado é o sapato brogue, favorito do príncipe de Gales, Eduardo, que adotou o acessório nos anos 1920 e o popularizou no mundo todo.
Pronto, agora você com certeza não vai mais ficar perdido quando alguém falar de “corte de alfaiataria” com você!
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