Os custos escondidos na reforma do apartamento

Quem pensa que comprar a casa ou apartamento é simplesmente conseguir pagar a parcela do financiamento e decorar o “lar doce lar” está redondamente enganado. Há custos extras que causam rombos bem visíveis na conta bancária. Estou falando de impostos, reformas e outras taxas jurídicas e cartoriais. + Vale a pena ter (e manter) um […]

Colunista revela que os gastos podem ir além do seu orçamento

Quem pensa que comprar a casa ou apartamento é simplesmente conseguir pagar a parcela do financiamento e decorar o “lar doce lar” está redondamente enganado. Há custos extras que causam rombos bem visíveis na conta bancária. Estou falando de impostos, reformas e outras taxas jurídicas e cartoriais.

+ Vale a pena ter (e manter) um carro?

Qual não foi minha surpresa ao tentar me mudar para o apartamento, lá em 2010, e ter que reformar a casa para entrar nela. Os apartamentos, por mais novos que sejam, precisam de pisos, janelas (o meu veio sem a da lavanderia, devido a um padrão da construção), luminárias, chuveiro, varal, torneiras e uma infinidade de outras pequenices que podem passar de 20% do valor do imóvel.

As construtoras deixam ao gosto do cliente o acabamento. Mas, para quem não se planeja e não coloca esse tipo de gasto na conta da casa própria, esse ralo pode causar um grande susto.

Há financiamentos em que há parcelas semestrais e anuais de amortização (não era o meu caso), mas para entrar na casa também se paga um alto valor: a chave me custou mais de R$ 6 mil e eu ganhava menos de R$ 1,5 mil de salário na época.

Custos escondidos na reforma do apartamento

Um especialista que entrevistei em 2010 para uma reportagem do site R7 diz que para o comprador ser efetivado como novo dono ele precisa pagar impostos, como o ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis), e registrar o imóvel no cartório da cidade.

Uma reportagem do site InfoMoney mostra que “no financiamento imobiliário é o comprador que deve custear o serviço de despachante e as taxas sobre a avaliação do bem e dos documentos jurídicos que compõem o processo de financiamento, que podem variar de R$ 1 mil a R$ 2 mil, dependendo da instituição financeira e o valor do imóvel”.

Só não tive IPTU (Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial Urbana) por causa da metragem do imóvel, mas esse imposto vale 1% sobre o valor venal da moradia. Ao vender, ainda terei que deixar 6% do valor da venda para o corretor que encontrar comprador interessado e averbar a transferência do imóvel a um novo dono.

Se um apartamento foi vendido por R$ 300 mil, R$ 18 mil vão para a imobiliária e para o corretor. Nada mal para um mercado que estava em expansão. Quero ver mesmo como vai ficar quando a bolha imobiliária estourar após o boom.

Se eu pudesse, teria transformado meu apartamento pequeno em uma casa funcional como a desse sujeito do vídeo. Claro que os planejados devem custar mais do que o imóvel em si, mas que fica incrível depois da reforma, fica. Não é?

 

>> Texto colaborativo de Marcel Gugoni. Jornalista, dono do blog Chega de Dívidas, fã de economia e finanças pessoais, que precisou quebrar pra aprender a importância de guardar dinheiro. Hoje é (praticamente) um poupador compulsivo.

Colaboradores MHM
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