Afinal, quem tem que pagar a conta? (Vídeo)

Você saiu com a garota para um jantar da hora naquele baita restaurante. A noite foi bacana, mas aí chegou a conta. Aquele silêncio toma conta do ambiente. Ela olha para a conta, você olha para ela e o garçom olha para você: Quem que vai pagar essa parada?

Estes sempre foi, é e será um dos temas mais polêmicos a dividir homens e mulheres nos tempos atuais. Paga quem tem convidou? Quem tem mais dinheiro? Será que alguém tem mais obrigação de pagar que o outro, afinal?

Resolvemos sentar para conversar sobre um dilema que ainda aflige muitos homens em diversas ocasiões: Quem é que deve pagar a conta? Confira no nosso vídeo!

1# Manual de conduta em primeiros encontros

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Considerando que há duas partes interessadas para que tal evento aconteça, a ética recomenda que quem convidou que pague a conta. No caso do encontro ter sido decidido por ambos, é completamente normal a divisão da conta.

O que você pode fazer, neste caso, é cometer um ato de GENTILEZA pagando a conta. Não considere GENTILEZA como OBRIGAÇÃO, pois não é! Você pode garantir alguns pontos a mais com a garota com tal ato, mas o fato de ter pago uma conta não significa que ela tenha que ficar contigo aquela noite.

Se a resolução for por dividir os gastos, não calcule os centavos a menos do prato que você pediu e não brigue por pagar exatamente aquilo que consumiu. Arredondar, ou pagar um pouco a mais do que o ‘certo’ mostra que a companhia mais que valeu a pena.

2# Vocês decidiram por ‘esticar a noite’ em um motel. Quem tem que bancar?

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Os dois consentiram de ir para lá? Vocês curtiram? Que mal há em dividir os gastos? Muitas mulheres pensam que esta fatura deve ser paga pelo homem, mas se envolve o prazer e a vontade mútua, porque só um lado tem que pagar o pato?

Para evitar uma situação constrangedora da parte delas na frente do caixa, sugira ‘cada um faz uma vez’. Hoje você paga, amanhã, pode ser ela. Não seja grosseiro a ponto de cobrá-la publicamente na próxima vez que se virem e use o bom senso. Assim, além de fazer uma moral, você ganha o pretexto de encontrá-la novamente em mais uma ocasião.

3# A desculpa feminina para a obrigação do homem

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“Você leva a tarde toda para decidir que modelito vestir, ensaia caras e bocas no espelho para mostrar seu lado mais sexy, imagina uma lista de temas que podem interessar ao bonitão, escova o cabelo, faz as unhas, passa perfume em pontos estratégicos do corpo… Não bastasse o frio na barriga que dá sair com um potencial príncipe encantado, você ainda tem que pensar no que fazer quando o garçom trouxer a conta? Tenha dó!”

O relato acima (retirado de uma matéria de um grande site feminino) traduz muitos pensamentos de mulheres ao justificar o motivo pelo qual o homem deveria pagar o primeiro encontro ou as saídas. Aí que mora a raiz do problema.

Você, mulher, não deveria pensar que se cuida só por causa dele ou de um possível encontro, mas para você mesmo. Outra, se você é favorável aos direitos iguais entre os gêneros, deveria abrir sua cabeça e eliminar esse pensamento. Caso contrário, continuará sendo vista como interesseira ou como um simples objeto pelo homem.

4# Quem deve pagar as contas durante o relacionamento

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Conheço um casal de amigos em que a mulher tem um cargo melhor remunerado que o dele. Por causa disso, o cara, que ganha bem menos, sente a necessidade de bancar os encontros e sempre entra no vermelho por causa disto. Ele ainda enxerga como um ato obrigatório do homem como eterno provedor.

A real é que a moça em questão pouco se importaria em dividir ou mesmo ‘bancar’ as saídas. Esta ‘tensão’ entre querer e não poder acaba gerando discussões e brigas desnecessárias entre o casal.

Você não precisa se mostrar como o macho alfa, seu ego não precisa ser alimentado com isso. A mulher já conquistou muitas coisas na sociedade e, assim como ter o direito a voto e poder competir nas mesmas profissões que você,  ela pode muito bem pagar a conta, deixá-lo de carro na sua casa ou reservar aquele jantar. Você não será menos homem e, ela, menos mulher por causa disso.

Relacionamento requer cumplicidade, acima de tudo. Nada melhor do que fazerem um acordo, levando em conta o que cada um ganha e planejando coisas juntos. Não é justo somente um ter que pagar. Intercale quem vai fazer a vez e não precisa rachar sempre.

5# O dinheiro não pode ser um cala a boca

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Um ponto que você deve pensar é se não está usando seu poder financeiro para subjugar sua parceira. Assim como acontece na relação de pais ausentes, que tentam preencher a falta de amor e convívio com presentes, algumas relações de casais são construídas assim na base do dinheiro ou cartão de crédito.

Para compensar o trabalho até tarde frequentemente, a falta de atenção e carinho, o cara acaba bancando, sem questionar, as compras nos shoppings ou viagens da mulher. Joias, presentes e mimos ocupam o espaço que deveria ser do carinho e companheirismo.

Não há nada de errado de ter e poder oferecer presentes à parceira, mas isto não pode travestir dominância ou encobrir carências no relacionamento. Você pode comprar um monte de coisas com dinheiro, mas, definitivamente, carinho e dedicação estão fora desta lista.

 

Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia