Virgindade masculina: o que você não sabe que pode acontecer quando você perder a sua

Sexo da vida real é bem diferente do sexo dos filmes. Descubra o que pode acontecer na hora que você perder a sua virgindade - e como lidar com isso.

Perder a virgindade é sempre um grande dilema e motivo de dúvidas entre os adolescentes e até mesmo entre os adultos. Mas calma: o ato em si não é um bicho de sete cabeças, afinal, todo mundo faz e todo mundo já passou pela primeira vez. A natureza não age inutilmente, e pode ter certeza: na hora H, você vai saber o que fazer.

Porém, apesar de na teoria tudo ser lindo, na prática a coisa é bem diferente e a gente sabe que rola um sofrimento prévio: como agir? o que fazer? onde colocar a mão? quanto tempo eu devo durar? Enfim, os questionamentos são inúmeros, mas a resposta é a mais simples possível: depende.

O mais importante na hora de deixar a virgindade para trás é saber que, se você estiver com medo ou qualquer tipo de ansiedade, não precisa disfarçar. Fale para quem estiver com você vivendo naquele instante o que você está sentindo, isso não é motivo de vergonha, afinal, como eu já falei: todo mundo passa por isso.

Porém, hoje não vamos fazer um guia prático de como perder a virgindade, porque já fizemos isso inúmeras vezes.

Hoje, nós vamos falar sobre algumas coisas que você provavelmente nem imagina que possam rolar na sua primeira vez.

Seus genes sabem quando você vai perder a virgindade

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Pois é. Chocado? Nós também ficamos.

Segundo um estudo recente do Medical Research Council (MRC) publicado no periódico Nature Genetics, seus genes podem ter influenciado a idade que você teve sua primeira relação sexual. Segundo Felix Day, da Universidade de Cambridge, que trabalhou no estudo, existe um “componente genético razoavelmente perceptível” que influencia essas áreas. Mas também reforça que fatores sociais e culturais influenciam – e muito – no momento da primeira relação sexual.

O estudo identificou 38 genes diferentes que estão diretamente relacionados ao momento do nascimento e da puberdade – assim como a idade em que os indivíduos perdem a virgindade. O objetivo maior da pesquisa, entretanto, é prever a relação entre genética e comportamento. Day disse à Wired que o estudo nesse sentido está começando a gerar frutos. “Eu acho que as pessoas já estão confortáveis com a ideia de que genes determinam, ou pelo menos ajudam a determinar, diversas características particulares. Mas a ideia de que pode haver um componente genético na personalidade não é algo que muita gente pensa a respeito”.

Já é possível mensurar, por exemplo, que o gene CADM2, responsável por controlar atividade cerebral e conexões entre células, tem uma variante genética que influencia uma personalidade mais afeita a riscos. Este gene, juntamente com outro chamado ESR1, é relacionado ao número de filhos que uma mulher tem. Já um temperamento mais intempestivo pode surgir por conta do gene MSRA.

Para o estudo, a pesquisa avaliou informações genéticas de mais de 59 mil homens e 66 mil mulheres, todos com idades entre 40 e 69 anos. Os dados foram fornecidos pelo UK BioBank, uma instituição de caridade que coleta informações de saúde de 500 mil pessoas ao redor do Reino Unido. Usando um modelo de regressão, os cientistas analisaram o DNA de pessoas que cedeu informações sobre quando perderam a virgindade e quando seu primeiro filho ou filha nasceu. O levantamento ofereceu cerca de 10 milhões de dados genéticos e “apenas 38 deles são estatisticamente significantes”, explicou Day.

“Mostramos que uma proporção substancial de variação no primeiro ato sexual é apresentada em fatores genéticos, que agem por meio de diversos mecanismos biológicos, que podem influenciar traços físicos, como o momento da puberdade, ou características de personalidade, como propensão à tomada de riscos”, aponta o estudo. Outras pesquisas lideradas pelo mesmo time apontaram que entrar cedo na puberdade pode apresentar diversos fatores de risco a longo prazo, como diabetes, doenças do coração e alguns tipos de câncer. Um dos autores da pesquisa, Ken Ong, diz: “já havíamos mostrado que entrar cedo na puberdade e abandono rápido da infância traz riscos de doenças na maturidade, mas agora pudemos mostrar que os mesmos fatores podem ter um efeito negativo na juventude também, como início de vida sexual muito cedo e pouca inclinação à educação”.

A perda da virgindade também pode ser fisicamente dolorida para o homem

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Sabe aquele papo que perder a virgindade é algo doloroso apenas para as mulheres? Esqueça. Os homens também podem sentir dor nesse momento.

A cabeça do pênis é formada, originalmente, pela glande, prepúcio e o frênulo (freio que segura o prepúcio logo abaixo da glande). Se esse freio não existisse, toda vez que você puxasse o prepúcio para trás ou tivesse uma relação sexual, ele viria desenrolando até a base do pênis.

Essa pele que sai da glande é o frênulo ou freio do pênis. Por motivos de higiene, e para evitar uma das inflamações mais comuns que existem devido a fimose (excesso de prepúcio), muitos homens tem essa pele retirada (prepúcio) ainda na infância, ou quando entram na puberdade, justamente por causa de infecções. Quando se retira o prepúcio, também é retirado o freio e a pele que sobra e reveste o corpo do pênis e cauterizada logo abaixo e em toda volta da glande, para que não desça.

Ou seja: homens que retiraram o prepúcio não tem problema com o freio, não sangram. Porém, durante algum tempo, a glande costuma ficar mais sensível.

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Quando os homens não fazem essa cirurgia, ou começam a vida sexual muito cedo, antes mesmo de sofrer algum problema no prepúcio, o freio pode atrapalhar um pouco.

Desde criança, os meninos têm sua sexualidade mais “aceita” e se masturbam sozinhos. A fricção ajuda a “alargar” ou “lacear” esse freio, fazendo com que sua primeira relação possa ser mais tranquila. Você percebe que o freio é curto quando mesmo ereto, o pênis fica meio pra baixo. Mas calma: se você não sente dor, nem sangra, nem se incomoda, relaxe que o fato não atrapalha em nada em sua performance sexual.

Porém, quando o freio é mais curto que o normal, pode acontecer que, nas primeiras relações sexuais, haja uma pequena ruptura, que pode deixar a relação dolorida ou incômoda. Então, esse freio pode esticar e romper, não totalmente, mas aos poucos, mais ou menos como o hímen das meninas quando elas perdem a virgindade. Quando acontece essa ruptura e toda relação se torna dolorida e sangra, a solução é uma pequena cirurgia, feita com anestesia local, chamada plástica de freio peniano ou frenuloplastia. Fácil e rápida, resolve seu problema, que é mais comum do que se imagina.

Ficou com medo? Calma. É sério: é só ir com calma. A lubrificação é importante tanto para a mulher quanto para o homem, porque os dois podem “esfolar” os órgãos genitais pois a relação sexual é na base da fricção. Então, se você sente algum sintoma de freio curto, faça sexo sempre bem lubrificado. Inclusive, se a parceira for muito “apertada”, mesmo lubrificado pode ser doloroso. Por isso, fazer sexo sem estar relaxado e à vontade é péssimo tanto para homens como para mulheres. Se for necessário, use um lubrificante a base de água e camisinhas lubrificadas, sempre.

Boa sorte!

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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