Curitiba vai ganhar o seu primeiro “açougue” vegetariano!

Curitiba vai ganhar o seu primeiro "açougue" vegetariano. A ideia é inovadora para a cidade, e segue a linha de outros estabelecimentos que já são sucesso em países da Europa, como Holanda e França.

Entre os meses de abril e maio, Curitiba vai ganhar o seu primeiro “açougue” vegetariano. A ideia é inovadora para a cidade, e segue a linha de outros estabelecimentos que já são sucesso em países da Europa, como Holanda e França.

Em entrevista para o Manual do Homem Moderno, Andrey Sanson, um dos fundadores da marca VegAninha, relatou que a ideia de montar um local físico para a venda de produtos veganos sempre esteve nos planos dele e de Ana Luiza Couto, cofundadora da marca.

A empresa já possui um serviço de delivery há algum tempo e sempre planejou expandir o negócio e criar uma loja física: “Nós procurávamos um local em meio a natureza, próximo a nossa residência, mas que não fosse longe do centro. O local é um sobrado de quase um século que está sendo totalmente reformado e reestruturado”.

Para ele, o vegetarianismo está crescendo no Brasil com muita rapidez. A construção de uma casa especializada no segmento em Curitiba, aliás, pode ser uma forma de ativismo unida ao comércio: “Estamos colocando um projeto em prática que possibilitará que mais pessoas conheçam e se aproximem do veganismo, recuperando a empatia e percebendo como é fácil viver sem praticar crueldade aos animais”.

O que será vendido no açougue

Créditos: Andrey Sanson

A proposta internacional de vários açougues vegetarianos é comprovar, através da ironia do título, que é possível ser feliz sem comer carne. Porém, o açougue de Andrey Sanson e Ana Luiza Couto, em Curitiba, não levará esse nome. Ele vai oferecer uma seção de “açougue” no balcão de frios, mas o nome escolhido para o estabelecimento é Armazém VegAninha.

Além dos alimentos já produzidos atualmente, como as carnes, espetinhos, salsichas e linguiças vegetais à base de seitan – substituto para a carne animal feito a partir da proteína do trigo – a casa vai oferecer produtos à base de nata de soja, como o “falso frango”; o “falso peixe”, feito à base de algas marinhas, steaks à base de leguminosas, salames vegetais, mortadela e vários tipos de hambúrgueres.

Uma das ideias do casal é transformar o armazém em um ambiente descontraído para encontrar os amigos e se alimentar bem. Andrey Sanson aponta essas novidades: “Nosso cardápio de queijos também irá aumentar, oferecendo queijos fermentados e curtidos. O local oferecerá ‘lanches de boteco’ como pão com bolinho, salgados, rollmops veganos, mini pizzas, bolos, tortas, tábuas de frios, cervejas e chopps artesanais”.

A preocupação com o meio ambiente

Créditos: VegAninha

O local será um minimercado, estilo “secos e molhados”, e a preocupação com o meio ambiente seguirá além dos alimentos e produtos vendidos no armazém. Os funcionários, por exemplo, não vão trabalhar com embalagens plásticas e vão investir em produtos artesanais de produtores locais. Tudo será 100% vegano pois a casa trabalhará com grãos e temperos naturais a granel. Os produtos de limpeza, higiene e cuidados pessoais também não serão prejudiciais ao meio ambiente.

Os clientes, inclusive, poderão levar suas próprias embalagens ou adquirir embalagens retornáveis no próprio açougue. Andrey Sanson garante que toda a estrutura foi pensada para não agredir a natureza: “Desde a construção, nós já procuramos usar técnicas de permacultura e bioconstrução inclusive nos materiais da própria demolição.

O telhado foi reconstruído para possibilitar a instalação posterior de placas solares, e ainda teremos sistema de captação de água da chuva, compostagem, horta e constantes projetos para aumentar a sustentabilidade do local”.

Se você se interessou e quer conhecer os produtos, o serviço de delivery realiza entregas para toda a cidade de Curitiba. O Armazém VegAninha será inaugurado em uma casa no bairro Abranches, e ficará próximo à Pedreira Paulo Leminski e ao Parque Tanguá.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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