Sobre o valor da persistência

Tem momentos na vida que é preciso tentar, tentar e tentar

Tem momentos na vida que é preciso tentar, tentar e tentar

“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” (Oliver Goldsmith)

Em muitos momentos na vida passamos por escolhas difíceis, situações desafiadoras onde o medo e a insegurança podem influenciar nossas decisões.

Porém, existe uma característica intrínseca ao ser humano que o faz ultrapassar barreiras, problemas e correr atrás de algo quando muitos acreditam ser impossível. Ela separa os meninos dos homens, uma pessoa bem-sucedida de outra medíocre e frustrada. Estou falando da virtude da persistência.

Neste texto que segue quero dedicar um tempo para falar e para que você reflita em uma característica que considero fundamental para que você tenha sucesso em qualquer coisa que faça na vida, na carreira, finanças ou na vida pessoal.

Mas afinal, o que é persistência?

O valor da persistência

Uma boa definição sobre persistência achei no site Via Institute On Character. “A continuação de uma ação voluntária em direção a um objetivo apesar dos obstáculos, dificuldades ou desencorajamento. É feita a ressalva de que a perseverança não significa perseguir obsessivamente metas inatingíveis, bem como que a persistência em si não é necessariamente uma força de caráter, mas sim a habilidade de saber quando persistir e quando desistir, e aí persistir quando é aconselhável”.

Apesar dessa ótima definição, posso resumir de uma maneira simples e mais visual o que é persistir. É a capacidade de cair e levantar. Não apenas uma ou duas vezes, mas muitas. Persistência é receber muitos NÃOs e, mesmo assim, seguir em direção aos objetivos planejados.

É aguentar todos os rounds de uma luta, ainda que o adversário seja superior. É saber lidar com o contraditório, com as adversidades, com o medo, usando-os como motivador para crescer e desenvolver.

Persistir é não se acomodar a uma situação cômoda. É buscar a constante evolução.

Tanto na vida profissional quanto pessoal, a persistência é frequentemente citada como um item imprescindível para o sucesso ou alcançar seus objetivos. Desistir no meio do caminho, como sabemos, é mais frequente e usual do que tentar e continuar tentando até que as realizações e as consequências positivas das realizações cheguem. Segundo Henry Ford: “Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam!”

Não confunda persistência com teimosia

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Apesar de ser comum, confundir persistência com teimosia é um grande equívoco. Persistir é manter seus objetivos em foco e, mesmo com as maiores dificuldades ou obstáculos que apareçam para te derrubar, você enfrenta de cabeça erguida e peito aberto.

Persistir não é bater na mesma tecla, não é ser teimoso, não é ter arrogância, não é fazer tudo a qualquer custo. É não desistir de um sonho ou algo que acredite mantendo-se ético durante a caminhada.

O persistente, quando não colhe os frutos do que deseja, muda de estratégia: se não dá pela esquerda, vai pela direita. Se não dá por cima, vai por baixo. Já o teimoso insiste na mesma estratégia, obtendo, obviamente, os mesmos resultados. Em suma, o persistente tem um comportamento inteligente e estratégico, enquanto que o teimoso é inflexível e estreito.

O benefício do tal adjetivo vai para além do seu próprio ego ou desejo. A arte de persistir contagia as pessoas próximas. Você transforma-se em uma referência e elas pensam: se alguém consegue, eu também posso conseguir! O mundo fica um pouco melhor.

Persistir não é uma decisão que você toma, é uma postura para a vida. Não existe uma pessoa meio persistente, ou ela é ou não é.

Às vezes, os caminhos planejados podem não funcionar. Nesta hora, você não precisa desistir. Recalcule a rota, encontre outro para seguir, enxergue as saídas, mesmo no meio do caos.

Exemplos de persistência

John D. Rockefeller

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No verão de 1855, o garoto de 16 anos John D. Rockefeller precisava de um emprego. Ele tinha acabado de completar um curso de 3 meses de contabilidade, e tinha feito uma lista com as empresas na sua cidade natal de Cleveland que talvez precisassem de um assistente de contabilidade. Mas ninguém estava disposto a dar uma chance a alguém tão jovem e inexperiente.

Por semanas, Rockefeller saiu andando pelas ruas quentes de terno e gravata, tentando um trabalho. Ele foi rejeitado por todas as empresas da lista. Mas sua reação era tentar novamente, pedindo entrevistas nas mesmas empresas que tinham negado a sua vaga em dias anteriores. Até que uma empresa de transportes viu o esforço e a persistência do jovem e contratou o homem que se tornaria o homem mais rico o empresário mais influente do mundo na sua época.

Thomas Edison

O valor da persistência 4

Thomas Edison conhecia – como os cientistas de sua época – que era possível transformar energia cinética em energia elétrica. Portanto, viu que era possível transformar a energia elétrica em energia luminosa. O problema era encontrar um tipo de filamento que não queimasse e mantivesse a iluminação por longos períodos.

Depois de tentar mais de 1.000 vezes, Edison decide descansar e, em um sonho, encontra a solução que havia sido levantada por um assistente naquele dia: usar filamento de tungstênio. Nas palavras de Edison, sua melhor definição: “Eu não errei 10 mil vezes. Eu apenas encontrei 10 mil jeitos que não funcionam”.

Walt Disney

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Antes de construir o império dos desenhos, Walt Disney foi demitido de um jornal porque o editor acreditava que ele não tinha boas ideias. Em 1921, Disney fundou a sua primeira empresa de animação em Kansas, fez um acordo para a distribuição de seus cartoons em Nova Iorque, aonde a empresa distribuiria os materiais de Disney e pagaria apenas 6 meses depois.

O resultado disso foi que ele foi forçado a dissolver a sua companhia em um momento em que não poderia nem pagar o aluguel e, sobreviveu, supostamente, comendo comida de cachorro. Além disso, quando Walt foi à MGM para distribuir Mickey, em 1927, ele foi avisado que a ideia de um rato nunca iria funcionar porque aterrorizaria as mulheres. Estavam enganados.

Michael Jordan

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Depois de ser cortado do time de basquete da escola por sua baixa estatura, o jovem Michael Jordan foi para casa e chorou. Mas ele não deixou que esse contratempo o impedisse de jogar basquete e, pela persistência, virou um dos maiores atletas da modalidade no mundo.

Sua receita? Apenas esta declaração que virou filosofia de vida para muitos: “Eu já perdi mais de 9000 arremessos em minha carreira, perdi quase 300 jogos, em 26 ocasiões foi confiado a mim o arremesso que daria a vitória ao meu time no jogo e eu falhei. Falhei uma vez, e outra e outra vez em minha vida. E é por isso que eu consegui”.

Fonte: Psicologia MSN

Leonardo Filomeno
Leonardo Filomeno

Jornalista, Sommelier de Cervejas, fã de esportes e um camarada que vive dando pitacos na vida alheia

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