Quais as chances de encontrar uma alma gêmea na vida?

Será que a matemática ajuda a busca do amor verdadeiro?

Será que a matemática ajuda a busca do amor verdadeiro?

Ah, o romance. Não existe nada melhor do que estar apaixonado e receber o mesmo carinho e atenção de volta. Embriagados de amor, fazemos tudo quanto é tipo de declaração. Até mesmo acreditamos ter nascidos apenas para estar ali, ao lado do nosso par. Mas, será mesmo?

E se você realmente tivesse uma alma gêmea perdida ai no mundo? Quais seriam as chances de você encontrar o grande amor de sua vida? Vamos começar com alguns pressupostos simples e tentar fazer um cálculo matemático que nos ajude a explicar quais as chances disto acontecer.

Pensemos que sua alma gêmea é programada a partir do momento que você nasce e você só a reconhecerá se encontrá-la pessoalmente. Ela também tem que estar viva agora e com uma idade não muito diferente da sua. Com estas restrições, teríamos cerca de meio bilhão de potenciais almas gêmeas para você no mundo. Mas ai que mora o problema: No mundo.

Será que ela moraria no mesmo país que o seu? Falaria a mesma língua? Teria os mesmos gostos?

Poderíamos usar algumas outras medidas geográficas para limitar o número de possibilidades, mas isso iria contra a ideia de que uma alma gêmea é algo completamente randômico.

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O número de estranhos com os quais fazemos contato visual por dia variam de nenhum – se você tem passado muito tempo em casa – até alguns milhares – se você for um policial ou trabalhar em eventos. Vamos pensar em uma pessoa média, que cruza os olhos com algumas dezenas de pessoas por dia.

Vamos às contas: 50 pessoas por dia x 365 dias do ano = 18.2580. Pessoas que você encontra por ano x uma vida média de 60 anos = 1.095.000. Pensando que metade dessas são mulheres = 547.500 candidatas.

Se 10% delas estiverem na mesma faixa de idade que você, teremos mais um menos umas 50 mil possíveis candidatas a alma gêmea com as quais você vai encontrar na sua vida. Isso se você não encontrar a mesma pessoas mais de uma vez.

De meio bilhão de possibilidades, você encontrará apenas 50 mil, o que dá uma chance em 10 mil de você encontrar o amor da sua vida. Isso tudo, sendo muito generoso com os números. Uma em dez mil.

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Todos os cálculos tentaram não levar em conta algumas desvantagens como se você repara ou não nas pessoas ao seu redor todo dia, se você não mora em uma cidade pequena do interior, se não costuma sair muito de casa…

Até mesmo, limitamos alguns fatores como a alma gêmea ser alguém mais velha que você ou alguém que ainda está para nascer. Realmente, a matemática não está do lado do amor, mas sim da razão.

Em um mundo onde vivemos com os olhos ligados nos smartphones e não nas pessoas ao nosso redor, encontrar nossa alma gêmea é um conceito difícil se se acreditar. Ou até mesmo triste, já que podemos ter cruzado o amor da nossa vida algumas vezes e não ter reparado.

►Artigo adaptado e inspirado em: “What If?: Serious Scientific Answers to Absurd Hypothetical Questions”, de John Murray,

Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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