o amor é um jogo (de azar)

Se eu tivesse que comparar o ato de começar um relacionamento com qualquer outra coisa do mundo, eu diria que ele é muito parecido com uma loteria.

o amor é um jogo (de azar)

Se eu tivesse que comparar o ato de começar um relacionamento com qualquer outra coisa do mundo, eu diria que ele é muito parecido com uma loteria. Uma aposta que você faz torcendo que tudo dê certo.

Talvez uma loteria seja aleatória demais. Começar um relacionamento é tipo jogar poker. Você consegue olhar para aquilo que tem na mão, ver se tem mais ou menos chances de dar merda, mas, no fim, tudo depende da carta que vai virar no baralho.

E nem sempre as estatísticas estão do seu lado.

o amor é um jogo (de azar)

Porque as vezes você encontra uma mina gatinha, gente boa, divertida e com quem parece que finalmente vai dar certo. O sexo é bom, o papo flui e você decide dar aquele passo adiante. E aí vira a carta errada…

Os amigos delas não vão com a sua cara. Ou é a família que não gosta de você. Ou num papo de bobeira você descobre que ela não quer casar, muito menos ter filhos, e poutz, é tudo que você sempre quis. Talvez ela não esteja pronta para se envolver ou não queria ter nada de sério, você que entendeu tudo errado… Não importa.

O Dealer recolhe suas fichas. Fim de jogo. E você volta triste e sozinho para casa.

O problema é que a gente assistiu filmes demais, novelas demais e leu livros demais, onde todos relacionamentos acontecem com uma ordem lógica bonitinha: garoto conheça garota, ficam juntos, passam por uma barra e descobrem que se amam mesmo e tem um desfecho feliz.

E tentamos aplicar essa lógica na vida real:

“Porra, se o Hugh Grant, o Ben Stiller e o Seth Rogen conseguem um final feliz, por que eu não?”

Se fosse uma faculdade, um relacionamento seria humanas e não exatas. Porque não existe uma fórmula, um caminho ou um estudo empírico baseado em coleta de dados que prove que agora vai. Tudo é incerto, impreciso e inseguro.

Aquela mina que parecia firmeza te traiu com teu melhor amigo. Aquela que você achava que queria só uma lance te enquadrou para ver se vocês iam desenrolar algo sério. Aquele casal de margarina que você conheceu se separou após ele bater nela. Já aqueles dois que pareciam que nunca iam dar certo, envelheceram juntos e morreram de mãos dadas.

Poucas coisas são tão aleatórias quanto o amor.

o amor é um jogo (de azar)

E mesmo assim a gente ainda insiste. Compartilha e acredita em textos com títulos bonitos que começam com “Procure um amor que…” feito por este ou aquele site especialista em relacionamentos e que no fim não ajudam em nada.

Acreditamos no papo que a hora certa vai chegar (talvez nunca chegue), que existe alguém no mundo esperando pela gente (talvez não tenha) e que no final tudo dá certo (talvez não dê). A real é que, no fundo, todos sabemos de quão aleatório é esse jogo que estamos jogando.

E, mesmo assim, a gente continua se arrumando, botando nossa melhor roupa, dando aquele tapa no perfil do Tinder para ver se consegue dar AQUELE match perfeito. Cientes de todos os revezes, existem aqueles de nós que continuamos apostando e assumindo os riscos.

Porque, como disse, o amor é um jogo de azar. Ou sorte. Jogue os dados e tente ser feliz.

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Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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