Morre Chorão, do Charlie Brown Jr.

Desde 2005 eu não ouvia una música nova, nem nutria nenhum sentimento de afeto por Chorão e pelo Charlie Brown Jr. Mas a notícia da morte do vocalista veio como uma pedrada nesta manhã, 6 de março de 2013. Homem das frases feitas e motivacionais, Chorão marcou uma geração com musicas que iam desde trilha […]

Morre vocalista do Charlie Brown Jr.

Desde 2005 eu não ouvia una música nova, nem nutria nenhum sentimento de afeto por Chorão e pelo Charlie Brown Jr. Mas a notícia da morte do vocalista veio como uma pedrada nesta manhã, 6 de março de 2013.

Homem das frases feitas e motivacionais, Chorão marcou uma geração com musicas que iam desde trilha sonora para romance (“Te levar”, “Só por uma noite”) e para os mais diversos roles de skate pela cidade (“Proibida pra mim”, “Rubão – O Dono do Mundo”).

“Preço curto… prazo longo” talvez seja um dos discos que eu mais ouvi na vida. Atrés dele vem, perdendo por pouco, “Acústico Charlie Brown Jr”, que ouço até hoje.

E não era só ouvir a música que era o barato. Era o pacote completo: Moda: Bermudão e camiseta larga; Arte: Desenhar grafites e tags; e Meio de Locomoção: o Skate.

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O Chorão era o cara que falava palavrão ao vivo no Domingão do Faustão, o mano que recusou tocar no Rock in Rio e pagar pau pra gringo; e mais que tudo, o homem que tinha ido de uma vida humilde para se tornar um ídolo nacional.
Quem mais um moleque de classe media baixa e revoltado poderia admirar?

Mas o chorão de antes, não era mais o mesmo de pouco tempo atrás. Se envolvia em brigas, com a própria banda e até com outras. Humilhava companheiros em cima do palco, não mostrava mais a criatividade e versatilidade de antes. E ai ele morreu.

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Fica um legado dos mais variados tipos de letras. As de vibe boa (“Vem que o bom astral vai dominar o mundo”), as de amor (“Eu vou fazer de tudo que eu poder vou roubar essa mulher pra mim”), superação (“Se hoje eu vou de limusine é porque já andei de trem”) e muitas, muitas outras.

Tudo isso vindo de uma cara que não media palavras e que teve orgulho de gritar pro mudo que vinha de Santos. Adeus chorão, que encontre a sua paz e o seu lugar ao sol.

E se é para terminar esse texto com alguma frase feita e de efeito que seja “Só o que é bom dura tempo bastante para se tornar inesquecível”. Disso, os louco sabem.

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Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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