Mad Max 1 – O Pior filme que eu já revi

O tempo passou e foi cruel e implacável com a obra estrelada por Mel Gibson

Mad Max 1 - O Pior filme que eu já revi

Se me perguntar agora qual eram os filmes de ação que eu mais gostava de ver quando era pequeno, respondo de cara: “Duro de Matar”, “Rocky”, “Rambo”, “Duro de Matar”, “Mad Max”… Lembro de sentar na frente da TV e vibrar vendo estes filmes na Sessão da Tarde. Mas será que essas obras sobreviveram ao tempo?

Recentemente, revi todos os Rocky e Rambo, os primeiros Duro de Matar e até mesmo a trilogia “De Volta para o Futuro”. A maioria deles continua quase tão bons quanto eu lembrava e alguns até me surpreenderam.

Ai, a convite dos amigos da Casa Geek eu revi o primeiro Mad Max e, meu amigo, que decepção.

Memória emocional versus vida real

madmax-1a

Vendo o filme eu formulei uma teoria. A “Sessão da Tarde” – ou outros horários dedicados a filmes – costumavam a repetir com frequência algumas continuações ao invés das obras originais. Nos acostumamos a vê-las tantas vezes, que associamos essas obras ao primeiro filme da série. Calma, eu explico.

Quando falamos em Rocky, logo pensamos em lutas fodas. Quando falamos de Rambo pensamos no herói descendo tiro em geral. Já o Mad Mad é o herói do mundo apocalíptico e da Cúpula do Trovão, certo?

Bem, o Rambo não mata ninguém em seu primeiro filme, Rocky 1 é muito mais um drama sobre um lutador amador que está prestes a se aposentar do que uma filme de boxe e Mad Max 1 é um dos filmes mais chatos que eu já vi. E olha, que não é por falta de costume de ver filmes antigos. A obra simplesmente envelheceu mal.

mad_max_ver2

A discrepância é maior ainda depois que eu revi o segundo e o terceiro filme que são ótimos filmes e, não por acaso, são os que mais reprisavam na Sessão da Tarde. Não só o cenário muda completamente de um filme para o outro – no primeiro é apenas um futuro, no segundo a humanidade se destruiu completamente – como as sequências de ação e interpretação dos atores melhora infinitamente.

Pode parecer uma besteira, mas me fez pensar: O quanto deixamos que nossa memória emocional afete nosso julgamento sobre algo? Será que só porque vimos algo – e gostamos – quando eramos mais novos, essa obra vai ser boa para sempre?

Pior ainda: Você deve estar se coçando agora, pensando que lembra de Mad Max 1 como se fosse um puta filme da hora.

O que você prefere? Manter a memória boa da obra, com a dúvida de que talvez seja falsa, ou revê-la e, possivelmente, se decepcionar?

Pois é amigo, a vida é feita de escolhas difíceis.

Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

Comentários
Importante - Os comentários realizados nesse artigo são de inteira responsabilidade do autor (você), antes de expressar sua opinião sobre temas sensíveis, leia nossos termos de uso