Governo da Malásia lista sintomas da homossexualidade

Parece meio louco falar isso hoje em dia, mas a Malásia, um país predominantemente muçulmano conservador, mantém leis que criminalizam a homossexualidade, com pena de até 20 anos de prisão para gays. O absurdo é tanto que o governo só liberou este ano que personagens gays pudessem ser representados em filmes e na televisão, mas […]

Parece meio louco falar isso hoje em dia, mas a Malásia, um país predominantemente muçulmano conservador, mantém leis que criminalizam a homossexualidade, com pena de até 20 anos de prisão para gays. O absurdo é tanto que o governo só liberou este ano que personagens gays pudessem ser representados em filmes e na televisão, mas com a condição de que eles se tornem heteros ou se arrependam seus modos no final da história.

Recentemente, o governo local organizou um evento chamado”Seminário para Pais lideram com questões LGBT” onde foi distribuído um folheto com os principais sintomas da homossexualidade para pais e professores evitarem em seus filhos. “Uma vez que a criança apresente tais sintomas, [os pais] devem dar atenção imediata”, é uma das principais dicas do manual.

Estes são alguns dos sintomas da lista de sintomas absurdos e idiotas que o governo orientou mais de 1500 pais e professores observarem em seus filhos, para saber se eles são gays ou lésbicas.

Sintomas para homens

  • “Ter um corpo musculoso e gostar de exibí-lo usando camisas com gola V e sem mangas;
  • Preferir roupas justas e de cores claras;
  • Sentir atração por homens;
  • Gostar de usar bolsas grandes, parecidas com as usadas por mulheres, ao sair.”

Sintomas para mulheres

  • “Atração por mulheres;
  • Se distanciar de outras mulheres que não sejam suas companhias femininas;
  • Gostar de sair, fazer refeições e dormir na companhia de mulheres;
  • Não ter afeto por homens.”

Mohd Puad Zarkashi

O ministro da educação, Mohd Puad Zarkashi, ainda completou: “Jovens são facilmente influenciados por sites e blogs relacionados a grupos LGBT. Isso também pode se espalhar entre seu grupo de amigos. Estamos preocupados que isso aconteça dentro da escola”.

Sou contra todo e qualquer preconceito contra etnias, religiões ou a orientação sexual (o único preconceito que eu acho válido é com quem ouve funk sem fone no metrô). Cada homem ou mulher tem o direito de ser feliz do jeito que é.

Tenho medo que esse tipo de atitude  retrógrada chegue ao Brasil, onde esse tipo de preconceito ainda é muito grande, apesar de nos chamarmos do país da diversidade.

Fontes: G1, Global Post e The Malaysia Insider.

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Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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