A Era de Ultron coroa a Era da Marvel nos cinemas

Não sei se você lembra, mas pouco tempo atrás, o Homem de Ferro era apenas um personagem de quadrinhos que não era muito popular com o grande público.

Antes de 2008 – sete anos atrás – se você perguntasse a qualquer não-nerd na rua os nomes dos super-heróis que eles conheciam, viriam os óbvios: Superman, Batman, Homem-Aranha, Aquaman, Flash…

Até que a Marvel Studios aparece e resolve chacoalhar todo jogo no quesito filmes de super-heróis.

Tony Stark foi só o primeiro. Na esteira dele vieram Thor, Capitão América, Hulk e os Guardiões da Galáxia, que contam com um guaxinim falante e uma árvore como protagonistas.

Enquanto a concorrente DC sofre para fazer um filme do Superman que tenha uma boa recepção por parte do público, o estúdio do Homem de Ferro e sua turma aposta em uma fórmula simples, mas muito cativante.

E acredite, a Marvel até tem muito mais para mostrar nos cinemas.

A convite da Disney/Marvel, o MHM foi assistir ao Vingadores 2: A Era de Ultron. E, como já está virando rotina, ver um filme dos caras é diversão garantida.

Este filme é o supra sumo de como eles conseguiram transformar estes heróis – desconhecidos do grande público até pouco tempo atrás – em algo tão POP e divertido de se ver que muito às vezes é pouco. São duas horas e meia de filme e, quanto terminou, fiquei com gosto de quero mais.

Sério, logo que saí da projeção, me vi pensando em quanto eu gostaria de ver um filme solo do Gavião Arqueiro ou da Viúva Negra, tal a importância e profundidade que os dois tem na continuação.

Sim, isso mesmo, até os dois personagens humanos que caminham entre deuses conseguem ter seu espaço para brilhar.

Parte do mérito da produção é a mão de Joss Whedon, diretor do primeiro filme e ídolo nerd que já havia feito seu nome em séries como Firefly e Buffy – A Caça Vampiros.

As duas produções sempre foram reconhecidas por seus fãs por tramas que exploravam bem times com vários personagens além de contar com boas cenas de ação. Essa experiência caiu como uma luva para contar a nova história do time liderado pelo Capitão América.

Em Vingadores 2, o diretor entrega uma montanha russa de emoções para o público. Quando não estamos sendo bombardeados por uma cena de porradaria, estamos vendo algum desenvolvimento emocional dos personagens ou algum ponto da trama que vai repercutir em algum dos próximos filmes do estúdio.

De novidade, temos agora um grupo que atua junto e parece bem entrosado. Quem é fã de quadrinhos vai delirar com a interação dos personagens durante as batalhas. Cada um tem seu papel específico e até certo golpes em dupla dão as caras. Coisas bonitas de ver.

Além disso, temos a inclusão dos personagens da Feiticeira Escarlate do Mercúrio, que agregam um lado mais humano para os super poderes no universo Marvel.

Do lado dos malvados, tem o Ultron, o robô interpretado por James Spader. A presença do personagem consegue gerar uma ameça maior para os Vingadores, porém, não acredito que ele tenha o mesmo carisma do Loki, no primeiro filme.

Entre os pontos altos do longa, destaco o embate contra o exército de robôs, o desenvolvimento do Gavião Arqueiro que se prova um porradeiro de primeiro escalão e a já histórica luta entre o Hulk e o Homem de Ferro. Puta que pariu. Que momento foda.

É prazeroso ver como a Marvel entende bem o que um fã espera ver em um filme dela. Não há espaço para muitas surpresas, mas cada cena é entregada com carinho que poderia ser seguido de uma frase como “Era isso que você queria?”

Tudo que é proposto e executado no filme mostra a grandiosidade dos planos do estúdio para seu futuro.

Se anos atrás, muita gente torcia o nariz para o Capitão América, hoje milhões de crianças torcem para o herói e seus aliados. Mais um balde de água fria na DC que ainda começa a caminhar para conseguir estabelecer um universo coeso nas telonas.

Vingadores 2: A Era de Ultron tem uma história profunda daquelas para ganhar um Oscar ou algo do tipo? Não.

Mas é uma diversão nota 10 para fãs de ação e para quem curte quadrinhos. Um daqueles poucos filmes que vale ser visto e revisto nos cinemas com um balde de pipoca e um copo de Coca-Cola na mão.

Que a Marvel continue entregando obras dessa grandiosidade e qualidade nos próximos anos. Excelsior.