22 Filmes para entender e gostar do cinema nacional

Caso você ainda tenha preconceito com o cinema nacional, separamos uma lista com alguns filmes para te fazer mudar de ideia a abraçar a nossa produção brasileira.

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Antes de tudo, vamos esclarecer uma coisa: o Brasil produz, sim, muitos filmes excelentes.

Quando você compartilha aquela típica frase “o cinema brasileiro é uma porcaria”, buscando ser engraçado ou transmitir um suposto conhecimento sobre o tema, você está sendo extremamente preconceituoso e apenas confirmando que de cinema, você não entende nada.

É claro, existem muitos filmes brasileiros ruins e nós temos um grande problema em patrocinar conteúdos de qualidade e, além disso, distribuir os bons títulos que passam da pós produção. São muitos os fatores que interferem no processo de produção de um bom filme, e nós ainda vivemos sobre a sombra da Globo Filmes e de interesses de terceiros na hora de assinar uma história, porém, muitos filmes bons conseguem vencer todas as adversidades e ganhar notoriedade.

Mas discutir os problemas do mercado nacional é um assunto complexo e merece uma matéria exclusiva. Muita coisa precisa ser mudada e melhorada mas, mesmo assim, ainda conseguimos produzir filmes maravilhoso que merecem ser prestigiados.

Selecionamos alguns títulos importantes para a trajetória do cinema nacional e também, é claro, divertidos para você fazer uma maratona e se familiarizar com a linguagem cinematográfica e estilo trabalhado pelos diretores daqui.

É lógico, não colocamos todos os filmes maravilhosos porque a lista seria gigantesca, e também não incluímos documentários – um gênero fortíssimo no Brasil e com muitos exemplos marcantes.

1# Terra em Transe (1967)

Créditos: Reprodução

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Direção: Glauber Rocha

Glauber Rocha foi um marco no cinema nacional. Com o Cinema Novo, inspirado em tantos movimentos cinematográficos que pipocam ao redor do mundo, Glauber trouxe sua própria leitura para a situação do Brasil em plena ditadura militar.

Extremamente teatral e poético, porém, em nenhum momento cansativo ou superficial, Terra em Transe conta a história do senador Porfírio Diaz, interpretado por um dos maiores atores nacionais, Paulo Autran.

Em um país fictício na América do Sul chamado Eldorado, o senador quer, apesar de odiar o povo, virar imperador. Repleto de analogias ao que estava acontecendo no Brasil daquele período, Porfírio Diaz precisa enfrentar outros dois homens que também possuem o mesmo desejo.

2# Dona Flor e seus Dois Maridos (1976)

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Direção: Bruno Barreto

Inspirado no livro de Jorge Amado, a adaptação feita por Bruno Barreto se passa no carnaval de 1943 na Bahia. Vadinho, interpretado por José Wilker, é um mulherengo que morre repentinamente. Sua mulher, Dona Flor – em uma atuação incrível de Sônia Braga – fica em luto mas depois de algum tempo se casa novamente com Teodoro Madureira, interpretado por Mauro Mendonça.

Porém, o fantasma do seu primeiro marido começa a aparecer quando Dona Flor percebe a vida tediosa que leva.

Dona Flor e seus Dois Maridos, além de ser engraçado e divertido, é um dos maiores sucessos de bilheteria no Brasil e, apesar de enormes conceitos ultrapassados, ainda pode ser visto com uma análise crítica.

3# A Dama da Lotação (1978)

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Direção: Neville d’Almeida

É claro: precisávamos falar de algum clássico da Pornochanchada. Já fizemos um artigo discutindo vários títulos famosos desse gênero tão marcante no cinema nacional, mas a Dama da Lotação certamente é um dos mais conhecidos e importantes do período.

A quarta maior bilheteria da história do cinema brasileiro (6,5 milhões) foi uma inspirada em uma obra do Nelson Rodrigues – sempre ele. Sônia Braga interpreta uma mulher que ignora o marido e transa com homens que conhece no ônibus.

Sônia Braga ficou eternizada como símbolo sexual pela sua atuação nesse filme. Fica fácil imaginar o motivo, não é?

4# Saltimbancos Trapalhões (1981)

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Direção: J. B. Tanko

Faltava uma comédia que marcou gerações nesta lista! Hoje, você pode acreditar que os Trapalhões não eram o melhor exemplo de humor, e até achar alguns bem sem graça ultimamente – em vários sentidos – mas, na época, a adaptação do musical Os Saltimbancos, do Chico Buarque, foi um sucesso e o filme ainda é divertido.

Enquanto no musical do Chico Buarque, os Saltimbancos conta a história de vários animais que se revoltam contra seus donos, o filme dos Trapalhões conta a história de uma trupe de circo que, graças à sua incrível capacidade de fazer o público rir, é o maior sucesso da temporada. Porém, a ganância do Barão, o dono do Circo, e a inveja do mágico Assis, viram um empecilho para a trupe.

Repleto de ótimas canções, este talvez seja o melhor filme dos trapalhões e continua no coração de muita gente.

5# O Que é Isso, Companheiro? (1997)

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Direção: Bruno Barreto

Um dos filmes para entender a ditadura militar no Brasil e principalmente entender como funcionava a estratégia da resistência para recuperar a democracia no país.

Em 1964, o golpe militar derruba o governo. Em 1968, o Ato Institucional número 5, o pior e mais cruel ato anti-constitucional já realizado no Brasil, é implementado. Ele acabou com a liberdade de imprensa e eliminou vários direitos civis.

Nesse cenário, a resistência formada principalmente por estudantes intensificou a luta armada e, clandestinamente, elaboraram um plano para sequestrar o embaixador dos Estados Unidos. A proposta era trocá-lo pelos prisioneiros políticos que estavam sendo torturados em diversos DOIs espalhados pelo país.

O filme retrata o desespero da população e o medo da ditadura, apresenta vários ângulos de análise para o que aconteceu naquele período e apresenta o comportamento de vários perfis diferentes de militantes.

6# Central do Brasil (1998)

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Direção: Walter Salles

Fernanda Montenegro concorreu ao Oscar pela sua interpretação em um dos filmes brasileiros mais bonitos que já teve alcance internacional. Na trama, ela interpreta Dora, uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, escrevendo cartas para pessoas analfabetas. Em determinado momento, uma criança entra em sua vida de maneira inesperada e, para ajudar o menino, Dora precisa encarar uma viagem ao sertão nordestino.

O paralelo entre uma mulher conhecida por contar as histórias dos outros e transmitir mensagens de terceiros, e a viagem em busca da real história daquele garotinho pelas estradas do Brasil é extremamente envolvente.

Se você assistir esse filme sem se atentar aos momentos em que ele traça uma análise social e histórica, você ainda assim vai viver uma experiência interessante mas, assistir Central do Brasil tentando entender como é a rotina dos brasileiros que migram pelo país em busca de melhores condições de vida, certamente será uma experiência ainda mais enriquecedora.

7# Bicho de Sete Cabeças (2000)

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Direção: Laís Bodanzky

Surpreendente. Um retrato de várias famílias da classe média brasileira que preferem fechar os olhos para mudanças e para a realidade do que curar seus próprios preconceitos. Uma viagem brasileira que mistura nossa essência e nosso dia a dia com elementos cinematográficos utilizados em outros longas, como o filme Trainspotting, de Danny Boyle.

O drama aqui, entretanto, é muito mais intenso. A loucura é narrada com uma acidez visual marcante e, pela falta do diálogo e orgulho, a vida de um garoto é praticamente destruída depois de anos confrontando seu pai. Rodrigo Santoro interpreta um garoto que é mandado para um hospital psiquiátrico onde é devorado por um sistema cruel.

8# Auto da Compadecida (2000)

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Direção: Guel Arraes

Um dos filmes mais divertidos do cinema brasileiro. Baseado na peça teatral de 1955, o filme é ambientado no sertão nordestino e conta a história de dois personagens principais, João Grilo (Matheus Nachtergale), um sertanejo mentiroso e Chicó (Selton Mello), um covarde mulherengo.

Os dois, muito pobres, vivem de pequenos golpes em suas viagens pelo sertão. Eles sempre se dão bem, mas acabam se envolvendo com um cangaceiro e precisam encarar diálogos morais em cenas extremamente engraçadas, cômicas e representativas. Apesar da comédia, o filme aborda vários aspectos culturais e religiosos típicos do nordeste brasileiro e alcançou algo raro no Brasil quando o assunto é cinema: criou bordões e, até hoje, é referência na boca do povo.

9# Abril Despedaçado (2001)

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Direção: Walter Salles

O interior do nordeste brasileiro é repleto de mitos, folclores e tradições. Entre várias histórias que perpetuavam o sertão do país em meados do século 20, estava a disputa familiar de duas famílias. Vingança é o fio condutor da narrativa através dos olhos de Tonho, interpretado por Rodrigo Santoro, que em determinado momento começa a se questionar sobre a real necessidade de manter a rivalidade e resolver questões de gerações por meio da violência.

A direção de Walter Salles é maravilhosa, cada detalhe é importante para o desenvolvimento dos personagens e para a crítica proposta pelo diretor.

10# Cidade de Deus (2002)

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Direção: Fernando Meirelles

A realidade da favela, a rotina dos jovens que entram para o tráfico de drogas, a impossibilidade, a falta de esperança, o comportamento da polícia perante a pobreza e a aceitação de uma realidade praticamente imutável são apenas alguns dos temas abordados nesse filme espetacular. 

A fotografia, a montagem e a construção de tensão rendem cenas épicas para a história de Buscapé, um jovem pobre que sonha em ser fotógrafo e, assim, através da câmera, consegue trilhar seu caminho pela dura realidade da Cidade de Deus.

11# Amarelo Manga (2002)

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Direção: Cláudio Assis

Controverso, odiado por muitos e amado por tantos outros, Amarelo Manga tem tantos elementos de clássicos do cinema mundial que fica difícil elencar todos.

Lígia, uma mulher sem esperanças, trabalha num bar no subúrbio de Recife e mora por lá mesmo. Kika, religiosa, é casada com um açougueiro que tem uma amante. Na periferia da cidade, o Hotel Texas é o cenário das histórias de Dunga, homossexual apaixonado pelo marido de Kika; e de Isaac, hóspede com o prazer de atirar em cadáveres.

Sua história cruza com a de Rabecão pois este, funcionário do IML, fornece os corpos para ele. A trama de todos se mistura quando Lígia conhece Isaac no bar onde trabalha.

12# Lisbela e o Prisioneiro (2003)

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Direção: Guel Arraes

Um romance que utiliza vários elementos cinematográficos clássicos e os transporta para o nordeste brasileiro. Lisbela e o Prisioneiro é quase uma fábula brasileira que merece ser vista.

Lisbela, interpretada por Débora Falabella, é uma típica moça de interior que ama cinema e vive sonhando com os atores de seus filmes favoritos. Selton Mello interpreta Leléu, um galã conquistador que fica com uma mulher diferente em cada canto que vai mas acaba se apaixonando por Lisbela, em um típico roteiro de Hollywood.

A trama, com mocinho, bandido e mocinha, é uma homenagem ao cinema faroeste e, como não poderia ser diferente, Leléu precisa encarar o vilão para ficar com sua amada.

A união desses elementos utilizando personagens extremamente brasileiros e um cenário típico do nosso país é um espetáculo à parte.

13# Carandiru (2003)

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Direção: Héctor Babenco

Baseado no livro Estação Carandiru, do médico Dráuzio Varella, o filme relata vários tipos de experiências vividas por internos no maior presídio da América Latina, desativado em 2002.

O Carandiru, que já foi palco de um dos maiores massacres da história brasileira, é trabalhado no filme como o cenário para dramas reais e traumáticos.

O médico Luiz Carlos Vasconcelos realiza um trabalho de prevenção a AIDS dentro do presídio e, lá dentro, enxerga a realidade violenta, cruel e encara problemas seríssimos que seguem até hoje dentro das penitenciárias brasileiras: superlotação, instalações precárias, abuso e o poder da milícia.

A humanização dos internos é um ponto alto no filme, capaz de nos fazer conhecer indivíduos em vez de enxergamos apenas números e ignorar o passado e a influência da sociedade sobre eles.

14# O Homem que Copiava (2003)

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Direção: Jorge Furtado

Esse filme passou despercebido por muitos, mas vale a pena assistir para ver um filme com enredo de qualidade que concorreu em várias premiações.

Na zona norte de Porto Alegre, André, operador fotocopiadoras, precisa de dinheiro. A motivação é meramente passional, mas ele consegue copiar notas de 50 reais. A reação em cadeia das suas atitudes resulta em uma trama que nos faz refletir sobre as oportunidades e sobre quais são os verdadeiros criminosos na sociedade.

15# Cinema, Aspirina e Urubus (2005)

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Direção: Marcelo Gomes

No meio do sertão nordestino em 1942, dois mundos diferentes se encontram através da figura de dois homens. Johann, um alemão que fugiu da 2ª Guerra Mundial, dirige um caminhão e vende aspirinas; Ranulpho, um homem simples que ganha uma carona de Johann e, assim, começa a trabalhar para ele.

Assim como Cine Holliúdy – porém mais sério, Cinema, Aspirina e Urubus retrata a mágica do cinema e sua influência sobre as pessoas: a dupla exibe filmes para quem nunca conseguiu ir ao cinema e, em paralelo, eles enfrentam a realidade cruel do Brasil daquela época.

16# O Cheiro do Ralo (2006)

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Direção: Heitor Dhalia

Irônico em vários momentos, O Cheiro do Ralo trabalha com a baixo autoestima, pequenos abusos de poder e loucura de uma forma quase inédita no cinema nacional.

Incapaz de lidar com a culpa, Lourenço, interpretado por Selton Mello, é dono de uma loja de penhores, uma espécie de brechó. Explorador por não conseguir entender seus próprios conflitos, Lourenço começa a analisar as pessoas como se elas estivessem à venda, relacionando suas características pessoais com as características dos objetos oferecidos por elas.

Em paralelo, existe um cheiro constante proveniente do ralo da loja, uma clara metáfora ao que Lourenço quer esconder.

17# Tropa de Elite (2007)

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Direção: José Padilha

Segundo o próprio José Padilha, muita gente interpretou seu objetivo com o filme de forma equivocada então, vale a pena ver de novo o já clássico Tropa de Elite com outra visão: a história sobre o Capitão Nascimento e sua equipe de operações especiais da polícia do Rio de Janeiro pode ser, sim, interpretada como uma crítica ao sistema corrupto brasileiro, aos abusos de poder, ao tráfico e consumo de drogas e ao abalo psicológico da polícia brasileira.

18# Estômago (2007)

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Direção: Marcos Jorge

Inspirado no conto “Presos pelo Estômago”, do livro “Pólvora, Gorgonzola e Alecrim”, o filme conta a história de Raimundo Nonato. Ele, assim como vários outros nordestinos, se mudou para a cidade grande com a esperança de ter uma vida melhor.

Como faxineiro em um bar, ele descobre seu talento na cozinha e faz o restaurante crescer em proporções absurdas graças às suas coxinhas deliciosas. Qualquer outro detalhe sobre o roteiro pode estragar a surpresa e a qualidade narrativa apresentada pelo filme.

19# De Pernas para o Ar (2010)

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Direção: Roberto Santucci

É importante falar de uma comédia recente que muita gente não ligou ou acreditou ser supérflua quando ela estreou. De Pernas para o Ar, apesar de parecer bobo, foi importante para trabalhar algumas questões de emancipação sexual feminina e liberdade na compra de produtos eróticos.

Alice, interpretada por Ingrid Guimarães, trabalha demais e não tem tempo para a família. Quando seu casamento parece ir por água à baixo, ela vira sócia da dona de um Sex Shop.

As mudanças que acontecem na sua vida seguem em paralelo ao sucesso dessa nova empreitada e, com cenas engraçadas, a gente até consegue refletir sobre a visão da sociedade sobre o sexo.

20# 2 Coelhos (2012)

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Direção: Afonso Poyart

Um filme nacional com ótimos efeitos especiais e uma mistura de narrativa política com jogo de video-game.

O herói da história busca denunciar um esquema de corrupção, suborno policial e outros problemas políticos em uma narrativa de tirar o fôlego. Mesmo. As referências são inúmeras e em vários momentos 2 Coelhos lembra filmes do Tarantino ou clássicos de ação norte-americanos. Porém, é claro, com essência brasileira.

21# O Lobo Atrás da Porta (2013)

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Direção: Fernando Coimbra

Um dos meus favoritos da lista e dos últimos anos. Amargo, o filme foi baseado em uma história real e relata o desaparecimento de uma criança. Seus pais, Bernardo e Sylvia, vão até a delegacia e lá são interrogados separadamente pelo delegado que, aos poucos, descobre histórias escondidas sobre a vida de Bernardo e sua amante, Rosa.

É impossível assistir esse filme sem se envolver com os personagens e suas motivações, certamente é um marco da nova geração de filmes nacionais.

22# Que Horas Ela Volta? (2015)

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Direção: Anna Muylaert

Sutil, mas ácido. O filme “Que Horas Ela Volta?” é um retrato de como a sociedade brasileira mudou ao longo dos anos e de como é defasado o comportamento de várias pessoas da classe média alta em relação aos empregados domésticos. O contraste entre duas gerações é representado através de uma mãe e sua filha, que ela não vê desde muito nova pois a deixou no nordeste para vir ganhar a vida em São Paulo.

Val chegou na capital e, desde então, mora na casa dos patrões. Empregada doméstica, ela raramente visita a filha e, em paralelo, toma o filho dos patrões como seu também. Mesmo assim, ela dorme no quarto da empregada e, por exemplo, não pode entrar na piscina ou sentar na mesa da cozinha. Sua filha, Jéssica, vai para São Paulo prestar vestibular e o choque de gerações e comportamentos é nítido para todos da casa.

Um dos filmes mais bonitos que o cinema Brasileiro já fez. Difícil de digerir mas fácil de identificar comportamentos parecidos em várias casas do Brasil.

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Maria Confort
Maria Confort

Jornalista, cinéfila, fanática por literatura e, por isso, apaixonada pela ideia de entender pessoas.

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