7 tipos de Beer Chatos para você evitar na mesa do bar

Cerveja é uma coisa incrível. Até que vem um cara mala e resolve começar a cagar regra sobre o assunto.

Cerveja é legal, até chegar um mala querendo inventar regra

“A cerveja prova que Deus nos ama.” – Benjamin Franklin.

Cerveja é uma coisa incrível. Democrática, a bebida é ingerida por ricos e pobres e tem o poder de reunir pessoas ao redor da mesa para trocarem uma ideia e falarem sobre a vida, o universo e tudo mais. A cerveja é tão boa, que muita gente busca especialização.

Querem saber mais sobre a bebida, que outros tipos existem, quais as variações de sabores e ingredientes. Só que tem gente que vai fundo demais. Transformam o ato divertido e social de tomar uma em um processo burocrático e chato, cheio de nomenclaturas e de cagadas de regras de “pode e não pode”.

Meu amigo, cerveja não é vinho.  Nem mesmo o vinho é tão chato como muito enólogos – especialistas no assunto – conseguem fazer a bebida parecer. Beber é um ato social feito para relaxar.

Apoiamos que você busque mais conhecimento sobre um assunto e refine seu paladar. Mas a partir do momento que sua chatice começa a incomodar os outros ao seu redor, meu amigo, é hora de parar.

Separamos uma lista com 7 tipos de Beer Chatos para você evitar na mesa do bar. Se liga:

O que não aceita opinião contrária

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Esse tipo de beer chato parece estar concorrendo a um cargo no governo dos beer insuportáveis. Ele acha que toda conversa é um debate político que ele deve sair com a razão.

– “Que absurdo você achar que a escola alemã de cervejas é melhor que a dos belgas! É óbvio que os monges das Bélgica sabem colher a cevada de uma maneira mais refinada que a dos alemães”.

Ninguém é obrigado a concordar com a opinião alheia. Prefere cervejas amargas? Ocupe sua boca bebendo ela e não tentando me convencer das coisas que você acha. O que nos leva a outro tipo…

O que sempre diz “Isso não é cerveja”

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Churrasco. Calor de 40 graus. Você reúne umas 20, 30 pessoas na churrasqueira do prédio para comer uma carne e tomar uma. Cada um traz o seu fardinho. Ai você vê um broder no canto de braços cruzados e cara amarrada.

“Ô fulano, vamos tomar uma breja?”, convida você, bem educado e inocente. “Isso que você está tomando não é cerveja”, responde o beer chato. Se ele não se deu ao trabalho de levar um pacote de IPAs para o rolê, é capaz do sujeito não tomar nada no evento. E ainda ficar enchendo o saco de todo mundo com o bordão “Isso não é cerveja”.

É. Você pode reclamar que o refino técnico ou que as escolhas de ingredientes das cervejas de grandes indústrias não são as melhores. Beleza. Mas para quem toma, aquilo é cerveja sim.

Esse tipo de encheção de saco é o que faz com que as pessoas percam o interesse de experimentar cervejas novas. Para não ficarem parecidas com um beer chato da vida.

O catequisador

Jesus transformou água em cerveja, não em vinho 2

Nem todo mundo se importa se estão tomando uma cerveja que passa por um processo refinado de produção ou não. Muitas pessoas vão passar a vida inteira bebendo cerveja feita com milho e para elas tudo bem. Mas não, esse tipo de Beer Chato não pode admitir isso.

-“Tio, eu sei que você só toma Brahma, mas esse natal quero te dar um presente especial. É uma Rauchbier feita com malte defumado colhido por freiras virgens no norte da Alemanha. Você vai adorar.”

Um, não se dá um salto tão longo assim de primeira. E dois, nem todo mundo quer beber que nem você. Você pode mostrar para seus amigos que existem outros tipos de cerveja, mas uma hora, vai ter que se conformar que nem todos tem o mesmo gosto. Aceita, que dói menos.

O Maníaco por copos

Various glasses of different beers

Esse é um dos tipos mais insuportáveis de beer chato, já que para ele, você não pode só beber. Tem que servir a bebida certa no recipiente certo. Se não estará cometendo um crime absurdo.

– “Como assim você vai servir uma weissbier num copo de pilsener?”

A cerveja é minha e eu tomo no copo que eu quiser:  americano, de boteco de até mesmo de requeijão. Se reclamar muito então, tomo ela no gargalho.

O anti-brasil

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O mercado cervejeiro no Brasil cresceu muito de uns anos para cá. Temos novas cervejarias criando receitas diferentes e ousadas, que não fazem mal frente às estrangeiras. Mas tem sempre um beer chato para azucrinar dizendo que lá fora é melhor.

– Não sei como você pode gostar dessa cerveja. Tomei outras muito melhores quando estava em um mosteiro na Bélgica. Isso que você está tomando é lixo, como tudo do Brasil.

CHATO! Cara, nossa indústria ainda está começando em comparação com outros países, mas já temos cervejas muito boas. Fica com essa síndrome de vira-lata que tudo lá fora é melhor… Se muda logo e para de encher o saco.

O minimalista

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Você está lá, tomando sua cerveja artesanal despretensiosamente quando vê o beer chato com cara amarrada. Educadamente, você pergunta: “Tá tudo bem cara”?

-“Não, esse cerveja é horrível. Ela tem um leve off flavor de laranja e um leve aroma de carvalho que estragam ela”.

Cara, quando você senta para tomar uma com os amigos, você não está fazendo uma degustação avaliatória para dar nota na prova de fim de ano da cerveja. Nada mais insuportável que um cara que quer ficar esmiuçando cada detalhe da cerveja, quando vocês estão só sentados na mesa do bar pra trocar uma ideia.

Pense que – se você não estiver num papo sério com especialistas – a composição química ou a medida de IBU’s são a parte mais chata de qualquer conversa sobre cerveja.

O caseiro

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Este é o exemplo de beer chato que já chegou ao sétimo dan da chatice. Ele não só enche o saco quanto a cerveja que você toma, como ele mesmo começou a produzir sua própria cerveja e só bebe ela.

– “Eu não tomo cerveja dos outros. Só tomo a minha própria cerveja, que eu mesmo colho a cevada para fazer o processo de maltagem. Sei bem a procedência.”

Falta apenas um passo para esse cara nunca mais sair de casa e ficar trancado fazendo amor com a própria cerveja.  E nunca mais ser visto.

Fotos: Peguei algumas das fotos neste post do Thrillist

Edson Castro
Edson Castro

Jornalista, ilustrador, apaixonado pela vida e por viver aventuras. Coleciona HQs, tênis e boas histórias para contar.

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