Cerveja Adriática, a cerveja Puro Malte Centenária do Brasil

Conheça melhor o relançamento do tradicional rótulo de Ponta Grossa

A Ambev colocou no mercado mais um novo produto na categoria super premium: a cerveja Adriática. Mas quem pensa que a cerveja Puro Malte é uma novidade, errou. Ela é um relançamento de uma receita feita em uma cervejaria da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, no início do século 20.

Para quem não sabe, foi a própria cervejaria a ser responsável por criar a cerveja Original. Ficou curioso para conhecer este novo e, ao mesmo tempo, tradicional rótulo brasileiro? Apresento a você a história abaixo.

História da Cerveja Adriática

Leonardo Guimarães/Deu Zebraa
A Adriática iniciou sua história em 1893, com uma cervejaria chamada Grossel, de Curitiba, e que abriu uma filial em Ponta Grossa. O alemão Henrique Thielen, que veio para o Brasil com 9 anos, tomou o controle da cervejaria, logo depois se tornando sócio da marca.

Utilizando equipamentos trazidos de seu país natal, Henrique produziu seus primeiros quatro rótulos: Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha. Em 1917, a fábrica ganhou o nome de Companhia Cervejaria Adriática, modernizando a fábrica, produção e processos.

Surgimento da famosa cerveja Original

Leonardo Filomeno
Em 1928, a cervejaria passou a produzir uma nova cerveja e que ganharia fama posterior: a cerveja Original tipo Pilsen. No seu rótulo constava “Para amantes de cerveja fortemente dosada com lúpulo”. Logo, a bebida ganhou gosto popular e foi distribuída para o Rio, São Paulo e regiões.

Em 1945, Thielen vendeu a Cervejaria Adriática para a Cia. Antarctica Paulista. Foi desde então que a cerveja ganhou o nome que tem até hoje: Antarctica Original. O rótulo mantém alguns elementos da sua criação – como o fundo amarelo, a tipologia e o losango azul com a inscrição “pilsen”. Hoje a Original faz parte do portfólio da Ambev.

Renascimento da Adriática

A cerveja Adriática ficou disponível ao mercado até a década de 40. Depois da venda para a Antarctica, os rótulos foram descontinuados. Para resgatar de uma das primeiras cervejarias brasileiras e recolocar Ponta Grossa de novo na rota da Cerveja, a Ambev reconstruiu a fábrica, modernizou os processos e retomou a receita da cerveja baseada em uma fórmula de 1918, do mesmo jeito em que ela era produzida há mais de 70 anos.

Afinal, como é a Cerveja Adriática?

Leonardo Guimarães/Deu Zebraa
A cerveja Adriática tem 4,9% de teor alcoólico e entre 10 e 12 IBU’s (unidades de amargor). Ela é um rótulo puro malte, ou seja, só leva em sua composição malte de cevada e sem adjuntos cervejeiros.

Tem uma coloração dourada brilhante, puxando para uma tonalidade mais intensa. A sua espuma tem ótima formação e persistência, sendo um dos grandes destaques em relação aos outros rótulos. No aroma, um dulçor do extrato de malte presente, somado com um herbal do lúpulo. No paladar, o amargor é bem equilibrado e leve, mas não remanescente.

Na minha opinião, ela é uma cerveja com muito mais identidade e corpo que uma Original, mas que não conta com tanto amargor quanto uma Serramalte. É uma boa opção para se tornar uma tradicional cerveja de boteco, reunindo amigos em um clima descontraído e como uma boa opção de cerveja.

Onde você vai encontrar?

Leonardo Guimarães/Deu Zebraa
Assim como era a cerveja Original nas décadas passadas, a distribuição da cerveja Adriática é bem restrita em um primeiro momento. Apenas 500 bares divididos em SP Capital, RJ Capital, Ponta Grossa, Curitiba e Ribeirão Preto contarão com a cerveja prima da Original.

Assim como a Original era requisitada e item de colecionador para quem curtia a cultura de cerveja boteco, a Adriática chegou para tomar este posto, oferecendo a um bom custo-benefício, uma cerveja de qualidade e tradição.

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Fotos: Deu Zebraa/Leonardo Guimarães

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